24 de dezembro de 2009

Adeus ao Arrebatamento

(N.T. Wright, Bible Review, Agosto de 2001)




Paulo não sabia como suas metáforas coloridas para segunda vinda de Jesus seriam mal interpretadas dois milênios depois.


A obsessão americana com a segunda vinda de Jesus - especialmente com interpretações distorcidas do mesmo - continua inabalável. Visto do meu lado do Atlântico, o sucesso fenomenal dos livros Deixados Para Trás - Left Behind - parece intrigante, até mesmo bizarro [1]. Poucos, no Reino Unido mantêm a crença em que se baseia a popular série de romances: de que haverá um arrebatamento "literal", no qual os crentes serão arrebatados ao céu, deixando os carros vazios falhando em rodovias e as crianças voltando da escola só para descobrir que seus pais foram tomados para estar com Jesus, apesar de terem sido "deixados para trás." Dizem que esta pseudo-teológica versão de Esqueceram de Mim (Home Alone) tem amedrontado muitos filhos em algum tipo de fé (distorcida).


Este dramático cenário de fim dos tempos baseia-se (de forma errada, como veremos) na Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses, onde ele escreve: "Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. " (1 Tessalonicenses 4:16-17, NVI ).

O que na terra (ou no céu) Paulo quis dizer?

É a Paulo que deveria ser creditada a criação deste cenário. O próprio Jesus, como já afirmei em vários livros, nunca previu um evento como esse [2]. As passagens do Evangelho sobre "o Filho do homem vindo sobre as nuvens" (Marcos 13:26, 14:62, por exemplo) são acerca de vindicação de Jesus, sua "vinda" do céu para a terra. As parábolas sobre um rei ou mestre que retorna (por exemplo, Lucas 19:11-27) foram inicialmente sobre Deus retornar a Jerusalém, e não sobre Jesus retornar à terra. Isto, Jesus parecia acreditar, era um evento no espaço-tempo histórico, não um que acabaria com a história para sempre.

A Ascensão de Jesus e a Segunda Vinda, no entanto, são doutrinas cristãs vitais [3], e eu não nego que acredito em algum evento futuro resultará na presença pessoal de Jesus dentro de uma nova criação de Deus. Isto é ensinado em todo o Novo Testamento fora dos Evangelhos. Mas esse evento não será de qualquer forma semelhante ao que a Deixados Para Trás (Left Behind) conta. Compreender o que vai acontecer exige uma cosmologia muito mais sofisticada do que aquela em que o "céu" está em algum lugar lá em cima no nosso universo, e não em uma dimensão diferente, um espaço-tempo diferente, completamente.

O Novo Testamento, com base na profecia bíblica antiga, prevê que o Deus criador irá refazer o céu e a terra totalmente, afirmando a bondade da velha criação, mas superando a mortalidade e corruptibilidade (por exemplo, Romanos 8:18-27, Apocalipse 21:1; Isaías 65:17, 66:22). Quando isso acontecer, Jesus vai aparecer no novo mundo que resulta (por exemplo, Colossenses 3:4; 1 João 3:2).

A descrição que Paulo faz do reaparecimento de Jesus em 1 Tessalonicenses 4 é uma versão brilhantemente colorida do que ele diz em duas outras passagens, 1 Coríntios 15:51-54 e Filipenses 3:20-21: Na "vinda" ou "manifestação" de Jesus aqueles que ainda estão vivos serão "alterados" ou "transformados" para que os seus corpos mortais se tornem incorruptíveis, imortais. Isto é tudo que Paulo tem a intenção de dizer em Tessalonicenses, mas aqui ele toma emprestadas imagens -- a partir de fontes bíblicas e políticas -- para reforçar a sua mensagem. Mal sabia ele como suas ricas metáforas seriam mal interpretadas dois milênios depois.

Primeiro, Paulo ecoa a história de Moisés descendo do monte com a Torá. A trombeta soa, uma voz é ouvida, e após uma longa espera Moisés vem para ver o que vem acontecendo na sua ausência.

Segundo, ele ecoa Daniel 7, em que "o povo dos santos do Altíssimo" (isto é, a um "como um filho de homem") é vindicado sobre seu inimigo pagão aoser levantado para sentar-se com Deus na glória . Essa metáfora, aplicado a Jesus nos Evangelhos, é agora aplicada aos cristãos que sofrem perseguições.

Em terceiro lugar, Paulo evoca imagens de um imperador visitando uma colônia ou província. O cidadão sai para encontrá-lo em campo aberto e escoltá-lo até a cidade. A imagem de Paulo do povo "encontrando com o Senhor no ar" deve ser lida com o pressuposto de que o povo vai imediatamente virar e conduzir o Senhor de  volta ao mundo recém-refeito.

A mistura de Paulo de metáforas de trombetas sopradas e os seres vivos arrebatados ao céu para encontrar o Senhor não devem ser entendidas como verdade literal, como a série Deixados para Trás (Left Behind) sugere, mas sim como uma descrição vívida e biblicamente alusiva às grandes transformações do mundo atual de que ele fala em outra parte.

Metáforas mal entendidas de Paulo apresentam um desafio para nós: Como podemos reutilizar imagens bíblicas, incluindo as de Paulo, de modo a esclarecer a verdade, e não distorcê-la? E como podemos fazê-lo, como ele fez, de tal forma a subverter o imaginário político dos dominantes e desumanizante impérios do nosso mundo? Podemos começar por perguntar: Que visão do mundo é sustentada, mesmo legitimada, pela ideologia de Deixados Para Trás? Como ela poderia ser confrontada e subvertida pelo pensamento genuinamente bíblico? Para começar, não está a mentalidade de Deixados Para Trás a serviço de uma visão dualista da realidade que permite que as pessoas poluam o mundo de Deus com o fundamento de que tudo será destruído em breve? Esta não seria anulada se recuperarmos a visão holística de Paulo de toda criação de Deus? 

***

Tradução: Daniel dLIVEr

[1] Tim F. LaHaye e Jerry B. Jenkins, Deixados para Trás (Cambridge, UK: Tyndale House Publishing, 1996). Outros oito títulos seguidos, todos best-sellers.

[2] Ver o meu Jesus e Vitória de Deus (Filadélfia: Fortress, 1996); as discussões em Jesus e da Restauração de Israel: Uma avaliação crítica de Jesus NT Wright e da vitória de Deus, ed. Carey C. Newman Grove (Downer, IL: InterVarsity Press, 1999) e Marcus J. Borg e NT Wright, The Meaning of Jesus: Two Visions (San Francisco, Harper, 1999), capítulos 13 e 14.

[3] Douglas Farrow, Ascensão e Ecclesia: Sobre o significado da doutrina da Ascensão para a eclesiologia e Cosmologia Christian (Grand Rapids: Eerdmans, 1999).

9 de dezembro de 2009

One Time Blind




One Time Blind comunica a realidade de Cristo em uma linguagem moderna, utilizando conversas no palco e elementos dramáticos para transmitir a sua mensagem.


Eu vi primeiro no canal do glauberlg, depois no do lucasalex02, e ainda no ChourouKyoukai.


Esses usuários fizeram legendas para alguns minifilmes produzidos por essa equipe.





