28 de setembro de 2008

10 mandamentos para ser leitor


I - Nunca leia por hábito
: um livro não é uma escova de dentes. Leia por vício, leia por dependência química. A literatura é a possibilidade de viver vidas múltiplas, em algumas horas. E tem até finalidades práticas: amplia a compreensão do mundo, permite a aquisição de conhecimentos objetivos, aprimora a capacidade de expressão, reduz os batimentos cardíacos, diminui a ansiedade, aumenta a libido. Mas é essencialmente lúdica, é essencialmente inútil, como devem ser as coisas que nos dão prazer.

II - Comece a ler desde cedo, se puder. Ou pelo menos comece. E pelos clássicos, pelos consensuais. Serão cinqüenta, serão cem. Não devem faltar As mil e uma noites, Dostoiévski, Thomas Mann, Balzac, Adonias, Conrad, Jorge de Lima, Poe, García Márquez, Cervantes, Alencar, Camões, Dumas, Dante, Shakespeare, Wassermann, Melville, Flaubert, Graciliano, Borges, Tchekhov, Sófocles, Machado, Schnitzler, Carpentier, Calvino, Rosa, Eça, Perec, Roa Bastos, Onetti, Boccaccio, Jorge Amado, Benedetti, Pessoa, Kafka, Bioy Casares, Asturias, Callado,Rulfo, Nelson Rodrigues, Lorca, Homero, Lima Barreto, Cortázar, Goethe, Voltaire, Emily Brontë, Sade, Arregui, Verissimo, Bowles, Faulkner, Maupassant, Tolstói, Proust, Autran Dourado, Hugo, Zweig, Saer, Kadaré, Márai, Henry James, Castro Alves.

III - Nunca leia sem dicionário. Se estiver lendo deitado, ou num ônibus, ou na praia, ou em qualquer outra situação imprópria, anote as palavras que você não conhece, para consultar depois. Elas nunca são escritas por acaso.

IV - Perca menos tempo diante do computador, da televisão, dos jornais e crie um sistema de leitura, estabeleça metas. Se puder ler um livro por mês, dos 16 aos 75 anos, terá lido 720 livros. Se, no mês das férias, em vez de um, puder ler quatro, chegará nos 900. Com dois por mês, serão 1.440. À razão de um por semana, alcançará 3.120. Com a média ideal de três por semana, serão 9.360. Serão apenas 9.360. É importante escolher bem o que você vai ler.

V - Faça do livro um objeto pessoal, um objeto íntimo. Escreva nele; assinale as frases marcantes, as passagens que o emocionam. Também é importante criticar o autor, apontar falhas e inverossimilhanças. Anote telefones e endereços de pessoas proibidas, faça cálculos nas inúteis páginas finais. O livro é o mais interativo dos objetos. Você pode avançar e recuar, folheando, com mais comodidade e rapidez que mexendo em teclados ou cursores de tela. O livro vai com você ao banheiro e à cama. Vai com você de metrô, de ônibus, e de táxi. Vai com você para outros países. Há apenas duas regras básicas: use lápis; e não empreste.

VI - Não se deixe dominar pelo complexo de vira-lata. Leia muito, leia sempre a literatura brasileira. Ela está entre as grandes. Temos o maior escritor do século XIX, que foi Machado de Assis; e um dos cinco maiores do século XX, que foram Borges, Perec, Kafka, Bioy Casares e Guimarães Rosa. Temos um dos quatro maiores épicos ocidentais, que foram Homero, Dante, Camões e Jorge de Lima. E temos um dos três maiores dramaturgos de todos os tempos, que foram Sófocles, Shakespeare e Nelson Rodrigues.

