31 de dezembro de 2007

A Segunda Chance, o filme

O filme é de 2006, mas só agora assisti.


O filme The Second Chance, conta a história de dois homens muito diferentes que aprenderam juntos uma lição importante sobre a verdadeira função da igreja. O longa Já virou notícia em diversas revistas e portais Cristãos, por ser a estréia do cantor Gospel Michael W. Smith no cinema.

A sinopse de "The Second Chance" conta a história de dois homens, um de uma igreja de brancos e outro de uma igreja de negros, e que começam a trabalhar num projeto de restauração de um subúrbio nos Estados Unidos. Durante esse tempo juntos, os dois líderes e as suas congregações, descobrem as diferenças na forma de evangelismo de trabalho com grupos diferenciados. A forma de pensar, a criação, a própria estrutura das igrejas e a experiência de cada um, leva a tomadas diferentes de decisão, que afetam as pessoas de uma forma nunca imaginada.

O filme remete a reflexões sérias sobre questões sociais (tráfico, desigualdade) e a participação das comunidades cristãs. Considero um ponto importante o fato de que o "astro" Michael Smith não tenha assumido um papel de excessivo destaque, deixando muito espaço para Jeff Obafemi Carr (Jake).

O filme que conta a história de dois homens muito diferentes que aprenderam juntos uma lição importante sobre a verdadeira função da igreja. Ethan Jenkins (Michael W. Smith) é um homem com seus trinta anos. Depois de se desgastar viajando como músico, resolveu voltar e trabalhar com seu pai. Seu pai é Jeremiah Jenkins, um pastor conhecido e respeitado como o principal líder da "Chuch the Rock" uma super igreja, que tem os cultos transmitidos pela TV, mas que na verdade parece uma produtora. Ethan é consagrado a pastor suplente da “Chuch the Rock”, e passa a viver o ministério como um negócio, não como um chamado para abençoar vidas da comunidade. Diante da situação, Jeremiah decide que seu filho precisa aprender um pouco mais sobre o que é o trabalho de uma igreja e o envia para auxiliar na, “Second Chance Community Church”, igreja que ajudou a implantar nos anos 60.

Nessa nova experiência Ethan conhece Jake (Jeff Obafemi Carr) que pastoreia a “Second Chance Community Church”, que luta para manter a unidade da igreja e a paz de uma comunidade, que mais parece uma zona de guerra e sofre com a violência, o tráfico de drogas e os desmando das quadrilhas. Mas os dois pastores mesmo professando a mesma fé e com o mesmo objetivo vão bater de frente, pois ambos tem formas diferentes de trabalhar. Porém para que a igreja seja restaurada e pessoas da comunidade sejam salvas, eles terão que aprender o verdadeiro sentido da igreja e vencer seus próprios conceitos e temperamentos para cumprirem o propósito de Deus.

Título Original: The Second Chance
Direção: Steve Taylor
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Origem: EUA
Tipo: Longa
Ano: 2006
Distruição: Sonar / BV Films
Site Oficial: www.thesecondchancemovie.com/_site/

Elenco
Michael W. Smith .... Ethan Jenkins,
Jeff Obafemi Carr .... Jake Sanders,
J. Don Ferguson .... Jeremiah Jenkins,
Lisa Arrindell Anderson .... Amanda Sanders,
David Alford .... Parker Richards,
Henry Haggard .... Sonny,
Kenda Benward .... Valerie,
Jonathan Thomas .... Tony,
Calvin Hobson .... Julius,
Bobby Daniels .... Mayor,
Shirley Cody .... Miss Burdoe,
Peggy Walton-Walker .... Claudia Jenkins (as Peggy Walton Walker),
Vilia Steele .... Trina,
Kobie Jarmon .... Charday Sanders,
Erin Hemphill .... Payton Sanders
Trailer:

Para o Ano Novo: Esperança e fé


"Aquele que crê tem a coragem de confiar em Deus para o amanhã, e não está mais ansioso com relação ao próximo ano do que está com o que passou"
Jeremy Taylor

28 de dezembro de 2007

Revisar Conceitos

Belos hinos tradicionais de Natal proclamam que Jesus nasceu. Agora que ele entrou em nosso mundo e em nossa vida, as coisas serão diferentes. Esse tema se estende ao longo das eras até o presente. Nenhuma pessoa instruída pode pensar de outro modo. Afinal, a transformação para o bem é a essência das "boas novas", não?

Nos dias de hoje, porém, deparamos com uma enorme decepção em relação ao caráter e às influências das pessoas e instituições cristãs e, pelo menos por implicação, da fé cristã e sua visão da realidade. Grande parte dessa decepção é expressa pelos próprios cristãos ao descobrirem que as crenças que professam "simplesmente não estão funcionando" nem para eles mesmos a seu ver, nem para aqueles ao seu redor. De acordo com os padrões normais de avaliação, pelo menos o que eles descobriram não "excede todas as expectativas". Os livros de "desilusão" constituem uma subcategoria da literatura cristã. A autoflagelação não desapareceu do repertório cristão.

Mas essa decepção também é expressa por aqueles que se encontram separados do cristianismo "visível" (que talvez não tenham nenhum conhecimento real da situação ou que "se cansaram") e por aqueles que se opõem abertamente à fé cristã. Muitas vezes, essas pessoas repreendem os cristãos usando valores do próprio cristianismo, criticando-os de acordo com padrões definidos por Jesus. É evidente que existe uma Grande Disparidade entre a esperança de vida expressada em Jesus — uma realidade na Bíblia e numa série de exemplos magníficos entre seus seguidores — e o comportamento diário, a vida interior e a presença social da maioria dos que se dizem seguidores de Jesus.

Assim, somos obrigados a perguntar: Qual o motivo dessa Grande Disparidade? Ela é causada por algo inerente à própria natureza de Jesus e por aquilo que ele ensinou e trouxe à humanidade? Ou é resultante de fatores secundários que foram se associando a instituições e indivíduos cristãos ao longo do tempo? Será que estamos vivendo numa época em que, por algum motivo, os cristãos em geral e a maioria de seus líderes não entenderam o cerne da questão?

Imagine que seu vizinho está sempre tendo problemas com o carro dele. Você pode concluir, talvez corretamente, que ele fez um mau negócio. Mas se você descobrisse que, de vez em quando, seu vizinho mistura água na gasolina, com certeza não culparia o carro ou o fabricante pelos problemas mecânicos. Diria que o carro não foi feito para funcionar sob as condições impostas pelo proprietário. E, sem dúvida, aconselharia seu vizinho a usar apenas o combustível apropriado. É possível que, depois de alguns ajustes, o carro voltasse a funcionar bem.

Devemos abordar as decepções atuais sobre a caminhada com Cristo de maneira semelhante. Ela também não foi feita para funcionar com qualquer tipo de "combustível". Se estamos completamente parados ou andando apenas aos solavancos, é porque não estamos nos dedicando a essa caminhada o suficiente para permitir que ela assuma o controle de toda nossa vida. Talvez ninguém tenha nos explicado o que devemos fazer. Talvez não saibamos bem qual é "nossa parte" na vida eterna. Ou talvez tenhamos aprendido a "fé e prática" de algum grupo, e não os princípios de Jesus. Ou, ainda, talvez tenhamos ouvido algo que está de acordo com os ensinamentos de Jesus, mas tenhamos interpretado incorretamente (um dilema que costuma gerar excelentes fariseus ou "legalistas" — um modo de vida muitíssimo difícil). Ou talvez acreditemos que o preço a ser pago para andarmos no "Caminho" é alto demais e estejamos tentando economizar (completando o tanque de combustível com a "água" do moralismo ou da religião de vez em quando).

Sabemos que o "carro" do cristianismo pode funcionar, e muito bem, em circunstâncias de todo tipo. Vemos isso — ou, pelo menos, quem assim o deseja pode ver — quando deixamos de lado as caricaturas e apresentações parciais e olhamos para o próprio Jesus e para suas várias manifestações em acontecimentos e personalidades ao longo da história e em nosso mundo atual. Ele é, simplesmente, o ponto mais brilhante do cenário humano. Não há concorrência. Até mesmo os anticristãos julgam e condenam os cristãos

de acordo com a pessoa e as palavras de Jesus. Ele não está escondido, mas deve sempre ser buscado para que possamos perceber sua presença manifesta em nosso mundo. Isso faz parte de seu plano e visa a nosso próprio bem. Se o buscarmos, ele com certeza nos encontrará e, então, nós também o encontraremos de maneira mais profunda. Essa é a existência bem-aventurada do discípulo de Jesus que não cessa de crescer "na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2Pe 3:18).