Mais:


O banco - lugar das decisões
More Coke - One Time Blind
Lord Lord - Legendado
Balão Vermelho (Red Baloon)
Conforto (Comfort)
O Tapete
Vasos (Pots)
Torta de Deus (God´s Pie)
O Medidor de Bondade (The Good-O-Meter)

Surpreendido pela Esperança

Esse é o título do novo livro de N. T. Wright lançado no Brasil pela Editora Ultimato.
Acesse o hot-site do livro. Os vídeos são os que legendamos.



Leia as primeiras páginas clicando aqui.




"O leitor eventual da Bíblia, o turista e o “rato de igreja” têm algo em comum: a sensação de ter perdido alguma coisa quando o assunto é o “fim dos tempos”, o fim do mundo. Dependendo da igreja que frequentam e dos livros que leem, ser “deixado para trás” é uma ameaça (ou trauma) que alguns ainda carregam.

Não quero fazer drama. Em minha opinião, a Bíblia é o livro mais realista que você pode encontrar numa biblioteca. E, por incrível que pareça, um livro único quando o assunto é esperança.

E esse é exatamente o assunto do lançamento do ano da Editora Ultimato: Surpreendido Pela Esperança, de N. T. Wright. Por que o título? Bem, porque muitos cristãos não têm ideia do que esperam, do que vem depois da morte e nem mesmo sabem o que significa a “esperança cristã”. Daí a “surpresa”. E mais: para N. T. Wright, o que cremos sobre a vida após a morte afeta diretamente o que cremos sobre a vida antes da morte.

Vencedor do Prêmio Christianity Today Award 2009, “Surpreendido Pela Esperança” chega ao Brasil como o livro mais lido e mais aguardado daquele que também é autor de Simplesmente Cristão e O Mal e a Justiça de Deus, ambos premiados em 2007."




5 de dezembro de 2009

29 de novembro de 2009

Resistindo ao Sectarismo

O impulso sectário é forte em todos os ramos da igreja, pois oferece uma aparência extremamente conveniente de comunidade sem as dificuldades decorrentes de amar pessoas que não aprovamos ou de deixar Jesus nos conduzir a relacionamentos com todos os homens e mulheres que procuramos evitar. Uma seita é consituída pela redução de uma comunidade, livrando-nos daquilo que não nos agrada, daquilo que nos ofende, seja idéias ou pessoas. Em vez de ingressarmos em comunidades de ressurreição, formamos clubes religiosos. As seitas são os cupins na casa do Pai.
A tentativa de reduzir a comunidade de ressurreição a seita é ameaça perpétua. Deus não tinha isso em mente quando derramou seu Espírito sobre os seguidores de Jesus reunidos em oração naquele dia memorável em Jerusalém.
Não parece haver muito que possamos fazer para eliminar o sectarismo institucional herdado por todos nós. No entanto, qualquer espiritualidade digna desse nome pode e deve resistir a atitudes e a um espírito de sectarismo e se recusar a criar uma espiritualidade formada de reduções ou exclusões. A diversidade no corpo de Cristo não é, necessariamente, o mesmo que sectarismo. A diversidade na comunidade pode, de fato, ser sinal de saúde, como o é numa floresta ou numa fazenda. As denominações, em si, não são destrutivas, mas, se funcionam como seitas excludentes, competitivas e arrogantes, destroem aquilo que proclamam.


Eugene Peterson, A Maldição do Cristo Genérico, pp. 285-286

21 de novembro de 2009

9 de novembro de 2009

Definições do Evangelho

O que é o Evangelho? 
As respostas a essa pergunta sintetizam muito da minha reflexão sobre o significado da fé cristã.


Trevin Max compilou dezenas de definições do "evangelho" e as ordenou, em seu blog. Veja aqui.


Abaixo segue uma parte de uma aula de Dallas Willard em que o professor define de forma simples sua compreensão do evangelho.



Então, o que é o evangelho? O evangelho é que você pode confiar em Jesus. É isso. Esta é a forma mais simples do evangelho. Mas não é algo que ele disse sobre os males sociais. Não é algo que ele fez para garantir o seu perdão. Isso tudo está lá. Mas aqueles não são o evangelho. O evangelho é Jesus. Sua disponibilidade. Ponha sua confiança nele. Venha para debaixo do domínio de Deus. Deus trabalha na sua vida.

E para você, quais são as boas novas?

2 de novembro de 2009

Jon Zens

"(...) gostaria de apontar os meus leitores para a obra de Jon Zens. Zens é um dos poucos estudiosos de fora da igreja institucional que está escrevendo 100 anos à frente do seu tempo. Um ex-clérigo, Zens efetivamente desfia todas as justificações típicas para o sistema de castas clerical e as transforma em confete."


O que é um Ministro?

Jon Zens 

Eu tenho tratado com profundo interesse de assuntos relacionados com a igreja de Cristo desde 1972. Algum deles ficaram gravados na minha mente e eu desejo compartilhá-los com você, na esperança de que, assim, um diálogo relevante e sérias pesquisas nas Escrituras possam acontecer. Nada temos a temer, olhando juntos a Palavra de Deus.

O fardo principal no meu coração, que eu desejo expressar e desenvolver, é o seguinte: o ministério da igreja como um todo continuará a ser deficiente enquanto durar a separação entre “ministro” e a visão de liderança pelos anciãos, como definida no Novo Testamento e enquanto persistir a divisão funcional do povo de Deus entre “ordenados” (clero) e “não chamados” (leigos).

(continue lendo)


24 de outubro de 2009

Cristo Senhor - Anne Rice e N. T. Wright

O pesquisador que talvez tenha me dado minhas conclusões mais importantes e que continua a fazer isso com sua enorme produção é N. T. Wright. Ele é um dos escritores mais brilhantes que já li e sua generosidade em aceitar os céticos e comentar seus argumentos é uma inspiração. Sua fé é imensa e seu conhecimento vasto.

Em seu livro The Ressurrection of the Son of God [A ressurreição do Filho de Deus], ele responde solidamente à pergunta que me perseguiu a vida inteira. O cristianismo chegou aonde chegou, segundo N. T. Wright, porque Jesus ressuscitou dos mortos.

Foi o fato de Jesus ter revivido que impeliu os apóstolos para o mundo com a força necessária para criar o cristianismo. Nada mais teria provocado isso, senão a ressurreição.

Wright faz muito mais para pôr essa questão inteira numa perspectiva histórica. Como posso ser justa com ele aqui? Só posso recomendá-lo sem reserva e continuar lendo seus trabalhos.
Do Epílogo (p. 252) de  Cristo Senhor: A Saída do Egito, de Anne Rice. 




ANNE RICE é uma escritora estadunidense, autora de séries de terror e fantasia.  Seu livro de maior sucesso é "Entrevista com o vampiro".


Cristo Senhor: A Saída do Egito, é um livro escrito por Anne Rice em 2005, que retrata o jovem Jesus, então aos sete anos de idade, partindo do Egito com a família para voltar para sua casa em Nazaré.


Em Christ The Lord: Out of Egypt, lançado em 2005, Rice despede-se dos seus temas habituais para escrever um retrato curioso de um Jesus aos sete anos de idade, partindo do Egito para Nazaré. Neste livro, Rice nos brinda com um comovente epílogo no qual ela descreve o recente retorno à sua fé Católica e avalia de forma divertida e ácida a moda dos estudos bíblicos nos dias de hoje.