VII - Na natureza, são as espécies muito adaptadas ao próprio hábitat que tendem mais rapidamente à extinção. Prefira a literatura brasileira, mas faça viagens regulares. Das letras européias e da América do Norte vem a maioria dos nossos grandes mestres. A literatura hispano-americana é simplesmente indispensável. Particularmente os argentinos. Mas busque também o diferente: há grandezas literárias na África e na Ásia. Impossível desconhecer Angola, Moçambique e Cabo Verde. Volte também ao passado: à Idade Média, ao mundo árabe, aos clássicos gregos e latinos. E não esqueça o Oriente; não esqueça que literatura nenhuma se compara às da Índia e às da China. E chegue, finalmente, às mitologias dos povos ágrafos, mergulhe na poesia selvagem. São eles que estão na origem disso tudo; é por causa deles que estamos aqui.

VIII - Tente evitar a repetição dos mesmos gêneros, dos mesmos temas, dos mesmos estilos, dos mesmos autores. A grande literatura está espalhada por romances, contos, crônicas, poemas e peças de teatro. Nenhum gênero é, em tese, superior a outro. Não se preocupe, aliás, com o conceito de gênero: história, filosofia, etnologia, memórias, viagens, reportagem, divulgação científica, auto-ajuda – tudo isso pode ser literatura. Um bom livro tem de ser inteligente, bem escrito e capaz de provocar alguma espécie de emoção.

IX - A vida tem outras coisas muito boas. Por isso, não tenha pena de abandonar pelo meio os livros desinteressantes. O leitor experiente desenvolve a capacidade de perceber logo, em no máximo 30 páginas, se um livro será bom ou mau. Só não diga que um livro é ruim antes de ler pelo menos algumas linhas: nada pode ser tão estúpido quanto o preconceito.

X - Forme seu próprio cânone. Se não gostar de um clássico, não se sinta menos inteligente. Não se intimide quando um especialista diz que determinado autor é um gênio, e que o livro do gênio é historicamente fundamental. O fato de uma obra ser ou não importante é problema que tange a críticos; talvez a escritores. Não leve nenhum deles a sério; não leve a literatura a sério; não leve a vida a sério. E faça o seu próprio decálogo: neste momento, você será um leitor.

Alberto Mussa, na EntreLivros.
Recorteado do

22 de setembro de 2008

Secretários de Deus

Estou lendo em doses homeopáticas o livro Maravilhosa Bíblia (São Paulo: Ed. Mundo Cristão, 2008) de Eugene Peterson, tradução de Neyd Siqueira.

Comecei pela Parte II sobre Lectio Divina, uma prática a ser resgatada e da qual Peterson trata de modo bastante proveitoso.

A Parte III – “A companhia dos tradutores”, de grande interesse para nossa área, fala das traduções da Bíblia e do papel do tradutor em sua compreensão.

Há quem imagine que a tradução dos textos bíblicos é trabalho do passado remoto, encerrado com a Bíblia King James ou a versão de João Ferreira de Almeida. Mas é preciso lembrar que ainda há muitos tradutores labutando para captar com precisão as várias nuanças da Palavra em suas línguas originais e transmiti-las a nós em linguagem viva e acessível. Alguns desses tradutores, como o próprio Eugene Peterson (Bíblia The Message), têm renome internacional; outros trabalham no quase anonimato em várias partes do mundo, inclusive em solo brasileiro.

Quer sejamos ligados à área editorial ou não, é nosso privilégio como cristãos orar por esses tradutores e apoiá-los de acordo com nossas oportunidades e possibilidades.

Afinal, nas palavras do filósofo e teólogo Franz Rosenzweig: “Cada tradução é um ato messiânico que torna a redenção mais próxima”.

Abaixo, alguns trechos da terceira parte, capítulo 8 - “Os secretários de Deus”:

A grande maioria dos homens e mulheres que ouviram e/ou leram a Palavra de Deus, como revelada nas Escrituras e proclamada, o fez com a ajuda de uma vasta companhia de tradutores. Se não fosse pelo trabalho desses tradutores, a maioria deles anônima, haveria pouca leitura e menor probabilidade de se ouvir a Palavra de Deus. A Bíblia é o livro mais traduzido do mundo. […]

A tradução das Escrituras tornou-se necessária centenas de anos antes dos dias de Jesus. O mesmo aconteceu com a igreja primitiva, quando a sua língua original, o hebraico, foi gradualmente substituída na vida diária do povo de Deus, primeiro pelo aramaico, depois pelo grego.