Mas é justamente esse o problema. Quem, dentre os cristãos de hoje, é um discípulo de Jesus, em qualquer sentido substantivo do termo "discípulo"? Um discípulo é um aluno, um aprendiz — um praticante, mesmo que iniciante. O Novo Testamento — que deve ser nosso princípio norteador no Caminho com Cristo, deixa isso claro. Nesse contexto, os discípulos de Jesus são pessoas que não apenas adotam e professam certas idéias como também aplicam sua compreensão crescente da vida no reino dos céus a todos os aspectos de sua vida na terra.

Contrastando com isso, a suposição dominante entre os cristãos professores de hoje é de que podemos ser "cristãos" para sempre sem jamais nos tornarmos discípulos — nem mesmo no céu, pois, afinal, que necessidade teremos de ser discípulos no porvir? Onde quer que estejamos, podemos ver que esse é o ensinamento corrente. E essa é (com suas várias conseqüências) a Grande Omissão da "Grande Comissão", em que a Grande Disparidade se encontra firmemente arraigada. Enquanto a Grande Omissão continuar a ser permitida ou nutrida, a Grande Disparidade florescerá — tanto na vida de indivíduos quanto em grupos e movimentos cristãos. Logo, se cortarmos a raiz da Grande Omissão, a Grande Disparidade murchará, como foi o caso tantas vezes no passado. Não é preciso lutar contra ela. Basta parar de alimentá-la.

Jesus nos disse claramente o que devemos fazer. Temos um manual, como o do proprietário de um carro. Ele nos disse que, como discípulos, devemos fazer discípulos — e não convertidos ao cristianismo ou a um tipo específico de "fé e prática". Ele não ordenou que providenciássemos para que as pessoas pudessem "entrar no céu" ou "ter parte nos benefícios" depois da morte, nem que eliminássemos as diversas formas brutais de injustiça, tampouco que criássemos e mantivéssemos igrejas "bem-sucedidas". Todas essas coisas são boas, e ele falou sobre cada uma delas. Com certeza se concretizarão se — e apenas se — formos (seus aprendizes constantes) e fizermos (outros aprendizes constantes) aquilo que ele ordenou que fôssemos e fizéssemos. Se nos ativermos a isso, não importará muito o que mais faremos ou deixaremos de fazer.

Uma vez que nós, seus discípulos, tivermos ajudado outros a se tornarem discípulos (de Jesus, e não nossos), poderemos reuni-los em situações da vida diária, sob a presença sobrenatural da Trindade, formando um novo tipo de unidade social nunca antes visto na terra. Esses discípulos são os seus "chamados", sua ecclesia. Sua "caminhada" já se dá "nos céus" (Fp 3:20), pois os céus estão operando onde quer que nos encontremos (Ef 2:6). São essas pessoas que podem ser ensinadas a "obedecer a tudo o que eu lhes ordenei" (Mt 28:20). Ao se tornarem alunos ou aprendizes de Jesus, elas concordaram em ser ensinadas, e temos disponíveis os recursos para que isso possa acontecer de forma metódica. O resultado é sempre a vida que "excede todas as expectativas".

Dirigindo-se aos seguidores mais próximos, Jesus diz: "Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mt 28:18-20). Observamos na história do mundo os resultados alcançados por um pequeno grupo de discípulos que simplesmente obedeceram a essa ordem sem nenhuma "Omissão".

Nas igrejas ocidentais, sobretudo na América do Norte, as pessoas pressupõem irrefletidamente que a Grande Comissão de Jesus deve ser levada adiante em outros países. Essa idéia se deve, em parte, ao uso do termo "nações" para traduzir o grego ethne, quando uma tradução mais apropriada seria nossa expressão contemporânea "grupos étnicos" ou, ainda, "pessoas de todo tipo". Mas, na prática, isso nos leva a excluir as "pessoas de nosso tipo" do universo daqueles que devem ser transformados em discípulos de Jesus. Há até mesmo quem acredita que "nós" não precisamos de discipulado e que, para começo de conversa, nós estamos certos. Mas, na verdade, o principal campo missionário da Grande Comissão nos dias de hoje é constituído das igrejas da Europa e da América do Norte. Essas são as regiões em que a Grande Disparidade é mais visível e de onde ela ameaça se espalhar para o restante do mundo. Nossa responsabilidade é levar adiante a Grande Comissão exatamente onde estamos, e não apenas intensificar os esforços para obedecer à sua ordem em outros lugares. E se não começarmos aqui, também não seremos bem-sucedidos em levá-la adiante em outras partes.

É um erro trágico pensar que, ao partir, Jesus estava nos dizendo para começarmos igrejas, conforme a definição desse conceito nos dias de hoje. De tempos em tempos, pode ser apropriado começar uma igreja. No entanto, o objetivo de Jesus para nós é muito mais amplo que isso. Ele deseja que estabeleçamos postos avançados ou bases de operação para o reino de Deus onde quer que estejamos. É desse modo que a promessa de Deus a Abraão — de que por meio dele e de sua descendência os povos da terra seriam abençoados (Gn 12:3) — é levada a seu cumprimento. O efeito externo dessa vida em Cristo é uma revolução moral perene, até que o propósito da humanidade na terra tenha se cumprido.

Como discípulos de Jesus, fazemos parte, hoje, do projeto de Deus para o mundo. Mas é preciso lembrar sempre que a execução desse projeto é o efeito, e não a vida em si. A missão flui naturalmente da vida. Não é um acréscimo ao plano ou algo que pode ser negligenciado ou omitido. A vida eterna da qual fluem vários efeitos profundos e gloriosos é um relacionamento interativo com Deus e com seu Filho, Jesus, ha habitação interior do Espírito Santo. A vida eterna é a caminhada do reino, na qual, em unidade perfeitamente coesa, "[praticamos] a justiça, [amamos] a fidelidade e [andamos] humildemente com o [nosso] Deus" (Mq 6:8). Aprendemos a andar desse modo pelo aprendizado com Jesus. Sua escola nunca entra em férias.

Devemos enfatizar que a Grande Omissão da Grande Comissão não se refere à obediência a Cristo, mas, sim, ao discipulado, ao aprendizado com ele. A obediência virá como conseqüência do discipulado e também escaparemos das armadilhas de uma atitude julgadora e legalista em relação a nós mesmos ou a outros.

Talvez algumas pessoas se espantem com a idéia de que a "Igreja" — os discípulos reunidos — na verdade não precisa de mais pessoas, mais dinheiro, construções e programas melhores, mais ensino ou mais prestígio. Foi no período em que esses elementos se mostraram escassos ou inexistentes que o povo de Deus reunido, a Igreja, mais se aproximou de sua verdadeira essência. A única coisa de que a Igreja precisa para cumprir os propósitos de Cristo na terra é a qualidade de vida que ele torna real em seus discípulos. Com essa qualidade, a Igreja prosperará em tudo o que realizar ao longo do processo de tornar clara e disponível na terra a "vida que é vida de verdade". Sempre haverá muitas batalhas a travar, mas a luta não será mais contra a presença constante e sombria da Grande Disparidade e a ilusão de que ela é tudo o que Cristo tem a oferecer à humanidade.

Portanto, a maior questão que o mundo de hoje enfrenta, com todas as suas necessidades aflitivas, é definir se aqueles que são confessional ou culturalmente identificados como "cristãos" se tornarão discípulos — alunos, aprendizes, praticantes — de Jesus Cristo, aprendendo constantemente com ele como viver a vida do reino dos céus em todas as áreas da existência humana. Esses discípulos transcenderão as igrejas a fim de se tornarem a Igreja de Cristo — a fim de serem, sem força nem violência humana, seu exército poderoso lutando pelo bem no mundo, conduzindo as igrejas aos propósitos eternos de Deus? Esse, em termos de proporção, é o maior problema que o ser humano tem de enfrentar, cristão ou não.