Fonte: Wikipedia
Relacionado:

A Ressurreição do Filho de Deus

13 de outubro de 2009

Pornografia e o leve desvio de Ted Bundy [ENTREVISTA CHOCANTE]

Se você é uma pessoa que neste ponto de alguma forma considera você mesmo uma exceção para cada regra, alguém que é capaz de dominar seu pecado sexual, essa próxima sessão deve atrair sua atenção. Criado em Seattle e formado na Universidade de Washington, Ted Bundy se tornou um dos mais notórios e medonhos seriais-killers da nação (EUA), por espancar, estuprar, e depois matar pelo menos 30 meninas e mulheres entre a idade de 12 e 26 anos. Pouco tempo antes de ele ser executado, Bundy foi entrevistado pelo líder cristão James Dobson. Chocantemente, Bundy admitiu que ele não possuía nenhum dos antecedentes normais para tal comportamento pecaminoso, como ele foi criado em um lar Cristão amoroso com 5 irmãos e não experimentou nenhum abuso sexual enquanto crescia. Antes, ele confessou com detalhes claros como sendo um garoto jovem, como a maioria dos garotos fazem, via pornografia comum, o que cresceu e se tornou cada vez mais pesado em formas desviantes de pornografia que acabou levando ele a atuar para fora as suas maldosas fantasias. A citação abaixo é uma edição da conversa que aconteceu apenas dezessete horas antes de Ted ser levado à cadeira elétrica. Acredito que será um lembrete soberano aos meus irmãos cristãos que o pecado da luxúria é uma parasita insaciável que não deve ser alimentada, sob pena de ela crescer e levar à morte.