Tradução para o aramaico

A tradução para o aramaico desempenhou um papel decisivo nos anos que se seguiram à volta de Israel do exílio babilônico, no século IV a.C. Em 583 a.C., o líder persa Ciro, que tinha idéias liberais, livrou Israel de seus anos de exílio, permitindo que o povo voltasse à terra natal, na Palestina. O aramaico era a língua oficial do império perda […] os idiomas que incluíam o hebraico de Israel foram postos de lado pelo aramaico, a língua oficial do governo e do comércio. […]

Temos um vislumbre do início desse processo de transformação do hebraico para o aramaico na história de Esdras e Neemias. […] [que] haviam viajado das regiões orientais do império persa para Jerusalém a fim de encorajar os desmoralizados judeus, que haviam retornado do exílio na Babilônia. […]

Esdras levou consigo uma cópia da Lei de Moisés escrita em hebraico original. […]

Havia, porém, um problema. O povo, que perdera o contato com o próprio passado, também se distanciara de sua língua, o hebraico; embora a maioria deles certamente a compreendesse, não era mais a língua materna. […] As pessoas tinham sido criadas falando aramaico. […]

Aparentemente, o grande empreendimento de recuperação da identidade almejado por Esdras exigia a ajuda de intérpretes. Por sorte, os levitas, a classe sacerdotal responsável por manter contato com suas raízes mosaicas, continuaram bons conhecedores do hebraico. Assim, enquanto Esdras lia o rolo escrito em hebraico, treze levitas colocados estrategicamente no meio da congregação reunida, ficavam “interpretando-o e explicando-o, a fim de que o povo entendesse o que estava sendo lido” (Ne 8:8).

“Explicando-o” não era, provavelmente, uma tradução no sentido estrito do termo, mas uma ajuda ao povo, ao explicar e interpretar o que Esdras lia naquele texto longo, negligenciado e, agora, pouco familiar. […] foi uma iniciativa que fez mais do que simplesmente fornecer termos equivalentes às palavras lidas naquele dia. O trabalho de tradução interpretativa dos levitas envolveu a vida, o coração e a alma, e não apenas a mente do povo: a princípio, as pessoas choraram e depois se regozijaram, “pois agora compreendiam as palavras que lhes foram explicadas” (Ne 8.9-12). Esse é o resultado pretendido pela verdadeira tradução: provocar o tipo de compreensão que envolve a pessoa inteira em lágrimas e riso, coração e alma, naquilo que é escrito e é dito.

To be continued...

Leia a sinopse, um trecho do livro e comentários no site da Editora Mundo Cristão.

Fonte:
Café Arte & Ofício, Um ponto de encontro para tradutores cristãos.

A grande heresia do monoteísmo

Deus abençoe esta casa

Brian McLaren

Porque os esforços para renovar a igreja são freqüentemente mal-orientados.


Freqüentemente ouço alguém dizer: “Estamos explorando novas maneiras de vivenciar a experiência de igreja”. Ou: “Estamos em busca de renovação”. Ou mesmo: “Estamos desenvolvendo um culto pós-moderno. Está ficando bacana. Somos muito inovadores”. Todas estas colocações apontam na direção de mais um provável fracasso que meus colegas e eu, a despeito de nossas boas intenções, talvez amarguemos. Pois todos estes esforços para transformar a igreja deixam escapar um pequeno detalhe: qualquer mudança que levemos adiante (no estilo de música, no estilo de pregação, na utilização – ou não – de arte, velas, incenso etc) não alteram aquilo que mais precisa de mudança. Mas o que é isto que mais precisa mudar?