É possível dizer alguma coisa que contribua para as transições para e dentro de um discipulado com Jesus Cristo? As páginas a seguir apresentam vários artigos publicados anteriormente que tratam do discipulado, das disciplinas espirituais e do crescimento e da formação espiritual. É quase impossível um leitor comum encontrar artigos desse tipo hoje em dia, mas há quem os considere de importância crítica em nosso tempo. Salvo pequenas revisões e adaptações, os textos são apresentados da forma como foram publicados originariamente. Há certo grau de repetição, uma vez que se tratam de artigos "ocasionais", com algumas variações de estilo. Alguns são voltados explicitamente para pastores, mas os princípios dizem respeito a todos os cristãos. Espero que esses detalhes não distraiam o leitor. Acrescentei ao final "Uma palavra de despedida", na qual procuro enfatizar a simplicidade dos "próximos passos" que podem orientar indivíduos e grupos na prática dos princípios apresentados.

As expectativas de Jesus a nosso respeito não são complicadas nem confusas. Em alguns casos, exigirão mudanças naquilo que estamos fazendo. Mas a Grande Comissão — o plano de Jesus para a formação espiritual, o crescimento da Igreja e o serviço ao mundo — é bastante óbvia. Então, mãos à obra! Ele proverá todo o preparo e apoio necessários. Não se esqueça: "Quando tudo falhar, siga as instruções".


Introdução da obra "A Grande Omissão", de Dallas Willard, cujo lançamento está marcado para Janeiro/08.

+ A Grande Omissão

Para o Ano Novo... um... Antídoto


Final de ano. Eu na colheta de bons e maus frutos. Tudo conforme a
lei da semeadura. A "vida" que estou ceifando deriva de seguir o que as fontes confiáveis prescrevem como o caminho do "certo" e do "bom". "E a "destruição" que estou colhendo resultou de obedecer a mim mesmo, aos meus sentimentos, por mais nobres que eu pensei serem à época. Simples assim.

João Calvino, teólogo e reformador, disse que "a mais segura fonte de destruição dos homens é obedecer a si mesmo". Que precisão!

O novo ano que se aproxima é desafiador para mim, em várias áreas da vida. Trabalho e estudo são dois eixos centrais. E neles exemplifica-se claramente a verdade de que o autocontrole é parte de uma boa semeadura.

Em contraste, todos os dias, pessoas que a gente ama estão decidindo, no íntimo, perder a batalha e se entregar aos seus sentimentos -- raiva, medo, atração sexual, gula, narcisismo, mágoa etc. -- porque acreditam ter o direito de vê-los satisfeitos.

Quero desenvolver autocontrole porque já experimentei a realidade de ficar obcecado por pensamentos destrutivos e então ser ser escravizado e cegado pelos sentimentos correspondentes. Minha "sensibilidade moderna" focava a espontaneidade de desfrutar o "barato" ou a "excitação" do sentimento, o que resultou em morte, o oposto da paz.

E Dallas Willard tem um papel fundamental nessa rota da esperança. Em seu livro, A Renovação do Coração, p. 151-153, o autor explica:
_________
Vivemos na forma de vida chamada "modernidade", em que um conjunto de normas respeitáveis e relações pessoais não governam a vida facilmente, porque a solidariedade humana (na família, no bairro, na escola, no local de trabalho, na igreja) foi pulverizada. Há poucas coisas de significado equivalente a esse fato para que os cristãos sérios compreendam a atualidade.

Na condição "moderna", o sentimento se torna um exercício quase total de domínio sobre o indivíduo. As pessoas nessa condição precisam constantemente decidir o que querem fazer. Sentir é tudo o que elas têm para seguir em frente. Aqui se encontra o segredo para compreender a vida ocidental comtemporânea e sua peculiar propensão em acumular imoralidades e vícios.
As pessoas são pressionadas a decidir e só podem tomar essas decisões com base nos sentimentos.
(...)
Muitas vezes, os indivíduos não conseguem distinguir entre sentimentos e vontade; nessa confusão, com freqüência, tomam os sentimentos por razões. Em geral lhes faltará algum grau significativo de autocontrole, o que transformará sua vida em mera passagem pelos dias e anos. No entanto, um comportamento vicioso lhes promete a possibilidade de suportar essa existência.

Autocontrole é a capacidade permanente de orientar-se para realizar o que se escolheu ou se decidiu fazer ou ser, ainda que "não se sinta vontade"; significa que você, com pulso firme, faz o que
não quer fazer (ou o que quer não fazer) quando for necessário, e não faz o que quer fazer (ou "sente vontade de" fazer) caso haja necessidade. Em pessoas sem caráter sólido, o sentimento é um inimigo mortal do autocontrole e sempre o subverterá.

Uma vontade disciplinada, voltada para Deus e para o bem, é o único antídoto contra o veneno da serpente do sentimento.
__________

Resoluções de Ano Novo

O texto seguinte é uma apresentação ao excelente blog Efetividade.net:

Motivação: efetividade nas resoluções de ano novo - o que você vai mudar em 2008?


Dica rápida para hoje: resoluções de ano novo raramente funcionam a contento, porque a pessoa faz uma longa lista, e não transforma em planos objetivos. Acaba virando um mecanismo de procrastinação para itens que poderiam perfeitamente começar a ser feitos desde já, como praticar 100 abdominais por dia, praticar esportes 3 vezes por semana ou começar a estudar “de verdade” para algum concurso ou certificação.

Na verdade, não faz sentido tratar o ano novo como se fosse uma folha em branco na qual você terá como escrever uma história completamente nova. Todos os seus hábitos, seus conhecimentos, suas obrigações continuarão valendo assim que estourar o último dos foguetes na madrugada de primeiro de janeiro.

Se você gosta de resoluções de ano novo, que tal tentar fazer diferente desta vez? Não é necessário ser nenhum gênio do gerenciamento de projetos para aumentar as chances de a sua resolução de ano novo dar certo. Eis aqui algumas sugestões:

  • Escolha um objetivo e a meta: não é razoável imaginar que você conseguirá mudar vários pontos da sua vida de uma vez só, baseado em uma lista de resoluções de ano novo. E os objetivos de ano novo já compartilham entre si uma característica de meta: têm prazo definido por natureza. Então aproveite e defina o seu único objetivo já na forma de uma meta desafiadora, alcançável e mensurável. Alguns exemplos: perder 6kg sem voltar a recuperá-los, praticar esportes 3x por semana, estudar 6h por semana, economizar 8% do salário todos os meses para comprar um carro, ou o que quer que seja. Mas defina com clareza!
  • Crie o plano de ação: da meta precisa nascer o plano de ação, que neste caso pode tomar a forma de uma lista simples de atividades ou pendências: parar de tomar refrigerante em casa, tomar café da manhã reforçado e jantar menos, caminhar 60min 4 vezes por semana, parar de fazer refeições em lanchonetes, etc.
  • Escolha como acompanhar o progresso: você pode definir em qual mês irá realizar determinadas atividades do seu plano. Por exemplo: se o objetivo é aprender inglês básico para poder viajar no final do ano que vem, e se março chegar e você ainda não tiver se matriculado em um curso, já vai dar para saber que a coisa não está indo bem. Se a intenção é perder peso, você pode quantificar metas (realistas!) para cada mês. Mas não quantifique apenas o efeito (a perda de peso), e sim os processos (número de horas de caminhada semanais, redução de refrigerantes, etc.)
  • Comece já: Após definir seu plano, registre-o detalhadamente e comece imediatamente a segui-lo. Não esperar o ano que vem começar pode ser um grande fator de motivação. E esperar o ano que vem começar, dando a si mesmo o mês de dezembro para agir ao contrário do que você planeja para o futuro, é simplesmente uma forma de se enganar.
  • Siga o plano: Projetos pessoais e definidos informalmente não têm grandes chances de sucesso se você não se esforçar para seguir o que planejou, ou para alcançar as metas que definiu. Cabe só a você!

E tenha um feliz e efetivo 2008!

O melhor do final de ano

Primeiro, gostaria de indicar alguns posts recentes da blogosfera que vocês não podem perder!!

22 de dezembro de 2007

Segunda Chance

In a Valley by the Sea é o mais recente lançamento da Banda de Louvor Jovem Hillsong United. É um EP gravado ao vivo no acampamento de verão da Hillsong Church. O que acontece de diferente é que os protagonistas deste trabalho são os mais jovens. Este trabalho foi apelidado de "Acampamento de Verão a Experiência." Um louvor descontraído e apaixonado, com os principais ingredientes do grupo acrescidos de um louvor ainda mais juvenil. Este EP foi lançado, apenas na Austrália e com edição limitada, durante o Encounterfest 2007. (Wikipedia)

A quarta canção do EP tem me consolado muito nesses dias enquanto preciso suportar com paciência o peso da colheita dos meus pecados passados.