James C. Dobson: São por volta de 2:30 da tarde. Está programado para que você seja executado amanhã cedo às 7:00, se você não receber outra sentença. O que está passando pela sua cabeça? Quais pensamentos você tem tido nesses últimos dias?
Ted: Eu não vou enganar você dizendo que é algo que eu sinto estar no controle ou com que eu possa ter chegado a um acordo. É uma coisa de momento pra momento. Às vezes me sinto muito tranqüilo e outras vezes já não me sinto totalmente tranqüilo. O que está acontecendo na minha cabeça agora é usar os minutos e horas que me restam o quanto proveitoso for possível. Isso ajuda a viver no momento, na essência do que a gente usar como proveitoso. Exatamente agora, eu estou me sentindo calmo, em grande parte, porque estou aqui com você.
JCD: Para registro, você é culpado de matar muitas mulheres e meninas.
Ted: Sim, isso é verdade.
JCD: Como isso aconteceu? Leve-me de volta. Quais são os antecedentes do comportamento que nós vimos? Você foi criado em no que a gente considera um lar saudável. Você não foi abusado fisicamente, sexualmente ou emocionalmente.
Ted: Não. E essa é a parte da tragédia na situação toda. Eu cresci em uma casa maravilhosa com dois pais dedicados e amorosos, como um de 5 irmãos e irmãs. Nós, como crianças, éramos o foco da vida de nossos pais. Nós regularmente íamos à igreja. Meus pais não bebiam ou fumavam ou jogavam com aposta. Não havia abuso físico ou brigas (lutas) dentro de casa. Não estou dizendo isso para “dar uma de coitadinho”¹, mas era uma casa cristã excelente e sólida. Espero que ninguém vá tentar tomar o caminho fácil sobre isso e acusar minha família de contribuir com isso. Eu sei, e estou tentando te contar da forma mais honesta que eu saiba, o que realmente aconteceu. Quando era um garoto de 12 ou 13 anos, eu encontrei, fora de casa, no armazém local e nas farmácias, o softporn (pornografia leve). Garotos pequenos exploravam corredores laterais e ruas vazias dos seus bairros, e no nosso bairro, as pessoas iam despejar o lixo. De vez em quando, nós deparávamos com livros de uma natureza mais pesada – mais gráfica. Isto também incluía revista policiais etc. E eu quero enfatizar isso: o tipo mais nocivo de pornografia – e estou falando com dificuldade real, da experiência pessoal – é aquela que envolve violência e violência sexual. O casamento destas duas forças – eu sei muito bem – gera o comportamento que é terrível demais para descrever.
JCD: Me leve até aquilo. O que estava acontecendo na sua mente naquele momento?
Ted: Antes de irmos adiante o mínimo que seja, é importante para mim que as pessoas acreditem no que estou falando. Não estou culpando a pornografia. Não estou dizendo que ela me levou a sair por aí e fazer certas coisas. Assumo total responsabilidade por todas as coisas que eu fiz. Essa não é a questão aqui. A questão é como estes tipos de literatura contribuíram e ajudaram moldando e modelando os tipos de comportamento violentos.
JCD: Isso alimentou suas fantasias?
Ted: No início, isso alimentou esse tipo de processo mental. Depois, em um determinando momento, vira um instrumento de cristalização, fazendo com que aquilo se tornasse quase que uma entidade separada dentro de mim.
JCD: Você chegou tão longe quanto você poderia ter chegado em sua própria vida de fantasia, com material imprenso, fotos, vídeos, etc, e em seguida, houve a urgência de ter que dar aquele passo para um evento físico.
Ted: Uma vez que você se tornou viciado nisso, e eu olhei para isto com uma espécie de vício, você busca o mais potente, mais explícito, mais tipos de materiais gráficos. Como um vício, você anseia por algo que é mais pesado e lhe dá uma maior sensação de excitação, até que você chega ao ponto aonde a pornografia já foi tão longe – até aquele ponto em que você acha que fazendo vai te proporcionar algo maior do que só lendo ou olhando.
JCD: Quanto tempo você ficou nesse ponto antes de você realmente ter agredido alguém?
Ted: Um par de anos. Eu estava lidando com inibições muito fortes contra o comportamento criminoso e violento. Que tinha sido condicionado e criado dentro de mim do meu bairro, o ambiente, igreja e escolas. Eu sabia que era errado o pensar sobre aquilo, e certamente, o fazer aquilo era errado. Eu estava no limite, e os últimos vestígios de contenção estavam sendo testados constantemente, e atacou através do tipo de vida de fantasia que foi alimentado, fortemente, pela pornografia.
JCD: Você se lembra o que te levou até o limite? Você se lembra da decisão de “ir nessa”? Você lembra quando você decidiu jogar a cautela pro ar?
Ted: É uma coisa muito difícil de descrever – a sensação de chegar naquele ponto aonde que eu sabia que eu não poderia controlar mais. As barreiras que eu tinha aprendido quando criança não eram mais suficientes para me segurarem de procurar alguém e machucar.
JCD: Seria correto chamar isto de um frenesi sexual?
Ted: Esta é uma maneira de descrevê-lo – uma compulsão, um desenvolvimento dessa energia destrutiva. Outro fato que não havia mencionado é o uso do álcool. Em conjunto com minha exposição à pornografia, o álcool reduziu minhas inibições e a pornografia corroeu ainda mais.
JCD: Depois que você cometeu seu primeiro assassinato, qual foi o efeito emocional? O que aconteceu no dia depois disso?
Ted: Mesmo todo estes dias depois é difícil falar sobre isso. Revive-lo falando sobre isso é difícil dizer o mínimo, mas eu quero que você entenda o que aconteceu. Foi como sair de um transe horrível ou algum sonho. Eu só posso compará-lo (e não quero dramatizar demais) com ficar possuído por alguma coisa tão horrível e estranha, e na manhã seguinte acordar e lembrar o que aconteceu e perceber que, aos olhos da lei, e certamente aos olhos de Deus, você é responsável. Para acordar de manhã e perceber que eu tinha feito com minha mente clara, com todas as informações morais e éticas necessárias intactas, absolutamente me horroriza.
JCD: Você não sabia que era capaz disso antes?
Ted: Não existe forma de descrever a vontade brutal de fazer aquilo e uma vez que tenha sido satisfeita, ou gasta, e aquele nível de energia se retraiam, eu voltava a ser eu mesmo. Basicamente, eu era uma pessoa normal. Eu não era um cara de sair em bares, ou um vagabundo. Eu não era um pervertido no sentido que as pessoas olhassem entre si e dissessem: “Eu sei que tem alguma coisa errada com ele”. Eu era uma pessoa normal. Eu tinha bons amigos. Eu levava uma vida normal, exceto por este pequeno, mas muito potente e destrutivo segmento da minha vida que eu guardava em bastante segredo e bem perto de mim. Aqueles de nós que tem sido tão influenciados por violência na mídia, particularmente a violência pornográfica, não são uma espécie de monstros inerentes. Nós somos seus filhos e maridos. Nós crescemos em famílias regulares. A pornografia pode alcançar e agarrar qualquer criança de hoje. Ela agarrou-me para fora da minha casa 20 ou 30 anos atrás. Quão diligentes quanto foram meus pais, e eles foram diligentes em proteger os seus filhos, e com um bom lar cristão como nós tivemos, não existe qualquer proteção contra os tipos de influências que estão soltos em uma sociedade que os tolera...
JCD: Fora destas paredes, há várias centenas de jornalistas que queriam falar com você, e você pediu para que eu viesse, porque você tinha alguma coisa para dizer. Você sente que a pornografia hardcore, e a porta para ela, o softporn, está causando danos incalculáveis para as outras pessoas e fazendo com que outras mulheres sejam abusadas e mortas da forma que você fez.
Ted: Eu não sou um cientista social, e não pretendo acreditar que “um cidadão qualquer”² pensa sobre isto, mas eu vivi na prisão já faz um longo tempo até agora e conheci muitos homens que foram motivados a cometer violência. Sem exceção, cada um deles estavam profundamente consumidos pelo vício. O próprio FBI tem um estudo sobre homicídios em série do qual mostra que o interesse mais comum entre os seriais-killers é a pornografia. É verdade.
JCD: Como teria sido sua vida sem essa influência?
Ted: Eu sei que teria sido de longe melhor, não só para mim, mas para um monte de outras pessoas – vítimas e famílias. Não há dúvida de que ela teria sido uma vida melhor. Estou absolutamente certo de que não teria envolvido esse tipo de violência.
JCD: Se eu fosse capaz de perguntar o tipo de perguntas que são colocadas, uma seria, “Você está pensando sobre todas as vítimas e suas famílias, que estão tão feridas? Anos já passaram, suas vidas não são normais. Elas nunca serão normais. Você tem remorso?”
Ted: Eu sei que as pessoas vão me acusar de estar mentindo pra me defender (sendo egoísta), mas com a ajuda de Deus, eu tenho sido capaz de chegar ao ponto, depois de muito tempo, aonde eu posso sentir a mágoa e a dor pela qual fui responsável. Sim. Absolutamente! Durante estes últimos dias, eu e um número de investigadores temos falado sobre casos não resolvidos – assassinatos dos quais eu estava envolvido. É difícil falar sobre, todos esses anos depois, porque isto reaviva todos os sentimentos terríveis e pensamentos com os quais eu com firmeza e diligencia tenho lidado – acho que com sucesso. Então foi reaberto e eu senti a dor e o horror daquilo. Eu espero que aqueles que eu causei tanto luto, mesmo se eles não acreditarem na minha expressão de angústia, eles vão acreditar no que vou dizer agora: Existem aqueles soltos nas suas cidades e comunidades, como eu, cujos impulsos perigosos estão sendo alimentados, dia sim, dia não, pela violência nos meios de comunicação de formas variadas – particularmente a violência sexual. O que me assusta é quando vejo o que passa na TV a cabo. Parte da violência nos filmes que entram em casa hoje é coisa que não iriam mostrar em “cinemas só para maiores” há 30 anos atrás.
JCD: Você quer dizer os filmes de terror?
Ted: Essa é a forma, mas gráfica de violência na tela, especialmente quando as crianças estão desavisadas ou inconscientes que elas poderiam ser um Ted Bundy, que elas poderiam ter uma predisposição a esse tipo de comportamento.
JCD: Um dos últimos assassinatos que você cometeu foi da menina de 12 anos Kimberly Leach. Acho que o clamor do público é maior porque uma criança inocente foi tirada do parquinho infantil (playground). O que você sentiu depois disso? Eram normais as emoções depois disso?
Ted: Exatamente agora eu realmente não consigo falar sobre isso. É muito doloroso. Eu gostaria de ser capaz de transmitir a você como é essa experiência, mas não seria capaz de falar sobre isso. Eu mal consigo começar a compreender a dor que os pais dessas crianças e jovens mulheres que eu já me sinto detestável. E eu não posso restaurar muito a eles, se alguma coisa. Também não vou fingir, e eu nem mesmo espero que eles me perdoem. Eu não estou pedindo por isto. Este tipo de perdão é de Deus, se eles possuem, eles possuem, e se não, talvez vão encontrá-lo algum dia.
JCD: Você merece a punição que o Estado impôs sobre você?
Ted: Essa é uma pergunta muito boa. Eu não quero morrer, não vou mentir pra você. Eu mereço, certamente, a punição mais extrema que a sociedade tiver. E eu penso que a sociedade merecer ser protegida de mim e de outros como eu. Sem sombra de dúvidas. O que espero vir da nossa discussão é que eu acho que a sociedade merece ser protegida de si mesma. Como conversamos, há forças soltas neste país, especialmente este tipo de pornografia violenta, onde, por um lado, pessoas bem-intencionadas que condenam o comportamento de um Ted Bundy, enquanto eles estão caminhado passam por uma revista aterradora cheia das coisas que enviam crianças jovens no caminho para serem Ted Bundys. Essa é a ironia. Estou falando de ir além da retribuição que as pessoas querem de mim. Não há nenhuma maneira no mundo que me matando vai restaurar essas crianças lindas aos seus pais e corrigir e aliviar a dor. Mas existem muitas outras crianças brincando em ruas ao redor do país hoje que estarão mortas no dia seguinte, e no outro dia, porque outras pessoas jovens estão lendo e vendo os tipos de coisas que estão disponíveis nos meios de comunicação hoje.
JCD: Há um cinismo tremendo sobre você do lado de fora, eu suponho, que por uma boa razão. Eu não tenho certeza se há alguma coisa que você poderia dizer que as pessoas iriam acreditar, ainda que você me tenha dito (e eu já ouvi isso através de nosso amigo em comum, John Tanner) que você aceitou o perdão de Jesus Cristo e é um discípulo, que crê n’Ele. Você tira forças disso enquanto as horas finais se aproximam?
Ted: Eu faço. Eu não posso dizer que estar no Vale da Sombra da Morte é algo com que eu tenha me acostumado, e que sou forte e nada me incomoda. Não tem graça. Gera uma espécie de solidão, ainda tenho que me lembrar que cada um de nós vai passar por isso algum dia, de uma forma ou de outra.
JCD: Está ordenado para o homem (possivelmente citando Hb 9.27).
Ted: Incontáveis milhões que já caminharam sobre a Terra antes de nós passaram por isso, assim que esta é apenas uma experiência que todos nós compartilhamos.