Alguém talvez se lembre das palavras de Jesus sobre como podemos perder as nossas vidas no processo de tentar salvá-las. Não poderia ser então que a igreja é como é em tantos lugares, não porque lhe falte esforço ou sinceridade, ou até espiritualidade (ou mesmo dinheiro, compromisso ou oração), mas porque, ao invés disto, nossos sinceros esforços, orações apaixonadas e recursos materiais estão todos orientados na direção errada – a direção da autopreservação, do auto-engrandecimento, e do auto-aperfeiçoamento? E se a missão de salvar a igreja demandar que deixemos um pouco de lado a própria igreja?

Lesslie Newbigin falava com freqüência da grande heresia do monoteísmo (em sua forma judaica, cristã e islâmica): o apego excessivo à cláusula A do chamado abraâmico enquanto a cláusula B do mesmo é convenientemente suprimida, esquecida ou ignorada. Em outras palavras: queremos ser abençoados (interessantes, vibrantes, saudáveis, abastados, sábios); queremos ser grandes (uma grande nação, uma grande denominação, uma grande congregação); e nesta direção oramos, aprendemos, investimos nosso dinheiro, lemos, ansiamos, nos comprometemos, nos sacrificamos e empregamos nossa energia. E, ao final, colhemos apenas vento. Enquanto isto, não estaria Deus ocupado buscando pessoas que também irão apegar-se à cláusula B? Pessoas dispostas a serem feitas bênção para que todas as pessoas na terra pudessem também ser abençoadas através delas? Buscamos ser abençoados a fim de sermos uma bênção para este mundo amado por Deus?

Você consegue enxergar a diferença entre estas duas compreensões de nossa missão: a renovação da igreja e o tornarmo-nos bênção para o mundo? Como um terrível resfriado, do qual nunca conseguimos nos livrar plenamente, o persistente inseto do “abençoe-me-Deus” cria o que alguns de meus amigos têm chamado de “a grande comoção”: algo que se aproxima da Grande Comissão, mas que na essência é muito diferente dela. Freqüentadores assíduos de congressos acumulam blocos e cadernos de notas que podem encher um navio daqueles de carregar petróleo. Autores como eu escrevem livros cujo peso combinado é maior do que o de nossas congregações após um almoço comunitário. Mas muito pouco muda. Pois nossos esforços estão inclinados a renovar ou fortalecer nossos sistemas atuais, os quais são perfeitamente desenhados (como Dallas Willard tem dito) para produzir os resultados que temos obtido até agora.

Se nós somos uma igreja autocentrada, é porque nossos sistemas – incluindo nossos sistemas teológicos – são perfeitamente desenhados para produzir uma igreja assim. Já se disse que o maior obstáculo para o estabelecimento do reino de Deus é a igreja que existe preocupada com sua própria existência. Não seria o motivo da doença que nos assola a nossa preocupação com a geração de melhores igrejas, ao invés da geração de comunidades mais dispostas a se tornarem bênção para o mundo? E não seriam nossos sistemas teológicos alicerçados sobre a cláusula A, a gordura responsável pela enfermidade de nossos corações?

Isto é o que realmente está acontecendo nos subterrâneos de toda essa conversa superficial acerca da “igreja emergente”. Muito mais do que cosméticos, o que está sendo tomado em consideração é o propósito mesmo, a razão de ser da igreja, do evangelho e do ministério pastoral que estão sendo repensados. Se isto não o perturba, surpreende, ou anima, é porque você não está entendendo o que está sendo dito.

Em todo lugar aonde vou, mesmo nos lugares mais inesperados (os quais incluem todas aquelas denominações equivocadas onde este tipo de coisa não deveria estar acontecendo), eu descubro igrejas e pastores enfrentando com seriedade estas profundas indagações. Estas igrejas e estes pastores desejam ser abençoados a fim de serem bênção para o mundo. Seus sonhos não param onde se encontram os muros da igreja, mas estendem-se para além deles. Pois são sonhos que tem a ver com o desejo de que o reino de Deus se estabeleça na terra como está estabelecido nos céus.