Gosto de música assim. Clique na canção "Second Chance" no player do blog, e acompanhe essa bela canção.


Second Chance -
(Lang & Ligertwood) - 5:25

You called my name, reached out your hand,
Você chamou meu nome , Alcancei Sua mão
Restored my life, and I was redeemed,
Restaurou minha vida, E eu fui redimido
The moment you entered my life,
No momento em que Você entrou na minha vida
Amazing grace, Christ gave that day,
Graça Maravilhosa, Cristo deu naquele dia
My life was changed,
Minha vida foi mudada
Went from my shoulders, fell the weight of my sin
Quando dos meus ombros, Caiu o peso do meu pecado

So it’s with everything I am,
Então é com tudo o que sou
I reach out for your hand,
Que eu procuro por Sua mão

The hope that changed a second chance I’ve gained,
A esperança que mudou, uma segunda chance que ganhei

On you I throw my life, casting all my fears aside,
Em você lanço minha vida, atirando minhas ansiedades de lado

How could greater love then this, ever possibly exist
Como poderia maior amor que esse, Jamais possivelmente existir


Consume my thoughts, as I rest in you,
Consuma meus pensamentos, enquanto descanso em você

I’m now in love, with a Saviour,
Agora estou apaixonado, por um Salvador
Bearing the marks of his love
Trazendo as marcas deste amor



So I wait upon you now,
Então eu espero por Você agora
With my hands released to you,
Com minhas mãos lançadas pra você

Where a little faiths enough,
Onde uma pequena fé é suficiente
To see mountains lifted move,
Para ver montanhas erguidas se moverem
Yeah and I wait upon you now,
Sim, e eu espero por Você agora
Dedicated to your will,
Dedicado a sua vontade
To this love that will remain,
A este amor que vai durar

A love that never fails

Um amor que nunca falha

20 de dezembro de 2007

Deus chegou mais perto

Quando penso na Encarnação, o ato pelo qual Deus se fez homem para nos alcançar e tornar o seu reino acessível a nós, lembro-me dos textos de Max Lucado. Este autor tem alguns excelentes livros lançados recentemente no Brasil pela Thomas Nelson. Selecionei o texto abaixo, que li há vários anos para que o estimado leitor desse blog possa apreciar a perspectiva desse autor sobre o relevante significado do que celebramos no Natal.

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"A Chegada
Max Lucado

O barulho e o movimento começaram mais cedo do que de costume na cidade. Quando a noite deu lugar à madrugada, já havia gente nas ruas. Os vendedores se colocavam nas esquinas das avenidas mais trafegadas. Os lojistas abriam as portas de suas lojas. As crianças acordavam com o latido alvoroçado dos cães vadios e das queixas dos jumentos que puxavam as carroças.

O dono da hospedaria levantara mais cedo do que a maioria dos habitantes da cidade. Afinal de contas, a hospedaria estava cheia, com todas as camas ocupadas. Todo tapete ou esteira disponível tinha sido usado. Logo todos os fregueses começariam a levantar e haveria muito trabalho a fazer.

Nossa imaginação se inflama pensando na conversa do estalajadeiro com sua família à mesa do café. Alguém mencionou a chegada do casal jovem na noite anterior? Alguém cuidou deles? Alguém comentou a gravidez da moça no jumento? Talvez. Talvez alguém falou no assunto. Mas, na melhor das hipóteses, ele foi levantado e não discutido. Não havia tanta novidade assim sobre eles. Tratava-se possivelmente de uma das várias famílias que não pudera ser recebida naquela noite.

Além disso, quem tinha tempo para falar sobre eles quando havia tanta excitação no ar? César Augusto fez um favor à economia de Belém quando decretou que houvesse um recenseamento. Quem podia lembrar-se de uma época em que se fizesse tanto comércio na cidade?

Não, é duvidoso que alguém tivesse mencionado a chegada do casal ou atentasse na condição da moça. Todos estavam ocupados demais. O dia já raiara. O pão diário precisava ser feito. As tarefas da manhã tinham de ser feitas. Havia tanto para fazer que ninguém tinha tempo para ficar imaginando que o impossível acontecera.

Deus entrara no mundo como um bebê.

Mas se alguém entrasse no curral de ovelhas na periferia de Belém naquela manhã, que cena peculiar contemplaria.

O estábulo cheira como todos fazem. O mau cheiro provocado pela urina, excremento e ovelhas paira forte no ar. O chão é duro, o feno escasso. Teias de aranha pendem do teto e um ratinho atravessa correndo o chão sujo.

Não podia haver um lugar menos adequado a um nascimento.

De um lado se encontra um grupo de pastores. Eles estão sentados silenciosamente no solo, talvez perplexos, talvez reverentes, mas sem dúvida extasiados. Sua vigília noturna fora interrompida por uma explosão de luz dos céus e uma sinfonia de anjos. Deus vai até aqueles que têm tempo para ouvi-lo — e assim, naquela noite sem nuvens, ele fora até os simples pastores.

Junto à jovem mãe se assenta o pai cansado. Se alguém está cochilando, esse é ele. Não consegue lembrar-se da última vez em que pôde sentar-se. E agora que a excitação diminuiu um pouco, agora que Maria e o bebê estão confortáveis, ele se apóia na parede do estábulo e sente seus olhos se fecharem. Ele ainda não entendeu tudo. O mistério do evento o intriga. Mas não tem no momento energia para lutar com as perguntas. O importante é que a criança está bem e Maria a salvo. A medida que o sono vem, ele lembra do nome que o anjo lhe dissera para usar... Jesus. "Nós o chamaremos Jesus."

Maria está bem desperta. Como parece jovem! Sua cabeça repousa sobre o couro macio da sela de José. A dorfoi embora como por encanto. Ela olha para o rostinho da criança. Seu filho. Seu Senhor. Sua Majestade. Neste ponto da história, o ser humano que melhor compreende quem é Deus e o que ele está fazendo é uma adolescente num estábulo mal cheiroso. Ela não pode tirar os olhos dele. De alguma forma Maria sabe que está carregando Deus nos braços. Esse é então ele. Ela lembra as palavras do anjo. "O seu reinado não terá fim."

Ele parece qualquer coisa menos um rei. Seu rosto é avermelhado, lembrando uma ameixa seca. Seu choro, embora forte e saudável, continua sendo ainda o de um bebê indefeso, lancinante e agudo. Ele depende absolutamente de Maria para seu bem-estar.

Majestade em meio ao mundanismo. Santidade misturada à imundície do excremento e suor das ovelhas. A divindade entrando no mundo no chão de um estábulo, através do útero de uma adolescente e na presença de um carpinteiro.

Ela toca a face do Deus-menino. Como foi longa a sua jornada!

Esta criança superara o universo. Os trapos que o aquecem eram os mantos da eternidade. A sala dourada de seu trono fora esquecida em favor de um curral de ovelhas imundo. E os anjos adoradores foram substituídos por pastores bondosos mas perplexos.

Enquanto isso a cidade fervilha. Os mercadores não sabem que Deus visitou o seu planeta. O estalajadeiro jamais creria que enviara Deus para o frio lá fora. E o povo zombaria de quem quer que dissesse que o Messias jaz nos braços de uma jovenzinha na periferia de sua cidade. Eles estavam todos ocupados demais para sequer considerar essa possibilidade.

Os que não assistiram à chegada de Sua Majestade naquela noite, não perderam a oportunidade por causa de atos perversos ou malícia; de modo algum, eles a perderam simplesmente porque não estavam olhando.

Pouco mudou nesses últimos dois mil anos, não é?

Símbolos Natalinos - uma perspectiva encarnacional


Desde criança o Natal para mim está associado a boas sensações. E desde que abracei a Cristo, sinto-me mais à vontade para comemorar no "clima de Natal" e mais incomodado com toda celebração que ignora o Ungido. Nos últimos tempos, há uma polarização em torno da simbologia do Natal e um confronto entre as raízes bíblicas e as raízes pagãs da festa. Uma abordagem diferente daquela de que o Thiago Mendanha nos trouxe um exemplo, encontrei nesse trecho na obra "Uma Ortodoxia Generosa", de Brian McLaren, no capítulo "Por que sou encarnacional?" e compartilho com vocês nesse dia dedicado por muitos blogs ao tema do Natal.