----Ted Bundy foi executado às 7:15AM um dia depois dessa entrevista ter sido gravada.----

No final, o pecado leva à morte. Jesus morreu pelos seus pecados. Você está numa guerra. Seja um homem. Mate seus pecados.


Notas de Tradução:
¹ Expressão Leave it to Beaver, lit.: ‘Deixe isso para o Castor’, muito traduzida como ‘Foi sem querer’, “Beaver” também pode significar “Trapalhão”, primeiramente traduzi como “levar toda a culpa”, mas acho que “dar uma de coitadinho” ficou mais adequada com o contexto.
² John Q.Public é um nome genérico nos Estados Unidos para designar um membro hipotético da sociedade considerado um “homem comum”, no presente texto foi usado o termo John Q. Citizen que se aplica igualmente a uma pessoa pública, especificando este “homem comum” como um cidadão.

Tradução livre do e-book (e livreto) gratuito “Porn-again Christian – a frank discussion on pornography & masturbation” de Mark Driscoll.
Tradução: Vítor Ferolla
Revisão da tradução: Ada Paiva

5 de outubro de 2009

Wayne Jacobsen e Frank Viola







Wendy Scoggins: Wayne Jacobsen (co-autor de 'Por que você não quer mais ir à igreja?', um autor muito lido e admirado por muitos adeptos da igreja nas casas, não é necessariamente um fã de igrejas caseiras acima de outros tipos de igrejas. Ele ressalta que só porque seguimos o exemplo dos apóstolos por modelarmos de nossa estrutura de igreja na deles não significa que vamos experimentar a vida que eles compartilhavam ou que imitar o fruto trará frutos. Ele acredita que a vida de Cristo precede a igreja, que a vida tem de estar presente e que a vida irá resultar em uma assembléia local de cristãos. Qual é a sua resposta à postura de Jacobsen? Como esse ponto de vista deve afetar os esforços de plantação de igrejas?



Frank Viola: Aqueles que têm lido todo o meu trabalho e me ouvido falar sabe que eu não sou um defensor da "igreja doméstica" por assim dizer. Na verdade, eu entreguei uma mensagem no ano passado à Conferência Nacional da Igreja Caseira onde eu partilhei muitas das minhas preocupações com o movimento moderno de igreja nas casas. Eu também fiz a declaração de que se eu tivesse que escolher entre algumas igrejas caseiras e algumas igrejas institucionais, corria em direção a igreja institucional, com um ritmo alucinante! :-)

Eu também não sou um defensor do que eu chamo "o modelo bíblico" de aproximação à igreja, do qual você parece estar falando aqui. Blueprintismo (cópia) bíblico é a idéia que diz que todos nós devemos fazer é encontrar o padrão "correto" da reunião, no Novo Testamento, imitá-lo, e pronto, vamos ter a igreja. Pessoalmente, penso que esta é uma abordagem errada.

Ao mesmo tempo, acredito que a idéia de uma igreja fantasma, nebulosa também erra o alvo. Esta é a noção de igreja que diz que se você e eu tomarmos um café na Starbucks, já temos "igreja." Para mim, esse não é apenas um conceito de igreja não-bíblico, mas se explorarmos o seu núcleo, é enraizado no desejo de ter relações sem compromisso.


A noção de igreja local do Novo Testamento é uma visível, localizável, visitável, palpável, autêntico, comunidade cara a cara em uma  região local que se reúne regularmente, que cuida uns dos outros de forma consistente, e partilha a sua vida juntos.


Qualquer coisa menos não é um ekklesia local  no sentido da palavra no Novo Testamento. Praticamente todos os estudiosos Novo Testamento concordariam comigo aqui.

Quando se trata de uma coisa chamada a igreja, meu coração bate em uma direção. Minha paixão é o Senhor Jesus Cristo - Seu Senhorio, Sua centralidade, sua liderança, sua supremacia, sua auto-suficiência, a sua realidade. Eu só falo sobre a igreja como o acessório para conhecê-Lo, amá-lo, e expressá-Lo na terra com os outros, segundo o propósito eterno de Deus. A igreja flui para forade Cristo, assim como Eva veio de Adão. Ela é uma parte Dele.


Na minha opinião, plantação de igrejas (ou seja, o ministério apostólico ou "trabalho" cristão ) - o que quiserem chamar-lhe - é simplesmente a apresentação do Senhor Jesus Cristo espiritualmente e praticamente a um grupo de pessoas, sejam cristãos ou não-cristãos. Por "apresentar Cristo espiritualmente", quero dizer que apresenta Jesus Cristo na vida e em profundidade. (Na minha observação, não ouvimos Cristo apresentado desta forma muitas vezes no nosso tempo. Não ouvi por muitos anos embora eu fosse um cristão.)

Quando Cristo é apresentado na vida e profundidade, nossa respiração é arrebatada e nós nos apaixonamos por Ele e pelos outros. Por "apresentar Cristo praticamente", eu quero dizer dar às pessoas instruções práticas sobre como conhecer este incrível Cristo individualmente e coletivamente - na realidade e em profundidade. Quando Cristo é apresentado desta forma, a igreja - verdadeira, autêntica,vida da igreja orgânica transformadora de vida  - emana.

A vida orgânica da igreja pode acontecer espontaneamente, sem qualquer pregação direta, se as pessoas encontrarem o Cristo vivo juntos. Mas normalmente não dura muito. Quando eu estava na faculdade, eu toquei uma explosão espontânea da vida da igreja. Mas ele morreu muito rápido. (Eu também toquei uma  vida de igreja orgânica espontaneamente mais tarde. Mas isso é outra história.)


Aqueles que são chamados ao ministério apostólico tem uma dupla responsabilidade, eu creio. Uma é a de impedir a entrada elementos estrangeiros que procurariam sufocar a vida de uma igreja. A outra é a insuflar nova vida em uma comunidade de fé logo que sua vida espiritual fica baixa. Se você estudar o ministério de Paulo, com cuidado, você verá que ele sempre fez isso com as igrejas que ele trabalhou. Para colocá-lo em algumas frases:


Se nós pregarmos a Cristo a um grupo de pessoas, mas não darmos a elas instruções práticas sobre como conhecê-Lo coletivamente, não vamos começar a experiência da igreja.


Se pregarmos a igreja, nós vamos começar um movimento feito pelo homem e teremos um monte de divisões mais tarde.


Se pregarmos que somos os únicos que pregam a Cristo corretamente, vamos acabar com uma seita elitista que vive em seu próprio universo fechado.

Se nós pregarmos a Cristo espiritual e praticamente e exibi-lo em nossas atitudes, nós vamos alcançar a igreja - viva, que respira, e centrada em Jesus.

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Parte final de uma entrevista de Frank Viola acerca de seus livros
Pagan Christianity e Reimagining Church.