Estes são bons sinais. Possivelmente, sinais incipientes de outros sinais melhores ainda por vir. Que ironia: a igreja encontrará vida na medida em que a perder, na medida em que for capaz de doá-la.

Copyright © 2008 by Christianity Today International

Fonte: Cristianismo Hoje

20 de setembro de 2008

O Paradigma da Produtividade

Aconteceu no dia 05 de Julho, na Comunidade Presbiteriana da Barra da Tijuca a Primeira Jornada de Formação Espiritual no Rio de Janeiro.

O modelo das comunidades independentes e o paradigma da produtividade. 20 min.

Ao ouvir essa palestra, lembrei-me do grupo como o qual recentemente me reuni. Conversando com um amigo de lá, senti-me que, para ser confortavelmente aceito naquele grupo, seria necessário trabalhar muuuiito. Ouça!

Palestra 03 - Eduardo Pedreira


* O Modelo Histórico e o Paradigma Racional - Ed René
* O Modelo Paraeclesiástico e o Paradigma Comportamental - Ricardo Agreste


Um crente político ou um político crente?

Marcos Botelho do JV


Pode parecer que é só uma troca de ordem, mas não é, pelo menos não é o que quero dizer.

Uma coisa é alguém que tem vocação política e é, ou se tornou crente. Outra coisa é alguém que é crente ou até pastor e está se metendo a político.

Eu sei que, provavelmente, vou receber muitas pedras em forma de recados pelo que vou dizer aqui, mas prefiro votar em um bom político metido em qualquer outra religião, do que votar em um bom crente metido a político.

O fato de alguém ser crente não o legitima como um bom candidato a um cargo político. E o pior é que está em alta por aí o argumento furado de que por alguém ser pastor, missionário ou apóstolo, tem vantagem sobre os outros, pois será um ótimo futuro vereador ou prefeito. Será?

Não tem como olhar para a história e achar que um estado cristão possa ser benção para o nosso país. No papel até que seria uma boa idéia, mas estudando de Constantino até a Reforma, lembrando das cruzadas, dos Estados Unidos e suas guerras santas, da discriminação aos protestantes de um século para trás no Brasil e outros diversos exemplos, vemos que nós cristãos temos que garantir um estado laico. Não estou falando necessariamente de um político ateu ou algo parecido. Mas o homem ou mulher que for ocupar um cargo político tem que garantir o direito dos cidadãos independente da sua fé ou a do cidadão que ele esteja representando.

Por isso, quando vou ver um candidato, tento observar e priorizar dois pontos antes de atentar se ele é evangélico ou não:

Verifico primeiro se ele é um bom político e não um bom crente, pois não adianta o cara ter uma confissão de fé “boa” e ao verificar o que ele já fez, por onde passou e seu plano de mandato, e perceber que ele é um péssimo político.

Em segundo lugar, verifico se ele vai priorizar o cidadão e não a minha igreja, pois é muito fácil vermos candidatos pedindo voto, prometendo benefícios para a instituição que você faz parte. Mas temos que lembrar que quem vai pagar o salário dele não são apenas os crentes, mas também os de outros credos e que por isso ele precisa estar representando a todos.

Ai se por acaso você encontrar dois políticos iguais: com vocação no que faz, com um bom passado, e que está planejando em projetos escritos representar a todos os cidadãos e seus direitos, aí sim, escolha o que confessa a mesma fé que você. Mas não esqueça de dar um “Glória a Deus” e me avisar, pois dois políticos bons desse jeito na mesma cidade é como encontrar uma mosca branca!

18 de setembro de 2008

O futuro está no passado...

