A Carta Magna pela supremacia de Jesus Cristo
ou
Um manifesto por Jesus para a Igreja do Século 21
Um manifesto por Jesus para a Igreja do Século 21
Os cristãos fizeram do evangelho tantas coisas... tantas coisas além de Cristo.
Jesus Cristo é o ponto gravitacional que une todas as coisas e dá a elas significado, realidade e sentido. Sem ele, todas as coisas perdem seu valor. Sem ele, todas as coisas são nada, nada além de pedaços deslocados flutuando ao redor do espaço.
É até possível considerar uma verdade espiritual, valor, virtude ou dom, ainda que se esqueça a Cristo... que é a personificação e encarnação de toda verdade espiritual, valor, virtudes ou dons.
Busque uma verdade, um valor, virtude ou um dom espiritual em si mesmo, e você vai encontrar algo morto.
Busque a Jesus, abrace a Jesus, conheça a Jesus, e você terá chegado a ele que é Vida. E nele reside toda Verdade, Valores, Virtudes e Dons em cores vivas. Beleza que tem significado na beleza de Cristo, em quem encontramos tudo que nos faz amorosos e amáveis.
O que é o Cristianismo? É Jesus. Nada mais, nada menos. Cristianismo não é uma ideologia. Cristianismo não é uma filosofia. Cristianismo são as “boas novas” de que Beleza, Verdade e Bondade são encontradas em uma pessoa. A comunidade bíblica foi fundada e é encontrada na conexão com esta pessoa. Conversão é mais do que mudança na direção; é uma mudança na conexão. O uso de Jesus da palavra Hebraica shubh, ou no seu equivalente Aramaico, que chamamos de “arrependimento” não implica em ver Deus de uma distância, mas entrar em um relacionamento em que Deus é o comando central da conexão humana.
A esse respeito, nós sentimos uma desconexão enorme na igreja hoje. Para isso é esse manifesto.
Nós cremos que a maior doença da Igreja hoje é DDJ: Distúrbio da Deficiência de Jesus. A pessoa de Jesus tem se tornado cada vez mais politicamente incorreta, mas tem sido também substituída pela linguagem da “justiça”, “reino de Deus”, “valores” e “princípios de liderança”.
Nessa hora, o testemunho a que sentimos a que Deus nos chama é de levantar centros da primazia do Senhor Jesus Cristo. Especificamente...
1 – O centro e circunferência da vida Cristã é nada mais do que a pessoa de Cristo. Todas as outras coisas, incluindo coisas relacionadas a ele e sobre ele, são obscurecidas pelo sinal da sua importância sem par. Conhecer Jesus é Vida Eterna. E conhecer a ele profundamente, densamente e em realidade, assim como experimentar das suas inescrutáveis riquezas, é a maior busca de nossas vidas, assim como o foi para os primeiros Cristãos. A intenção de Deus não tinha tanto a ver em consertar coisas que estavam erradas nas nossas vidas, mas sim, nos encontrar em nossa fragmentação e nos dar Jesus.
2 – Jesus Cristo não pode ser separado de seus ensinamentos. Aristóteles disse a seus discípulos, “Sigam meus ensinamentos”. Sócrates disse a seus discípulos, “Sigam meus ensinamentos”. Buda disse a seus discípulos, “Sigam minhas reflexões”. Confúcio disse a seus discípulos “Sigam o que disse”. Maomé disse a seus discípulos, “Sigam meus pilares”. Jesus disse a seus discípulos, “Sigam-me”. Em todas as outras religiões, um seguidor pode seguir os ensinamentos de seu fundador sem ter nenhum relacionamento com seu fundador. Isso não acontece com Jesus Cristo. Os ensinos de Jesus não podem ser separados da pessoa de Jesus. Jesus Cristo está vivo e ele personifica seus ensinamentos. É um equívoco muito grande , então, tratar Cristo como simplesmente um fundador com uma série de ensinamentos morais, éticos ou sociais. O Senhor Jesus e seus ensinamentos são um. O Meio e a Mensagem são um. Cristo é a encarnação do Reino de Deus e do Sermão do monte.