Um Chamado à Formação Espiritual




Formação espiritual cristã é o processo através do qual somos formados pelo Espírito Santo na imagem de Cristo e preenchidos com amor por Deus e pelo mundo.

Deus nos chama para ser iguais a Jesus.
Disse Jesus: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Nós seremos capazes de experimentar esta vida abundante – aqui e agora – à medida que nossas paixões, caráter, entendimento e relacionamentos venham se alinhar fortemente com a vida de Cristo. Este processo transformador que se dá durante toda nossa vida, é um contínuo dom do Espírito de Deus. Nós somos chamados para sermos renovados na imagem de Jesus – mas nem sempre respondemos a este chamado. Algumas vezes, parece que estamos satisfeitos com o simples fato de sermos chamados “cristãos”, sem intencionalmente nos engajarmos neste trabalho transformador do Espírito em nossa vida. Outras vezes, desejamos desesperadamente um novo estilo de vida, querendo crescer e andar com Jesus, mas precisamos de ajuda e encorajamento. Nós, portanto, nos comprometemos a buscar apaixonadamente e a receber com alegria a graça de Deus, para sermos transformados na imagem de Jesus Cristo.

João 7:37–39, João 10:10, Romanos 8:29, 1 Coríntios 11:1, 1 Coríntios 15:49, 2 Coríntios 3:17–18, 2 Coríntios 4:16–18, 2 Coríntios 5:16–21, Gálatas 4:19, Efésios 1:3, Efésios 3:16–19, 1 João 3:2, 1 João 4:17


À medida que vamos nos enraizando em Jesus e no Reino que ele proclama, somos progressivamente transformados.
Jesus é o centro de toda existência e da história, o princípio e o fim de toda a criação. Deus moldou este universo para ser um lugar onde o amor e a vida de Jesus Cristo pudessem fluir. Por termos sido criados a partir da imagem divina, temos a capacidade de receber e expressar esta vida e amor. Apesar de a desobediência humana ter corrompido a imagem divina em nós, Deus ainda forma um povo capaz de amar ao Senhor seu Deus de todo coração, alma, mente, força, e a seu próximo como a si mesmo. Jesus tornou isso possível através da sua vida, morte e ressurreição. Nele, nós experimentamos uma relação restaurada de amor com Deus e de uns com os outros, numa contínua transformação em sua imagem. Tornamos-nos uma comunidade renovada e reconciliada que é, ao mesmo tempo, a substância e o alvo da vida no Reino de Deus. Essas são as boas novas que proclamamos com alegria a todo o mundo.


Gênesis 1:26–28, Gênesis 3:1–7, Provérbios 8:22–31, Isaías 42:5–9, Jeremias 31:33–34, Marcos 12:28–34, João 1:1–18, João 13:34–35, Romanos 5:9–11, Romanos 8:1–11, Romanos 8:19–23, Efésios 2:11–22, Colossenses 1:9–23, 1 Tessalonicenses 5:23, 1 João 2:7–11

Nossa resposta à graça transformadora de Deus é vital

A renovação da nossa vida na imagem de Jesus não é uma conquista humana, mas um dom da graça. Misericordiosamente, Deus usa todas as nossas experiências, inclusive sofrimentos e provas, para nos ensinar e transformar. Mesmo assim, esta transformação requer envolvimento e esforço da nossa parte. Precisamos nos tornar disponíveis para este trabalho transformador do Espírito Santo, particularmente, através de um engajamento intencional nas disciplinas espirituais, incluindo a palavra e os sacramentos. Essas práticas nos abrem para a presença e a graça de Deus. Como resultado nos tornamos, através do tempo e da experiência, o tipo de pessoa que naturalmente expressa amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, generosidade e domínio próprio.

Mateus 5:43–48, Mateus 11:29–30, Lucas 6:40, João 7:38, João 15:5–17, Romanos 12:1–2, Gálatas 5:16–25, Filipenses 2:12–13, Filipenses 3:12–16, Tito 2:11–14, Hebreus 5:13–6:1, Hebreus 12:7–13, Tiago 4:7–81, 1 Pedro 4:1–2,

A formação espiritual acontece em comunidade

À medida que desejamos conhecer, seguir a Jesus e ser formados em sua imagem nós seguimos este caminho, com outros que compartilham do mesmo desejo. Deus está chamando a igreja para ser um lugar de transformação e dentro dela lutarmos para responder à nossa vocação essencial ao amor. Para nela reagirmos aos incessantes convites do Espírito de Deus e aprendermos a seguir ao Deus que se encontra entre nós. A comunidade espiritual é o catalisador da nossa transformação e a base a partir da qual, somos enviados para viver a nossa missão de amor no mundo.

Mateus 18:20, Lucas 6:12–19João 17:20–26, Atos 2:42–47, Romanos 12:4–8, 1 Coríntios 12:1–7, Gálatas 6:1–2, Efésios 4:1–16, Hebreus 10:23–25,  Pedro 2:4–10, 

Formação espiritual é, por natureza, missional
Enquanto vamos sendo transformados na imagem de Jesus, vamos experimentando o infinito amor de Deus por todas as pessoas. Isto nos leva a aprofundarmos nossa compaixão pelos pobres, quebrados e perdidos. Assim clamamos, oramos e trabalhamos pelos outros de uma maneira nova, não egoísta e cheia de alegria. Nosso coração é alargado na direção de todas as pessoas e de toda a criação.


Isaías 60:1–4, Mateus 5:14–16, Mateus 28:18–20, João 3:16–21, João 20:21–23, 2 Coríntios 5:20, Gálatas 6:10, 1 João 4:7–21, 

Nós convidamos todas as pessoas, em todos os lugares, a abraçarem este chamado para nos tornarmos iguais a Jesus
Pela graça de Deus buscaremos amar a Deus, a todas as pessoas e a toda criação. Vamos viver consistentemente imersos em um estilo de vida sensível e responsivo à graciosa presença de Deus. Comprometemo-nos com a comunidade dos amados de Cristo, a igreja, para que juntos possamos aprender este caminho de amor. Nós desejamos ardentemente que você se junte a nós.

Mateus 5:1–10, Mateus 13:44–46, Marcos 1:15, Lucas 9:23–24, Romanos 12:1–2, 2 Coríntios 6:1, 1 Timóteo 6:11–12, Apocalipse 21:2, Apocalipse 22:17, 



4 de outubro de 2009

Um Manifesto por Jesus

A Carta Magna pela supremacia de Jesus Cristo
ou
Um manifesto por Jesus para a Igreja do Século 21




Por Leonard Sweet e Frank Viola (tradução livre por Luís F. Batista)

Os cristãos fizeram do evangelho tantas coisas... tantas coisas além de Cristo.

Jesus Cristo é o ponto gravitacional que une todas as coisas e dá a elas significado, realidade e sentido. Sem ele, todas as coisas perdem seu valor. Sem ele, todas as coisas são nada, nada além de pedaços deslocados flutuando ao redor do espaço.

É até possível considerar uma verdade espiritual, valor, virtude ou dom, ainda que se esqueça a Cristo... que é a personificação e encarnação de toda verdade espiritual, valor, virtudes ou dons.

Busque uma verdade, um valor, virtude ou um dom espiritual em si mesmo, e você vai encontrar algo morto.