* * *
"O amor verdadeiro foi demonstrado em sua plenitude na encarnação de Cristo. (...)

Há muito tempo, os cristãos no Ocidente haviam aprendido a apreciar e até mesmo amar a cultura greco-romana: eles a batizaram, a integraram na herança cristã. Zeus, Apolo, Atena, Pondionísio e Mercúrio não eram demônios a serem temidos, ou ídolos a serem destruídos -- eles eram parte de nossa herança a ser redimida, com rico simbolismo e profundo significado para os cristãos de hoje.

O cristianismo, de igual modo, abraçou muito da cultura do Norte da Europa, encontrando lugar em nossas celebrações de Natal para árvore perene e para o tronco natalino dos escandinavos pagãos, por exemplo. Em seus primeiros mil anos, o cristianismo não buscou substituir as culturas greco-romanas do norte da Europa ou Celtas (de meus ancestrais) pela cultura de suas próprias raízes judaicas; ao contrário, ele buscou (em seus melhores momentos) entrar nessas culturas, redimi-las, transformá-las e preservar tudo o que tinham de valor. Os apóstolos chegaram a essa conclusão em relação à controvérsia da "carne sacrificada aos ídolos" muito cedo na história da igreja. O movimento missionário celta seguiu a orientação apostólica muito bem com relação a isso (embora a igreja romana, na maioria das vezes, não tenha seguido), com um impacto de longo alcance."

Brian McLaren, Uma Ortodoxia Generosa, Editora Palavra, p. 279

19 de dezembro de 2007

Seu Mundo


Caríssimos,

Passei rapidamente os olhos na versão digital da revista Seu Mundo -- da Editora Mundo Cristão -- e ela pareceu-me estar excelente.

Vão lá ver.

Edição 11
1º trimestre de 2008

18 de dezembro de 2007

Ética da Virtude

Pessoal, o texto abaixo é extraído do livro FILOSOFIA E COSMOVISÃO CRISTÃ, de J. P. Moreland e Willian Lane Craig (Edições Vida Nova, páginas 555-557) e acredito ser importante para entender muitos conceitos presentes na obra de Dallas Willard, para quem, aliás, o livro em questão é dedicado:


"A teoria da virtude, também chamada ética aretaica (da palavra grega arete, “virtude”), possui uma linhagem antiga e distinta, desde Aristóteles e Platão, passando por Tomás de Aquino e incluindo muitos defensores contemporâneos. Os éticos da virtude às vezes afirmam que a ética deontológica falha por abstrair do próprio agente moral, concentrando-se inteiramente em fazer as coisas certas em vez de criar uma boa pessoa e dar pouco substância para a compreensão de como desenvolver um caráter ético e uma motivação moral. Em contraste, é fundamental para a ética da virtude a questão do que é uma pessoa boa e como uma pessoa boa é desenvolvida. Além do mais, afirma-se que a ética deontológica coloca muita ênfase na autonomia moral, enquanto a teoria da virtude inclui a ênfase na comunidade e nos relacionamentos. O resto desta seção tratará da exposição e da avaliação da ética da virtude.

EXPLICAÇÃO DA ÉTICA DA VIRTUDE

A ética da virtude é teleológica por natureza. O tipo de teleologia (o foco nos objetivos e nos fins) envolvido na ética da virtude não é semelhante a do utilitarismo. O utilitarismo é teleológico no sentido de se concentrar em qual tipo de ação maximizará a utilidade. A ética da virtude se concentra no propósito da vida em geral, a saber, viver bem e alcançar excelência e experiência como ser humano. Nesse sentido, a ética da virtude é profundamente ligada ao conceito de vida como um todo e à idéia da pessoa. Dada a compreensão do propósito da vida e do desenvolvimento humano ideal, bem como do viver habilidoso que seja parte desse propósito, a ética da virtude é a tentativa de esclarecer a natureza da pessoa boa e como alguém se desenvolve à luz desse conceito tão elevado. Em outras palavras, a ética da virtude objetiva definir e desenvolver a boa pessoa e a boa vida, e as virtudes são traços de caráter que capacitam as pessoas a alcançar a eudemonia ou felicidade, não entendida como o estado de satisfação prazenteira, mas sim como o estado de bem-estar, de excelência e experiência na vida.
*

A ética da virtude clássica inclui o compromisso como essencialismo, resumidamente a idéia de que os seres humanos têm uma essência ou natureza. A essência é o conjunto de propriedades ­– para os humanos, constituintes do que é ser humano – que definem o tipo de objeto que uma entidade é, e são tais que, se a entidade em questão as perde, ela deixa de existir. Para ilustrar, Sócrates tem a humanidade como essência e a propriedade de ser branco como característica acidental. Sócrates poderia perder a cor de sua pele e continuar existindo, mas, se ele perdesse a humanidade, deixaria de existir. Além do mais, ser humano nos diz o que Sócrates é em sua natureza. De acordo com a ética da virtude clássica, a natureza humana nos fornece as bases para o ideal da forma de agir; aquele que age de maneira ideal e habilidosa na vida é quem atua de maneira adequada de acordo com a natureza humana. A natureza humana define o que é único e próprio para o desenvolvimento humano a pessoa má é a que vive de maneira contrária à natureza humana. Assim, em Romanos 1.26,27, Paulo argumenta que o homossexualismo é errado por ser “contrário à natureza”, ou seja, contraria o agir humano adequado de acordo com a essência do ser humano.
*
Uma ilustração pode ajudar a esclarecer mais essa noção. Um carburador ruim ou com defeito não funciona da maneira como deveria funcionar, ou seja, de acordo com o modo projetado para funcionar. De maneira similar, uma vida sexual disfuncional é a que não funciona da maneira como deveria funcionar, ou seja, de acordo com o modo que os seres humanos foram planejados para funcionar segundo sua natureza.
Na ética da virtude contemporânea, algumas pessoas, como Alasdair MacIntyre, rejeitaram o essencialismo e procuram explicar a idéia da virtude num contexto anti-essencialista. De maneira resumida, as virtudes são característica consideradas habilidades relevantes para a boa vida do modo como é compreendida em relação à narrativa incorporada em diferentes tradições. A tradição é a comunidade cujos membros são unidos por um núcleo de crenças compartilhadas e pela dedicação a elas. Desse modo, as virtudes não estão fundamentadas na natureza humana objetiva; em vez disso, são construções lingüísticas relativas às valorações e aos compromissos de diferentes tradições. Consideremos mais tarde se essa idéia contemporânea da ética da virtude é realmente adequada.
*
Dada o conceito do funcionamento e habilidades humanas ideais, a ética das virtudes coloca grande importância no caráter e no hábito. Caráter é a soma dos hábitos do indivíduo e hábito é a disposição de pensar, sentir, desejar e agir de certa maneira sem que seja necessário fazer isso conscientemente. A virtude é o hábito por excelência, a tendência benéfica, a disposição de habilidade que capacita uma pessoa a realizar as potencialidades fundamentais que constituem o desenvolvimento humano adequado de acordo com a natureza humana ideal. Dizendo de maneira mais simples, a virtude é a habilidade que capacita alguém para a excelência na vida.
*
A virtude ultrapassa as virtudes morais. Existem, por exemplo, virtudes racionais, como o desejo de buscar a verdade, ser racional e assim por diante. Tradicionalmente, a teoria da virtude engloba o compromisso com as quatro virtudes cardeais: prudência, justiça, coragem e temperança. O cristianismo adicionou as chamadas virtudes claramente cristãs: fé, esperança e amor.
*
Por fim, existe um grande número de deferentes pontos de vista sobre como desenvolver a virtude, mas as disciplinas espirituais têm sido, há algum tempo, fundamentais para a compreensão cristã do desenvolvimento do caráter, e elas estão emergindo novamente como aspectos importantes da santificação. Entendida dessa maneira, a disciplina espiritual, como o jejum, a solidão ou o silêncio, é uma atividade física repetitiva, feita em submissão ao Espírito Santo, objetivando desenvolver hábitos que treinem a pessoa na vida de virtude. A disciplina espiritual é muito semelhante a tocar as escalas do piano. A pessoa não pratica o tocar escalas para ser bom em tocar escalas. Em vez disso, toca as escalas para formar o hábito necessário para ser um pianista habilidoso. De maneira similar, ninguém executa uma disciplina espiritual para ficar bom nela, mas, em vez disso, para ser hábil na vida. A disciplina espiritual é o meio para a formação de hábitos relevantes para o desenvolvimento do caráter da virtude."