...porque o presente é, por demais, preocupante!” (Robinson Cavalcanti)

Quando os crentes davam certo 1

A primeira razão porque os crentes davam certo no Brasil, no passado, é que eles eram discriminados e perseguidos. Só entrava para as Igrejas evangélicas quem estava disposto a pagar o preço. O martírio integrava o protestantismo. Quem não agüentava o tranco, saía. Isso purificava a Igreja e lhe dava grande coesão interna. Todos eram "de mesmo", naquele contexto adverso não havia lugar para "crentes festivos".

Durante a vigência da Constituição Imperial (1824) o documento de identidade era a certidão de Batismo na Igreja Católica Romana. Quem não fosse batizado, nem existia, nem era cidadão. Os protestantes, como os demais não-católicos, não podiam ser funcionários públicos, não podiam se candidatar a cargos eletivos, seus casamentos eram nulos (todo mundo, tecnicamente, "amasiado" por amor a Cristo), porque o único documento de casamento válido era o emitido pela Igreja Romana, e quando a pessoa protestante morria tinha que ser "plantado" em algum terreno, porque todos os cemitérios eram administrados pelas Paróquias católicas romanas, e nele só podiam se enterrar quem tivesse recebido o rito de extrema-unção de um sacerdote daquela confissão.

Com a Constituição republicana de 1891 veio a separação Igreja-Estado, cessaram as discriminações legais, mas aumentaram as perseguições. As novas levas de padres e freiras missionários que foram importados pela Igreja de Romana na Primeira República (1889-1930) vinham com a missão de "combater os protestantes". Crianças e jovens eram perseguidos nas escolas, profissionais nos empregos, proibia-se o aluguel de imóveis comerciais e residenciais para os "nova-seita", também conhecidos como "bodes", Igrejas eram apedrejadas, pessoas fisicamente agredidas, amizades e vínculos familiares eram rompidos. A imprensa incitava contra essa fé "estrangeira". O hino de um Congresso Eucarístico cantava: "Quem não for bom católico, bom brasileiro não é". Bíblias eram queimadas. Paredes de templos protestantes eram levantadas de dia, para serem derrubadas de noite. "Protestante é pobre, burro e feio". Casar minha filha com um deles, nem pensar...

Na cidade de minha família materna, em Alagoas, um padre holandês, se referindo à artéria onde residiam as melhores famílias da cidade, compusera a quadrinha de gozação:

"Na Rua do Rosário, ninguém pode mais passar
São bodes e cabrinhas, todos eles a berrar..."

Com raras exceções localizadas, esse quadro não mudou muito até o início dos anos 1960, e a realização do Concílio Vaticano II.

Mais de um século de dureza! Naquele contexto, que requeria autenticidade, a permanência e o crescimento do protestantismo foram marcados por atos de heroísmo e muito martírio. Naquele contexto, os crentes davam certo...

Robinson Cavalcanti, Bispo Diocesano.

* * *

Quando os crentes davam certo 2

Quando os crentes davam certo 3

Quando os crentes davam certo 4

Quando os crentes davam certo 5

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Quando os crentes davam certo 7

Quando os crentes davam certo 8

Quando os crentes davam certo 9

Quando os crentes davam certo - final

17 de setembro de 2008

Sócrates e Jesus

"O apóstolo Paulo, no legítimo centro da idolatria mundial, encontra adoradores do verdadeiro Deus e assim se expressa: "Ora, o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio" (At 17.23). Como isso foi possível? Eles devem ter sido discípulos de Sócrates.
Sócrates era um laídário [escultor] e dever ter, literalmente, entalhado a inscrição a que Paulo se referia. Certamente, o 'DEUS DESCONHECIDO' era o Deus de Sócrates; na verdade, Sócrates foi um mártir desse Deus."

Peter Kreeft, Sócrates e Jesus - o debate, Ed. Vida

15 de setembro de 2008

9 Marcas de Uma Igreja Saudável

Mark Dever é autor de vários livros e, entre eles, Nove marcas de uma igreja saudável - disponível em português.