Busque a Jesus, abrace a Jesus, conheça a Jesus, e você terá chegado a ele que é Vida. E nele reside toda Verdade, Valores, Virtudes e Dons em cores vivas. Beleza que tem significado na beleza de Cristo, em quem encontramos tudo que nos faz amorosos e amáveis.

O que é o Cristianismo? É Jesus. Nada mais, nada menos. Cristianismo não é uma ideologia. Cristianismo não é uma filosofia. Cristianismo são as “boas novas” de que Beleza, Verdade e Bondade são encontradas em uma pessoa. A comunidade bíblica foi fundada e é encontrada na conexão com esta pessoa. Conversão é mais do que mudança na direção; é uma mudança na conexão. O uso de Jesus da palavra Hebraica shubh, ou no seu equivalente Aramaico, que chamamos de “arrependimento” não implica em ver Deus de uma distância, mas entrar em um relacionamento em que Deus é o comando central da conexão humana.

A esse respeito, nós sentimos uma desconexão enorme na igreja hoje. Para isso é esse manifesto.

Nós cremos que a maior doença da Igreja hoje é DDJ: Distúrbio da Deficiência de Jesus. A pessoa de Jesus tem se tornado cada vez mais politicamente incorreta, mas tem sido também substituída pela linguagem da “justiça”, “reino de Deus”, “valores” e “princípios de liderança”.

Nessa hora, o testemunho a que sentimos a que Deus nos chama é de levantar centros da primazia do Senhor Jesus Cristo. Especificamente...

1 – O centro e circunferência da vida Cristã é nada mais do que a pessoa de Cristo. Todas as outras coisas, incluindo coisas relacionadas a ele e sobre ele, são obscurecidas pelo sinal da sua importância sem par. Conhecer Jesus é Vida Eterna. E conhecer a ele profundamente, densamente e em realidade, assim como experimentar das suas inescrutáveis riquezas, é a maior busca de nossas vidas, assim como o foi para os primeiros Cristãos. A intenção de Deus não tinha tanto a ver em consertar coisas que estavam erradas nas nossas vidas, mas sim, nos encontrar em nossa fragmentação e nos dar Jesus.

2 – Jesus Cristo não pode ser separado de seus ensinamentos. Aristóteles disse a seus discípulos, “Sigam meus ensinamentos”. Sócrates disse a seus discípulos, “Sigam meus ensinamentos”. Buda disse a seus discípulos, “Sigam minhas reflexões”. Confúcio disse a seus discípulos “Sigam o que disse”. Maomé disse a seus discípulos, “Sigam meus pilares”. Jesus disse a seus discípulos, “Sigam-me”. Em todas as outras religiões, um seguidor pode seguir os ensinamentos de seu fundador sem ter nenhum relacionamento com seu fundador. Isso não acontece com Jesus Cristo. Os ensinos de Jesus não podem ser separados da pessoa de Jesus. Jesus Cristo está vivo e ele personifica seus ensinamentos. É um equívoco muito grande , então, tratar Cristo como simplesmente um fundador com uma série de ensinamentos morais, éticos ou sociais. O Senhor Jesus e seus ensinamentos são um. O Meio e a Mensagem são um. Cristo é a encarnação do Reino de Deus e do Sermão do monte.

3 – A grande missão de Deus e seu propósito eterno na terra e no céu converge em Cristo... tanto o Cristo individual (a cabeça) como o Cristo corporativo (o corpo). Esse universo se move para um objetivo final – a plenitude de Cristo, onde Ele irá preencher todas as coisas com ele. Ser realmente missional, então, significa construir uma vida e seu ministério em Cristo. Ele é tanto o coração como o sangue do plano de Deus. Perder isso é perder o eixo, e com certeza, é perder tudo.

4 – Ser um seguidor de Jesus não envolve tanta imitação tanto quanto envolve implantação e imparcialização. Encarnação – a noção de que Deus conecta a nós na forma de um nenê e no toque humano – é a doutrina mais chocante da religião Cristã. A encarnação tanto aconteceu de uma vez por todas quanto o está em andamento agora, assim que Ele “que foi e que há de vir” agora é e vive sua vida ressurreta em nós e através de nós. Encarnação não se aplica somente a Jesus; se aplica a cada um de nós. Lógico, não da mesma forma sacramental. Mas próximo. A nós foi dado o Espírito de Deus que faz Cristo real em nossas vidas. Nós formos feitos, como Pedro colocou, “participantes da natureza divina”. Como, então, diante de uma tão grande verdade, podemos pedir por brinquedos e doces? Como podemos nos perder por dons tão inferiores e clamar por coisas tão religiosas e espirituais? Nós fomos tocados do alto pelo fogo do Todo Poderoso com fogo divino. A vida que venceu a morte – a vida ressurreta do Filho de Deus. Como não podemos ser atingidos também?

Para colocar uma questão: Qual foi o motor, ou o acelerador da vida maravilhosa de Deus? Qual foi o ramo principal desse comportamento externo? Foi isso: Jesus viveu a presença de seu Pai. Depois de sua ressurreição, este processo se moveu. O que Deus o Pai era para Jesus Cristo, Jesus Cristo agora o é para você e para mim. Ele é essa presença maravilhosa, e nós compartilhamos a vida de Jesus e seu próprio relacionamento com o Pai. Há um vasto oceano de diferença entre mandar os cristãos imitar a Jesus e aprender como encarnar um Cristo implantado. O primeiro termina em uma completa frustração. O último é o caminho para vida e alegria no nosso dia a dia e na nossa morte. Nós ficamos como Paulo: “Cristo vive em mim”. Nossa vida é Cristo. Nele vivemos, respiramos e somos. “O que Jesus faria?” não é Cristianismo. O Cristianismo pergunta: “O que Jesus está fazendo através de mim... e através de nós? E como Jesus está fazendo isso?” Seguir Jesus significa “Confie e obedeça” (responda), e viva sua presença pelo poder do Espírito.

5 – O “Jesus da história” não pode ser desconectado do “Jesus da fé”. O Jesus que andou pelas partes da Galiléia é a mesma pessoa que habita a igreja hoje. Não deve haver desconexão entre o Jesus do evangelho de Marcos com o incrível, todo-inclusivo Cristo cósmico que Paulo descreveu na carta aos Colossenses. O Cristo que viveu no primeiro século existia antes da história. Ele também tem uma existência depois da história. Ele é o Alfa e o ômega, Princípio e fim, A e Z, tudo ao mesmo tempo. Ele habita no futuro e no fim dos tempos ao mesmo tempo que ele habita em cada filho de Deus. A falha em abraçar essa verdade paradoxal tem criado problemas enormes e tem diminuído a grandeza de Cristo aos olhos do povo de Deus.

6- É possível confundir “a causa” de Jesus Cristo com sua própria pessoa. Quando a primeira igreja falava “Jesus é o Senhor” , isso não significava “Jesus é o meu valor principal”. Jesus não é uma causa; ele é real e uma pessoa viva que pode ser conhecida, amada, experimentada, entronizada e personificada. Focar em sua causa ou missão não é igual a focá-lo ou segui-lo. É muito possível servir “o deus” do serviço de Jesus em oposição a servi-lo com coração arrebatado que foi cativo por sua irresistível beleza e incompreensível amor. Jesus nos leva a pensar em Deus de forma diferente, como relacionamento, como o Deus de todo relacionamento.