3 – A grande missão de Deus e seu propósito eterno na terra e no céu converge em Cristo... tanto o Cristo individual (a cabeça) como o Cristo corporativo (o corpo). Esse universo se move para um objetivo final – a plenitude de Cristo, onde Ele irá preencher todas as coisas com ele. Ser realmente missional, então, significa construir uma vida e seu ministério em Cristo. Ele é tanto o coração como o sangue do plano de Deus. Perder isso é perder o eixo, e com certeza, é perder tudo.
4 – Ser um seguidor de Jesus não envolve tanta imitação tanto quanto envolve implantação e imparcialização. Encarnação – a noção de que Deus conecta a nós na forma de um nenê e no toque humano – é a doutrina mais chocante da religião Cristã. A encarnação tanto aconteceu de uma vez por todas quanto o está em andamento agora, assim que Ele “que foi e que há de vir” agora é e vive sua vida ressurreta em nós e através de nós. Encarnação não se aplica somente a Jesus; se aplica a cada um de nós. Lógico, não da mesma forma sacramental. Mas próximo. A nós foi dado o Espírito de Deus que faz Cristo real em nossas vidas. Nós formos feitos, como Pedro colocou, “participantes da natureza divina”. Como, então, diante de uma tão grande verdade, podemos pedir por brinquedos e doces? Como podemos nos perder por dons tão inferiores e clamar por coisas tão religiosas e espirituais? Nós fomos tocados do alto pelo fogo do Todo Poderoso com fogo divino. A vida que venceu a morte – a vida ressurreta do Filho de Deus. Como não podemos ser atingidos também?
Para colocar uma questão: Qual foi o motor, ou o acelerador da vida maravilhosa de Deus? Qual foi o ramo principal desse comportamento externo? Foi isso: Jesus viveu a presença de seu Pai. Depois de sua ressurreição, este processo se moveu. O que Deus o Pai era para Jesus Cristo, Jesus Cristo agora o é para você e para mim. Ele é essa presença maravilhosa, e nós compartilhamos a vida de Jesus e seu próprio relacionamento com o Pai. Há um vasto oceano de diferença entre mandar os cristãos imitar a Jesus e aprender como encarnar um Cristo implantado. O primeiro termina em uma completa frustração. O último é o caminho para vida e alegria no nosso dia a dia e na nossa morte. Nós ficamos como Paulo: “Cristo vive em mim”. Nossa vida é Cristo. Nele vivemos, respiramos e somos. “O que Jesus faria?” não é Cristianismo. O Cristianismo pergunta: “O que Jesus está fazendo através de mim... e através de nós? E como Jesus está fazendo isso?” Seguir Jesus significa “Confie e obedeça” (responda), e viva sua presença pelo poder do Espírito.
5 – O “Jesus da história” não pode ser desconectado do “Jesus da fé”. O Jesus que andou pelas partes da Galiléia é a mesma pessoa que habita a igreja hoje. Não deve haver desconexão entre o Jesus do evangelho de Marcos com o incrível, todo-inclusivo Cristo cósmico que Paulo descreveu na carta aos Colossenses. O Cristo que viveu no primeiro século existia antes da história. Ele também tem uma existência depois da história. Ele é o Alfa e o ômega, Princípio e fim, A e Z, tudo ao mesmo tempo. Ele habita no futuro e no fim dos tempos ao mesmo tempo que ele habita em cada filho de Deus. A falha em abraçar essa verdade paradoxal tem criado problemas enormes e tem diminuído a grandeza de Cristo aos olhos do povo de Deus.