Franklin Ferreira visitou a igreja de Mark Dever e escreveu algumas palavras do contraste que percebeu naqueles dias. As seguintes palavras são de um trecho de seu relato:

"Uma característica marcante dos últimos quinze anos da história da igreja no Brasil é a impressionante proliferação de manuais de crescimento de igreja. (...)

Desnecessário dizer que, no processo de aplicação desses modelos (...) os membros são vistos apenas como peças de uma engrenagem, parte de uma máquina maior. Em vez de ser vistos como pessoas, com nome, história e dilemas, reunindo-se para adorar e ser cuidados, passam a ser considerados apenas indivíduos úteis para o crescimento da igreja."

O material abaixo é Extraído do livreto (versão condensada) disponível online: 9 Marks of a Healthy Church (Booklet). - Traduzido por Juliano Heyse (codinome Centurio) e disponibilizado em seu site Bom Caminho.

Se não nos alimentamos da tradição da qual Dever é representante, podemos utilizar seus elementoscomo tempero?

Ouça: da Conferência para Pastores e Líderes 12ª Edição Editora Fiel

12 de setembro de 2008

Mestre das Partículas Fundamentais

Jesus é mestre do universo criado e da história humana. É ele quem rege todos os átomos, partículas, quarks, "cordas cósmicas", etc., de que depende o universo físico.

Os seres humanos há muito tempo aspiram a controlar os fundamentos últimos da realidade comum. Fizemos um pequeno progresso, e temos a forte sensação de que essa é a direção do nosso destino. Esse é o significado teológico da empresa científica e tecnológica. Essa empresa sempre se apresentou como o instrumento para a solução dos problemas humanos, embora se torne idólatra e insana sem o seu entorno teológico.

Mas esse Jesus é mestre de tudo isso mediante a sua palavra. Satanás, ao tentá-lo, afirmou estar de posse de todos os reinos da terra. Mas ele mentia, como é da sua natureza. As mentiras são a sua única esperança. Pois o próprio Jesus é o rei dos reis da terra, é ele que com bons propósitos em mente permite que Satanás e o mal tenham alguma influência sobre a humanidade durante um curto espaço de tempo. E é ele, como o Logos, que mantém e manipula as leis fundamentais do universo físico.


Dallas Willard, A Conspiração Divina, p. 368

11 de setembro de 2008

Conspiração em Promoção


A conspiração divina
Dallas Willard
Páginas: 464
Ano: 2001
De: R$ 49,90
Por: R$ 19,90

10 de setembro de 2008

Lectio Divina

Lectio Divina e a Nova Trindade

Fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel. Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo. (Ap 10:9-10)

Não fosse a companhia dos livros, as noites insones por conta do ar rarefeito das montanhas do Colorado seriam mais torturantes. Na altitude em que estava, o oxigênio não é tão farto e o sono custa a chegar. Todavia, os dias passados em solitude, silêncio e meditação no retiro promovido pelo RENOVARE USA (organização cristã fundada e presidida pelo escritor Richard Foster), do qual tive o privilégio de participar, compensavam as noites mal dormidas.

O livro de Eugene Petterson, cujo sugestivo título é Eat this Book (coma este livro), tem sido o meu companheiro noturno. Petterson é um pastor e escritor americano que, com seus escritos, tem influenciado um número significativo de leitores. Seus livros até então, na sua maioria, foram direcionados para pastores convidando-os a pensar e repensar a vocação pastoral. Eugene tem se constituído, ao lado de outros, em um modelo de resistência às práticas pastorais comprometidas e medidas por um "sucesso", muitas vezes conseguido a qualquer preço. O curioso é que em recente entrevista ele afirmou que está desistindo de escrever somente para pastores, por isso mesmo, iniciou uma série de livros sobre Teologia Espiritual, focando o público em geral. Coma este Livro, é o segundo desta série.