17 de dezembro de 2007

Pertenço a Jesus



A verdade cristã iluminará a Terra quando o discipulado cristão for reconhecido como uma condição de competência profissional em todas as áreas da vida, uma vez que somente de Jesus emana a força para vivermos e trabalharmos como devemos.
Dallas Willard





Kaká é o melhor jogador de futebol do mundo em 2007. O título foi formalizado na noite desta segunda-feira em Zurique, na Suíça, no Fifa Gala, cerimônia organizada pela entidade que rege o futebol. No futebol feminino, a vencedora foi novamente Marta, brasileira bicampeã da disputa.

Kaká decidiu doar o prêmio de 21 milhões de ienes (cerca de R$ 330 mil) ao Hospital Sagrada Família, localizado na cidade de Nazaré, em Israel. O prêmio foi concedido, em Yokohama, pela Toyota, que patrocina o Mundial de Clubes.

"Conquistei este ano muito mais do que sonhei. A Bíblia diz que a vida dá mais do que nós pedimos. Eu sonhava em conquistar a Liga dos Campeões, mas depois todos os meus sonhos foram superados. Foi tudo muito importante para minha vida profissional e privada"
Kaká

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O que já disseram sobre Kaká:

"O Kaká me lembra o Cruyff. Tem progressão, velocidade, e é único quando parte com a bola dominada do meio-campo. Quando ele está bem, o Milan é devastador."
Pelé

"Tenho uma admiração muito grande por ele. Além de ser uma pessoa sensacional, o Kaká tem muito talento e força física. Ele merece ser o melhor do mundo."
Rogério Ceni

"Kaká joga muito. Dos que atuam na Europa, é o que mais me enche os olhos. Teria vaga em qualquer seleção do mundo."
Luiz Felipe Scolari


VIVER COISAS NOVAS

VIVER COISAS NOVAS

ESTOU PENSANDO EM MUDAR
ALGUNS MÓVEIS DE LUGAR
BOTAR UNS QUADROS NOVOS NA PAREDE
COMPRAR UMA SAMAMBAIA
E PRA VARANDA ALGUMAS FLORES E UMA REDE

DAR ALGUMAS ROUPAS
RECICLAR LIVROS E CDS

ABRIR JANELAS HÁ TEMPO TRANCADAS
JOGAR ALGUMAS COISAS VELHAS FORA
DEIXAR O AR ENTRAR PARA AREJAR A CASA
VIVER COISAS NOVAS

Ouça a canção no www.misterdistler.com
O EP está disponível para download

16 de dezembro de 2007

Só Tu tens as Palavras de Vida Eterna

Para onde vou?

Aqui estou, premido pelo exígüo prazo para entregar o trabalho e, assim, concluir o curso.

O novembro que passou trouxe elementos que poderiam fazer dele o pior período da minha vida. Algum suporte não-físico (GRAÇA?!), todavia, fez com que eu pudesse para caminhar, respirar e viver como um filho nesses últimos dias.

Espaço novo, visual novo, a proximidade de um novo ano, somados à presença da minha mãe por aqui desde ontem e por mais uma semana geram em mim um sentimento de gratidão que dá o tom emocional nesse início de noite.

Preparo-me, neste momento, para ir ao encontro da comunidade dos que acreditam no Escolhido por aquele que nos escolheu.

Anseio ver, fluindo pelas fibras do meu ser, o sopro que me leva a erguer os olhos e divisar um horizonte mais luminoso e distante.

E no meio das incertezas que vêem do outro lado da janela, canto acerca do amor que me nutre de esperança, por saber que a vida me foi dada enquanto eu também era um rebelde.

Vou sorrindo: a Palavra vem aí...

14 de dezembro de 2007

Pensem nestas coisas


Dallas Willard*

Nossa cultura alardeia a total liberdade em relação ao que a pessoa vê, diz e ouve. Muitas pessoas ficam paralisadas ou são mesmo destruídas ao adotar tal "liberdade" como estilo de vida, ao permitir imagens na mente que, conseqüentemente, os subjuga. Se permitirmos que tudo acesse a mente, estamos pedindo para sermos mantidos num estado de tumulto ou escravidão mental. Pois nada chega à mente sem causar algum efeito, seja para o bem seja para o mal.


Você poderia dizer: "Eu quero ser livre para pensar qualquer coisa, imaginar qualquer coisa, ter todos os sentimentos, ver tudo. Você acha que a liberdade de pensamento sempre existiu? Isso acontece hoje!"


Bem, então você deve arcar com as conseqüências. Não é possível escolher as condições e rejeitar as conseqüências. Nem mesmo um "decreto" pode mudar isso. Se você decidir dar um passo para além do telhado, não pode então escolher não cair. A mente (e pessoa e todas as suas dimensões) possui leis tão rigorosas quanto a gravidade. "A mente possui precipícios", disse o poeta Gerard Manley Hopkins, "precipícios de queda. Menospreze-os quem nunca esteve lá".


Se os olhos de Deus são tão puros que não suportam ver o mal (Hc 1.13), é melhor e mais sábio nos afastarmos disso o máximo possível - mesmo que lhe dêem o nome de "entretenimento".


Devemos abominar o mal e nos apegar ao que é bom, e o fundamento para isso está onde escolhemos colocar a mente. O poder para escolher pensamentos é nossa liberdade mais básica, a primeira e fundamental liberdade, e devemos usá-lo bem.

Há muitas coisas que não precisamos ver, e é melhor não ver - embora, se você desejar, tenha o "direito" de vê-las. Ter o direito de "fazer X" não significa que "fazer X" seja bom para alguém; essa pessoa simplesmente não refletiu sobre a questão. Em contrapartida, conforme o sábio conselho de Paulo: "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.(Fp 4.8).


As imagens em particular motivam muito além de nossa mente consciente e não estão sob o controle racional. Precisamos cuidar para que constantemente nos nutramos de imagens boas e piedosas, sem que haja a necessidade de sermos capazes de ver e dizer o que está errado com os outros. "O que está errado" com eles pode muito bem ser algo em nós que não conseguimos tomar consciência, mas que opera nas profundezas de nossa alma e nosso corpo como um instrumento de forças superiores a nós mesmos.


*A Renovação do Coração, p. 132-133.


Num tempo em que as grandes produtoras descobrem a pornografia 2.0, estas palavras estimulam a mente a reagir contra o lixo sedutor. Inspira-me o fotolog do projeto sexxxchurch.

Veja ainda:AIDS e sexo seguro


13 de dezembro de 2007

O que são blogs

O Tiago Dória colocou e eu coloco aqui: explica em 3 minutos o que são os blogs. Faz parte de uma série de vídeos educativos produzidos pela consultoria Common Craft.

A versão legendada em português abaixo é do dotSUB, o ‘YouTube com legendas’:

11 de dezembro de 2007

Transformando os Detalhes da Vida

Estou empreendendo alguma tarefa?

Então, pela fé, faço-a com Deus, assumindo e encontrando o seu poder envolvido em mim. Essa é a natureza do seu reino.

Há uma emergência?

Eu a tratarei com a certeza de que Deus está comigo e estarei tranqüilo num centro de intensa oração.

Sou elogiado?

Meus pensamentos (e sentimentos) se voltarão imediatamente para a bondade de Deus em minha vida.

Sou condenado ou repreendido?

Saberei que Deus está me apoiando e ajudando, pois ele me ama e prepara um futuro para mim.

Sinto-me desapontado e frustrado?

Ficarei então descansado sabendo que Deus se encontra acima de tudo e realiza coisas, pois "sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8.29). E assim por diante.

Adaptado de Dallas Willard - A Renovação do Coração, Editora Mundo Cristão, p. 130.

Homossexualismo e Homossexualidade

Este é o tema de capa da edição 310 de Ultimato. Um texto sério sobre a questão da homossexualidade, escrito por uma autoridade no assunto, é o verbete “Homossexualismo e Homossexualidade”, do psiquiatra Armand M. Nicholi, autor também da obra-prima Deus em Questão -- C.S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida, publicado no Brasil pela Editora Ultimato.