6- É possível confundir “a causa” de Jesus Cristo com sua própria pessoa. Quando a primeira igreja falava “Jesus é o Senhor” , isso não significava “Jesus é o meu valor principal”. Jesus não é uma causa; ele é real e uma pessoa viva que pode ser conhecida, amada, experimentada, entronizada e personificada. Focar em sua causa ou missão não é igual a focá-lo ou segui-lo. É muito possível servir “o deus” do serviço de Jesus em oposição a servi-lo com coração arrebatado que foi cativo por sua irresistível beleza e incompreensível amor. Jesus nos leva a pensar em Deus de forma diferente, como relacionamento, como o Deus de todo relacionamento.
7- Jesus Cristo não foi um mero ativista social ou filósofo moral. Considerá-lo dessa forma é tirar sua glória e diluir sua excelência. Justiça fora de Cristo é uma coisa morta. O único golpe que pode perturbar os portões do inferno não é o grito de Justiça, mas o nome de Jesus. Jesus Cristo é a personificação da Justiça, Paz, Santidade e Retidão. Ele é a soma de todas as coisas espirituais, o “atractor estranho” do cosmos. Quando Jesus se torna uma abstração, a fé perde seu poder reprodutor. Jesus não veio para tornar pessoas más boas. Ele veio para tornar pessoas mortas vivas.
8 – É possível confundir um conhecimento acadêmico ou teológico sobre Jesus com um conhecimento pessoal do próprio Cristo vivo. Os dois estão tão distantes um do outro quanto centenas de milhões de galáxias. A plenitude de Cristo não pode ser alcançada somente pelo lóbulo frontal. A fé cristã clama pela racionalidade, mas busca também alcançar os maiores mistérios. A cura para um grande cérebro é um grande coração.
Jesus não equipou seus discípulos com fichários de teologia sistemática. Ele deixou a seus discípulos corpo e respiração.
Jesus não deixou seus discípulos um sistema de fé bastante claro e coerente para que eles amem a Deus e aos outros. Jesus deu a seus discípulos feridas para tocar e mãos para curar.
Jesus não deixou a seus discípulos uma crença intelectual ou uma cosmovisão cristã. Ele deixou seus discípulos com uma fé relacional.
Cristãos não seguem um livro. Cristãos seguem uma pessoa, e a essa biblioteca de livros divinamente inspirados, nós chamamos “A Bíblia Sagrada” como a melhor ajuda para seguir esta pessoa. A Palavra Escrita é um mapa que nos leva a seguir a Palavra Viva. Ou como Jesus mesmo colocou, “Toda a Escritura testifica de mim”. A Bíblia não é o destino, é uma bússola que aponta para Cristo, Nossa Estrela do Norte do céu.
A Bíblia não apresenta um plano para viver. As “boas novas” não são um conjunto de leis, ou um conjunto de inferências éticas, ou um novo e melhor PLANO. As “boas novas” são a história da vida de uma pessoa , como refletida no credo apostólico. O Mistério da Fé proclama esta narrativa: “Cristo morreu, ressuscitou e voltará”. O significado do Cristianismo não vem da concordância de uma série de doutrinas teológicas complexas, mas um amor apaixonado por um modo de vida na Terra que se resume a seguir a Jesus, que fala que amor é o que faz da vida um sucesso... não riquezas, saúde ou qualquer outra coisa: mas amor. E Deus é amor.
9 – Só Jesus pode consertar e preencher o vazio no coração da igreja. Jesus Cristo não pode ser separado de sua igreja. Enquanto Jesus é distinto de sua Noiva, ele não está separado dela. Ela é de fato seu próprio corpo na terra. Deus escolheu para vesti-la de todo poder, autoridade e vida no Cristo vivo. E Deus em Cristo só é conhecido plenamente através de sua igreja (Como Paulo disse, “A multiforme sabedoria de Deus – o qual é Cristo – que é conhecido através da “ekklesia”)
A vida cristã, então, não é uma busca individual. É uma jornada coletiva. Conhecer Cristo e fazê-lo conhecido não é um projeto individual. Aqueles que insistem em um vôo solo de vida será trazido à terra através de uma terrível queda. Pois Cristo e sua igreja são intimamente unidos e conectados. O que Deus uniu, que nenhuma pessoa separe. Nós fomos criados para vida com Deus; nossa única felicidade é encontrada na vida com Deus. E o próprio prazer de Deus e deleite é encontrado dessa mesma forma.