7- Jesus Cristo não foi um mero ativista social ou filósofo moral. Considerá-lo dessa forma é tirar sua glória e diluir sua excelência. Justiça fora de Cristo é uma coisa morta. O único golpe que pode perturbar os portões do inferno não é o grito de Justiça, mas o nome de Jesus. Jesus Cristo é a personificação da Justiça, Paz, Santidade e Retidão. Ele é a soma de todas as coisas espirituais, o “atractor estranho” do cosmos. Quando Jesus se torna uma abstração, a fé perde seu poder reprodutor. Jesus não veio para tornar pessoas más boas. Ele veio para tornar pessoas mortas vivas.

8 – É possível confundir um conhecimento acadêmico ou teológico sobre Jesus com um conhecimento pessoal do próprio Cristo vivo. Os dois estão tão distantes um do outro quanto centenas de milhões de galáxias. A plenitude de Cristo não pode ser alcançada somente pelo lóbulo frontal. A fé cristã clama pela racionalidade, mas busca também alcançar os maiores mistérios. A cura para um grande cérebro é um grande coração.

Jesus não equipou seus discípulos com fichários de teologia sistemática. Ele deixou a seus discípulos corpo e respiração.

Jesus não deixou seus discípulos um sistema de fé bastante claro e coerente para que eles amem a Deus e aos outros. Jesus deu a seus discípulos feridas para tocar e mãos para curar.

Jesus não deixou a seus discípulos uma crença intelectual ou uma cosmovisão cristã. Ele deixou seus discípulos com uma fé relacional.

Cristãos não seguem um livro. Cristãos seguem uma pessoa, e a essa biblioteca de livros divinamente inspirados, nós chamamos “A Bíblia Sagrada” como a melhor ajuda para seguir esta pessoa. A Palavra Escrita é um mapa que nos leva a seguir a Palavra Viva. Ou como Jesus mesmo colocou, “Toda a Escritura testifica de mim”. A Bíblia não é o destino, é uma bússola que aponta para Cristo, Nossa Estrela do Norte do céu.

A Bíblia não apresenta um plano para viver. As “boas novas” não são um conjunto de leis, ou um conjunto de inferências éticas, ou um novo e melhor PLANO. As “boas novas” são a história da vida de uma pessoa , como refletida no credo apostólico. O Mistério da Fé proclama esta narrativa: “Cristo morreu, ressuscitou e voltará”. O significado do Cristianismo não vem da concordância de uma série de doutrinas teológicas complexas, mas um amor apaixonado por um modo de vida na Terra que se resume a seguir a Jesus, que fala que amor é o que faz da vida um sucesso... não riquezas, saúde ou qualquer outra coisa: mas amor. E Deus é amor.

9 – Só Jesus pode consertar e preencher o vazio no coração da igreja. Jesus Cristo não pode ser separado de sua igreja. Enquanto Jesus é distinto de sua Noiva, ele não está separado dela. Ela é de fato seu próprio corpo na terra. Deus escolheu para vesti-la de todo poder, autoridade e vida no Cristo vivo. E Deus em Cristo só é conhecido plenamente através de sua igreja (Como Paulo disse, “A multiforme sabedoria de Deus – o qual é Cristo – que é conhecido através da “ekklesia”)

A vida cristã, então, não é uma busca individual. É uma jornada coletiva. Conhecer Cristo e fazê-lo conhecido não é um projeto individual. Aqueles que insistem em um vôo solo de vida será trazido à terra através de uma terrível queda. Pois Cristo e sua igreja são intimamente unidos e conectados. O que Deus uniu, que nenhuma pessoa separe. Nós fomos criados para vida com Deus; nossa única felicidade é encontrada na vida com Deus. E o próprio prazer de Deus e deleite é encontrado dessa mesma forma.

10 – Em um mundo que canta “Quem é esse Jesus?” e uma igreja que canta “Oh, vamos ser todos iguais a Jesus”, nós vamos cantar a plenos pulmões, “Oh, como amamos Jesus!”

Se Jesus se levantou dos mortos, nós temos que no mínimo nos levantar de nossas camas, de nossos bancos e sofás e responder à vida ressurreta do Senhor em nós, nos juntando à Jesus àquilo que ele se importa nesse mundo. Nós chamamos a outros para se juntar a nós – não nos retirando do planeta Terra, mas plantando firmes nossos pés neste planeta enquanto nosso espírito se eleva até os céus, até aquilo que agrada a Deus e que o encontra em seu propósito. Nós não somos deste mundo, mas nós vivemos neste mundo para os direitos e interesses do Senhor. Nós, coletivamente, como ekklesia de Deus, somos Cristo neste e para este mundo.

Que Deus encontre pessoas aqui na terra que sejam pessoas de Cristo, em Cristo e para Cristo. Um pessoal da cruz. Um pessoal consumido com a eterna paixão de Deus, o qual existe para a preeminência de seu filho, para sua supremacia e para que ele esteja à frente de todas as coisas visíveis e invisíveis. Um pessoal que tenha descoberto o toque do Todo Poderoso na face de seu glorioso filho. Um pessoal que queira conhecer somente a Cristo e ele crucificado, e deixe todas as outras coisas caiam de lado. Um pessoal que está desvendando sua profundidade, descobrindo sua riqueza, tocando sua vida e recebendo seu amor e fazendo a ELE em toda a sua insondável glória conhecido a outros.

Nós dois podemos discordar a respeito de muitas coisas – sejam elas eclesiologia, escatologia, soteriologia, isso sem mencionar economia, globalização e política.

Mas em nossos dois últimos livros – From Eternity to Here (Da eternidade para cá) e So Beautiful (Tão lindo) nós temos tocado trombetas unísonas. Esses livros são Manifestos desse manifesto. Cada um deles apresenta a visão que capturou nossos corações e que gostaríamos que fossem partes integrantes do Corpo de Cristo – esta “UMA COISA eu sei” (João 9:25) esta é a UMA COISA que une a todos nós:

Jesus o Cristo.
Cristãos não seguem o Cristianismo, Cristãos seguem Cristo.
Cristãos não pregam a si mesmos, Cristãos proclamam Cristo.
Cristãos não apontam para uma base de valores, Cristãos apontam para cruz.
Cristãos não pregam sobre Cristo, Cristãos pregam Cristo.
Há 300 anos atrás, um pastor alemão escreveu um hino ao redor do Nome acima de todos os nomes:


Perguntai que grande coisa eu sei
que me delicia e me comove tanto?
Que grande prêmio eu recebi?
Em qual nome me glorio?
Jesus Cristo, o crucificado.



Esta é a grande coisa que eu sei
que me delicia e me comove tanto:
fé naquele que morreu para salvar
Naquele que triunfou sobre o túmulo:
Jesus Cristo, o crucificado

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Jesus Cristo – o crucificado, ressurreto, entronizado, triunfante e vivo Senhor.
Ele é nossa busca, nossa paixão, nossa vida.
Amém.


Para discutir esse manifesto e suas implicações, visite o blog “A Jesus Manifesto” em http://ajesusmanifesto.wordpress.com/
Sugerimos que você ouça à musica que está no YouTube “Give me Jesus ” enquanto lê este manifesto.


Fonte desta tradução: Renovatio Cafe