Não é novidade que seguiu para votação no Senado a Lei da Homofobia, que pretende equiparar a condição homossexual à de raça e cor. E qual será a posição da Igreja? Que atitudes ela deve tomar? O que será feito da liberdade de culto? Esperamos que esta edição nos dê algumas pistas e nos leve a uma reflexão profunda, despida de preconceitos. Armand M. Nicholi afirma que Cristo, quando se opunha à doença e ao pecado, buscava doentes e pecadores com compreensão e misericórdia, e que a igreja erra quando se permite fazer menos.

Esta edição traz também o especial Ultimato -- 40 anos de coerência, que conta parte da história dessas quatro décadas de circulação ininterrupta da revista, desde a concepção até o parto, entre outras curiosidades.


Leia o livro
Deus em Questão -- C.S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida

O que Ultimato publicou sobre o assunto
Comportamento homossexual, ed. 284
O movimento gay cristão, ed. 254

FONTE: Ultimato

Entrevista com o Ministro Marco Aurélio


O ministro Marco Aurélio, há 17 anos no Supremo Tribunal Federal e, pela segunda vez, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, recebeu a revista Consultor Jurídico em seu gabinete no Supremo, em Brasília, na última quinta-feira (6/12). A entrevista foi marcada para traçar o perfil do ministro no Anuário da Justiça 2008, que será lançado em março pela ConJur. A riqueza da conversa levou a revista a publicar parte do material com antecedência.

Leia a entrevista

+ Estado é o algoz dos direitos humanos no Brasil, afirma presidente do TSE

Mortos em Igrejas seriam 4

O V. Carlos avisou primeiro e hoje eu fui conferir:

* * *
A polícia do Estado do Colorado revisou o número de vítimas dos tiroteios que atingiram instituições religiosas em um intervalo de 12 horas ontem nos Estados Unidos. A polícia ainda não sabe se há relação entre os ataques, mas a polícia disse que uma relação seria possível. Segundo o chefe da polícia Richard Myers, no último atentado, ocorrido no final da tarde deste domingo, duas pessoas morreram (incluindo o atirador) e outras quatro ficaram feridas perto de uma igreja de Colorado Springs. Registro de domingo informaram que o número de mortos chegava a cinco.

Em um primeiro tiroteio, ocorrido no dormitório do centro de formação de missionários da organização religiosa Jovens Com Uma Missão (Jocum), em Arvada, subúrbio de Denver, duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas.

Myers confirmou que um membro da equipe de segurança da igreja matou o atirador do segundo atentado, em Colorado Springs. Segundo ele, foram encontrados "objetos suspeitos" na igreja. Uma equipe da Swat (a tropa do choque dos EUA) e uma unidade de explosivos estão checando os prédios ao redor da igreja para evitar qualquer outro incidente.

O segundo tiroteio aconteceu cerca de 12 horas depois do primeiro, em um intervalo de 100 km de distância. O suspeito de atirar e matar duas pessoas no Jocum é considerado procurado.

O atirador é um homem branco, aparentando 20 anos, que estava vestido com uma jaqueta escura e um capuz.

Os dois mortos foram identificados pela Jocum como Tiffany Johnson, 26 anos, de Minnesota, e Philip Crouse, 24 anos, do Alaska. Dan Griebenow, 24 anos, foi ferido no pescoço e se encontra em estado grave. A quarta vítima foi Charlie Blanch, 22 anos, baleado nas pernas.

Não há confirmação de relação entre os ataques, mas o chefe da polícia de Arvada, Don Wick, disse que um elo seria possível. "Sim, há uma razão para acreditarmos nisto", disse Wick a jornalistas, mas não deu mais dados.

Fonte: http://emsergipe.globo.com/nesseinstante/exibir_noticia.asp?id=92043

Tremores em Minas Gerais

Minas Gerais sofre novos abalos sísmicos

Luiz Ribeiro
Do Estado de Minas

11/12/2007
08h38-Caraíbas (MG) — O chão continuou tremendo ontem, em Caraíbas, distrito de Itacarambi, no Vale do São Francisco. Houve dois abalos: o primeiro ocorreu às 6h34 e o outro, às 8h. “Senti a terra balançar. Parecia que alguma coisa empurrava para cima”, contou o lavrador Santilho Santos Bezerra. Ele foi para a sede do município com outros moradores, depois de recolher os móveis de sua casa, parcialmente destruída. Outros abalos podem ocorrer, segundo o chefe do Departamento de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB), Lucas Vieira Barros. Ele chegou a Caraíbas com mais quatro especialistas.

(...)

Segundo o chefe do Departamento de Sismologia da UnB, Lucas Vieira Barros, a existência de uma “fonte sismogênica” no lugar o torna propício ao surgimento de novos abalos. Barros disse que a magnitude do tremor registrado na madrugada de domingo surpreendeu os próprios técnicos da Observatório Sismológico, razão pela qual os estudos na região serão aprofundados. “Vamos analisar e avaliar todos os danos para descobrirmos o que realmente está acontecendo”, afirmou.

Indiferentes às explicações do especialista, alguns moradores de Caraíbas acreditam que o fenômeno é “sinal de fim dos tempos”. Esse é o pensamento do aposentado João Pereira de Souza, 69 anos, que teve que deixar a casa, parcialmente destruída e foi levado para um abrigo na Creche Najila Nemer, em Itacarambi. “Para mim, isso é um aviso de Deus. Estava escrito que no fim da era muita coisa de ruim iria acontecer: peste, guerra e fome. Estamos vendo filho matando pai e pai matando filho. Agora, esses tremores”, disse o aposentado. Ele lembrou que os abalos vêm ocorrendo na região desde maio: “Antes, era coisa mais fraca. Desta vez, veio para acabar com tudo de uma vez”.

+ Matéria completa
+
Geólogos têm opinião diferente sobre a causa de tremor em MG
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10 de dezembro de 2007

O homem mais inteligente que já viveu

"Precisamos entender que Jesus é um pensador, de que isto não é uma palavra feia mas um trabalho essencial, e que seus outros atributos não obstam o pensamento, mas apenas asseguram de que ele é na verdade o maior dos pensadores da raça humana: "a pessoa mais inteligente que já viveu na terra". Constantemente ele utiliza o poder da percepção lógica para capacitar pessoas a chegarem à verdade sobre elas mesmas e sobre Deus de dentro de seus próprios corações e mentes."

"Prestando muita atenção como Jesus fez uso do pensamento lógico pode fortalecer nossa confiança em Jesus como mestre dos centros do intelecto e criatividade e pode encorajar-nos a aceitá-lo como mestre em todas as áreas da vida intelectual na qual podemos participar"

* * *
Trechos do artigo "Jesus the Logician", de Dallas Willard, citado no capítulo 9, "Jesus, o Raciocinador", do livro "Hábitos da Mente", de James W. Sire.

O artigo é um capítulo da obra "A Grande Omissão", que vem aí pela Mundo Cristão.

Princípe Caspian vem aí (3)

"Príncipe Caspian", a segunda adaptação ao cinema da série de livros infantis de C.S. Lewis "As Crônicas de Narnia", acaba de divulgar na internet seu primeiro e empolgante trailer, repleto de efeitos e criaturas, depois de uma première no Disney Channel.

A prévia começa em Londres, mas não demora a se transferir para a terra mágica de Nárnia - agora em ruínas. É que apenas um ano se passou para os irmãos Pevensie, mas 1300 anos de história transcorreram naquela dimensão, agora dominada pelos telmarinos, que baniram os animais falantes e as criaturas mitológicas. Assim, Narnia precisa novamente da ajuda dos irmãos. Curiosamente, é um legítimo herdeiro dos telmarinos, Caspian, quem clama pelos reis em nome da antiga magia de Narnia.

O filme estréia em 16 de maio de 2008.



+ Princípe Caspian vem aí (2)
+ Princípe Caspian vem aí (1)

Fonte: Omelete / Nárnia Brasil / OVerbo.com.br/Supergospel

9 de dezembro de 2007

Adhemar de Campos - Hoje na TV


É Hoje. Vou programar a gravação. Quem quiser, poderá acompanhar online na Rede Super.