10 – Em um mundo que canta “Quem é esse Jesus?” e uma igreja que canta “Oh, vamos ser todos iguais a Jesus”, nós vamos cantar a plenos pulmões, “Oh, como amamos Jesus!”
Se Jesus se levantou dos mortos, nós temos que no mínimo nos levantar de nossas camas, de nossos bancos e sofás e responder à vida ressurreta do Senhor em nós, nos juntando à Jesus àquilo que ele se importa nesse mundo. Nós chamamos a outros para se juntar a nós – não nos retirando do planeta Terra, mas plantando firmes nossos pés neste planeta enquanto nosso espírito se eleva até os céus, até aquilo que agrada a Deus e que o encontra em seu propósito. Nós não somos deste mundo, mas nós vivemos neste mundo para os direitos e interesses do Senhor. Nós, coletivamente, como ekklesia de Deus, somos Cristo neste e para este mundo.
Que Deus encontre pessoas aqui na terra que sejam pessoas de Cristo, em Cristo e para Cristo. Um pessoal da cruz. Um pessoal consumido com a eterna paixão de Deus, o qual existe para a preeminência de seu filho, para sua supremacia e para que ele esteja à frente de todas as coisas visíveis e invisíveis. Um pessoal que tenha descoberto o toque do Todo Poderoso na face de seu glorioso filho. Um pessoal que queira conhecer somente a Cristo e ele crucificado, e deixe todas as outras coisas caiam de lado. Um pessoal que está desvendando sua profundidade, descobrindo sua riqueza, tocando sua vida e recebendo seu amor e fazendo a ELE em toda a sua insondável glória conhecido a outros.
Nós dois podemos discordar a respeito de muitas coisas – sejam elas eclesiologia, escatologia, soteriologia, isso sem mencionar economia, globalização e política.
Mas em nossos dois últimos livros – From Eternity to Here (Da eternidade para cá) e So Beautiful (Tão lindo) nós temos tocado trombetas unísonas. Esses livros são Manifestos desse manifesto. Cada um deles apresenta a visão que capturou nossos corações e que gostaríamos que fossem partes integrantes do Corpo de Cristo – esta “UMA COISA eu sei” (João 9:25) esta é a UMA COISA que une a todos nós:
Jesus o Cristo.
Cristãos não seguem o Cristianismo, Cristãos seguem Cristo.
Cristãos não pregam a si mesmos, Cristãos proclamam Cristo.
Cristãos não apontam para uma base de valores, Cristãos apontam para cruz.
Cristãos não pregam sobre Cristo, Cristãos pregam Cristo.
Há 300 anos atrás, um pastor alemão escreveu um hino ao redor do Nome acima de todos os nomes:
Perguntai que grande coisa eu sei
que me delicia e me comove tanto?
Que grande prêmio eu recebi?
Em qual nome me glorio?
Jesus Cristo, o crucificado.
Esta é a grande coisa que eu sei
que me delicia e me comove tanto:
fé naquele que morreu para salvar
Naquele que triunfou sobre o túmulo:
Jesus Cristo, o crucificado
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Jesus Cristo – o crucificado, ressurreto, entronizado, triunfante e vivo Senhor.
Ele é nossa busca, nossa paixão, nossa vida.
Amém.
Para discutir esse manifesto e suas implicações, visite o blog “A Jesus Manifesto” em http://ajesusmanifesto.wordpress.com/
Sugerimos que você ouça à musica que está no YouTube “Give me Jesus ” enquanto lê este manifesto.
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