8 de dezembro de 2007

Inspiração para o Jurídico

"Nenhum método pode por si mesmo garantir que os juízes tomarão as decisões corretas em relação aos casos constitucionais que lhes são submetidos. Mesmo que os juízes apliquem adequadamente a metodologia interpretativa, não teremos certeza quanto à qualidade moral do resultado. É preciso mais que isso. Para que um método de interpretação constitucional produza decisões justas é necessário que por trás das togas dos juízes existam homens bons, constitucionalmente tomados pela aspiração de -- se não construir uma sociedade justa -- pelo menos, em termos mais realistas, lutar contra as enormes injustiças que caracterizam a sociedade atual"
David Diniz Dantas,
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"As coisas darão certo na vida e na sociedade humanas somente quando pessoas 'capazes, tementes a Deus, dignas de confiança e inimigas de ganho desonesto' (Êx 18.21) forem adequadamente distribuídas e posicionadas para garantir que se faça justiça"
Dallas Willard,
* * *
Buscando inspiração para redigir a monografia sobre "A Nova Interpretação Constitucional"

ADPHONE: VOIP - fale grátis

Leio sempre o excelente blog Gattune! do meu amigo Calebe. Recentemente ele deu uma dica sensacional. Transcrevo na íntegra:

"Quando publiquei sobre o Skype, um dos leitores do blog, “e amigo”, deixou uma dica sobre outros serviço ao estilo VOIP que entra no mercado concorrencial de telefonia por “Voz Sobre IP”.ADPHONE

Na verdade, já o conhecia através de uma post publicado no NerdGames, do Tiago Rodrigues, em que ensina a fazer ligações gratuitas através do ADPHONE.

Bom, o software e serviço ADPHONE é marca da Call IT ApS, uma empresa de desenvolvimento de aplicativos. A empresa partiu para uma nova empreitada de oferecer um software de telefonia VOIP e para isso utiliza de estratégias para conquistar o público em busca de ligações baratas e até mesmo gratuitas. Nas palavras da Call IT ApS:

A nossa paixão é de combinar duas tecnologias, e assim fornecer uma ferramenta de marketing excelente e única para os nossos parceiros – e telefonia grátis ou de baixíssimo custo para os usuários finais. Gizmos

A chamada de marketing consegue mesmo atrair uma grande quantidade de usuários; a equipe do blog já baixou o software e já faz uso dos “dois minutos gratuitos” para telefones de linha fixa em áreas de abrangência do serviço VOIP. Mas nem tudo é “infinito”, no ADPHONE você sempre terá 30 minutos de Graça por dia para linhas fixas de Países ADPHONE, e uma tarifa fixa, baixíssima, se precisar minutos adicionai, ou melhor, você pode fazer ligações gratuitas pelo ADPHONE, mas se quizer falar mais, “as tarifas estão aí”

Bom, ligar por 30 minutos por dias para fora do estado, falar com família ou amigos, mesmo que seja pouco já “está de bom tamanho, não?

As tarifas cobradas pelo serviço são realmente mais baratas que o Skype e até mesmo mas em conta do que o Gizmo que também faz chamadas gratuitas pela web para telefones fixos e celulares; quanto ao ICMS, não encontrei alguma explicação sobre a cobrança a não ser quando fala da União Européia:

Por favor observar que as tarifas são por minuto de ligação iniciado. ICMS para residentes da União Européia não incluso

Bom, ao que parece, o imposto cobrado sobre serviço de telefonia prestado está incluso na própria tabela demonstrada no site, “que está com preços muito bons”, “salvo” se a ligação é feita por residentes na União Européia, pois o mesmo, o imposto, não está incluso!

ADPHONE

Abraços!

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7 de dezembro de 2007

Subversivo


sexxxchurch .vinhetaTV from sexxxchurch on Vimeo.

Veja ainda:
Sensualidade
Aids e Sexo Seguro

Casamentos crescem e divórcios quebram recorde

A pesquisa revela ainda que, de cada 10 pedidos de separação não-consensual, sete são feitos pelas mulheres, que alegam como principal motivo para pedir a dissolução do matrimônio ‘‘conduta desonrosa ou grave violação dos deveres do casamento’’.

Matéria completa

* * *
Ontem mesmo, quando fui pedir meu macarrão para jantar, fui indagado sobre a nova vizinha casada:
-- Agora você tem um visinha e tanto, hein?!
-- Mas ela é casada -- retruquei.
-- E daí? Se uma mulher casada quiser alguma coisa, eu não fujo não... -- o interlocutor respondeu...
* * *
Será que o problema está em mim?

6 de dezembro de 2007

O melhor de 2007

Mark Carpenter *

Ir ao cinema, ler um livro, ouvir música. Atividades para as off hours, mas também a melhor maneira de encostar o dedo no pulso da sociedade. Os artistas ainda medem como ninguém a temperatura dos tempos. A seguir, minha opinião sobre o que surgiu de mais interessante no radar cultural do ano.

Cinema
O hospedeiro. A obra mais surpreendente do ano, do sul-coreano Joon-ho Bong. Começa como filminho de monstro e vai ganhando profundidade até transformar-se num eloqüente comentário sobre a natureza do isolamento e da sobrevivência. Meu candidato a Filme do Ano.
Mais estranho que a ficção. Will Ferrell representa um burocrata cuja vida está sendo ditada por uma romancista em crise. Uma surreal fábula moral sobre a relação do artista com sua obra.
Marie Antoinette. Mais uma vez a mão leve de Sofia Coppola (Encontros e desencontros) concentra-se na personagem estrangeira, em detrimento do enredo. O que ela revela e esconde nos força a reler tudo que pensávamos conhecer tão bem.
Ratatouille. Um dos melhores filmes animados da década. Contado com sensibilidade incomum para o gênero, é uma narrativa de paixão e sonho em conflito com a realidade percebida.
O ano em que meus pais saíram de férias. Lançado em 2006 mas consagrado este ano, o filme é uma pequena jóia sobre resignação e esperança em um ambiente de repressão militar.

Livros
Harry Potter & the Deathly Hallows, J. K. Rowling. Impossível ignorar este fenômeno. O último livro da série inclui citações bíblicas e assim revela o código moral que impulsiona o protagonista deste universo paralelo.
Children of Hurin, J. R. R. Tolkien. Christopher Tolkien, filho do autor da trilogia O Senhor dos Anéis, dedicou-se durante décadas para juntar trechos, notas e descrições que seu pai havia deixado na esperança de escrever nova obra. O resultado é uma volta triunfal à Terra Média.
Grace (Eventually): Thoughts on Faith, Anne Lamott. Chocante: não há outro adjetivo para descrever o olhar irreverente mas carinhoso desta cristã em crise permanente. Na busca pelo sentido da fé, ela acaba testando a fé dos próprios leitores.
Contemporâneo de Mim, Daniel Piza. Compêndio do venerado colunista do Estadão. Percebi, desconcertado, que concordo com ele em tudo menos o fundamental: crença em Deus.
O Delírio de Dawkins, Alister McGrath. O rei está nu, sugere McGrath, citando o guru dos novos ateus, Richard Dawkins. McGrath desconstrói seus postulados com a elegância lógica digna de um C. S. Lewis.

Música
Family Tree, Nick Drake. Uma antologia caseira de retalhos musicais que elucida a trajetória trágica deste grande compositor inglês que morreu em 1974 aos 26 anos.
Memory Almost Full, Paul McCartney. A inteligência criativa de Paul está em alta. Se os Beatles existissem hoje, este seria seu som.
Back to Black, Amy Winehouse. Esta cantora é uma tragédia anunciada, mas o abuso que faz das drogas não afetou sua voz, poderosa e certeira. Pergunto-me: É válido orar por uma estrela pop?
Metheny Mehldau Quartet, Pat Metheny, Brad Mehldau. Vale a pena investir em tudo que Mehldau produz. O maior pianista de nossos tempos, ainda sem o reconhecimento merecido.
Samba meu, Maria Rita. Foi um ano melancólico para a música brasileira, com muito axé e MPB requentado. Nessa gravação Maria Rita compensa a falta de convicção com a perfeição técnica. Não é muito, mas é o melhor da safra.


Mark Carpenter é diretor-presidente da Editora Mundo Cristão e mestre em letras modernas pela USP.

Coluna Arte e Cultura da Revista Ultimato de novembro/2007