Minha especial atração por este livro se deu pelo fato de nele Petterson falar de uma prática espiritual que nos últimos anos tenho procurado viver. Trata-se de uma forma de ler a Bíblia nascida em meio à tradição dos Pais do Deserto e chamada Lectio Divina (Leitura Divina), que poderia também se chamar Leitura Espiritual. A Lectio Divina é uma maneira de ler o texto bíblico na qual o silêncio e a meditação da palavra lida, mastigada, comida exige de nós uma ressonância, uma resposta pessoal, um compromisso na primeira pessoa. Na Lectio Divina a ênfase não é o estudo racional ou teológico do texto, nem tampouco uma busca superficial e rápida de inspiração para viver o cotidiano, antes é um convite a deixar a Palavra de Deus penetrar as câmaras mais profundas da nossa alma e ali fazer morada. Não se consegue tal leitura senão pela via do coração, da devocinalidade, da meditação, do silêncio, da solitude. E antes que os profetas do pragmatismo levantem suas questões de ordem prática, como para que serve tal leitura, lembremos que esta Palavra comida vai metabolizar-se em nossa vida através de atos e atitudes capazes de refletir a presença do Pai, que nos serve na sua Palavra um eterno banquete; de Jesus, o filho, a Palavra que se fez carne, pão e vinho; e do Espírito Santo, o Deus que habitando em nós é capaz de saciar nossa fome mais primitiva de amor e significado.

Entendendo que a Bíblia existe primordialmente para revelar a Trindade, Petterson fala-nos de uma leitura formativa da Bíblia, aquela na qual a presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo vai nos formando espiritualmente em sua imagem. Na verdade, nesta leitura formativa, nós é que somos lidos e formados pelo texto e não ao contrário, sendo a Lectio Divina o meio por excelência, através do qual podemos exercitá-la. Sendo assim, nossa vida é formada por um texto além e acima de nós e não por nós mesmos.

O principal obstáculo para que tal leitura formativa aconteça está no fato de que em nossos dias há uma tendência na qual o nosso ego com suas múltiplas necessidades se torna o "texto autoritativo" a partir do qual a nossa vida é formada. É este enlevamento do Eu ao patamar divino que Petterson chama de uma Nova Trindade. Assim o Pai, o Filho e o Espírito Santo é substituído por uma trindade individual e pessoal composta pelas minha santas vontades, santas necessidades e santos sentimentos:

  • Nesta nova trindade, somos ensinados a orar dizendo seja feita a minha vontade. Somos treinados a pensar em grandes coisas, posto que somos grandes, importantes e significativos. Somos maiores do que nossa própria vida e por isso temos necessidades de mais e mais bens e serviços, mais coisas, mais poder. Consumir e obter tornam-se os novos frutos do Espírito.

  • Nesta nova trindade minhas necessidades são inegociáveis. Minha necessidade de plenitude, de expressão, de afirmação, de satisfação sexual, de respeito, de trilhar meu próprio caminho, vão fortificando a essência do meu ego.

  • Nesta nova trindade, nossos sentimentos ditam quem somos. Terminamos sendo aquilo que sentimos. Qualquer coisa ou pessoa capaz de promover êxtase, excitação, alegria, estímulo, fortalece a soberania do nosso eu, ainda mais quando tudo isso se reveste de espiritualidade e Deus se torna nosso cúmplice mais direto. Obviamente, isto envolve uma variedade e quantidade de coisas e pessoas, desde terapeutas a agentes de viagem; desde de computadores às mais variadas bugigangas tecnológicas; recreação, entretenimento, enfim, um pacote de coisas que no final das contas trazemos para nossa vida a fim de exorcizar os demônios do descontentamento, do vazio e da falta de sentido.

Não tenhamos dúvida que esta soberania do ego expressa nas três "pessoas" (nossas vontades, necessidades e sentimentos) desta nova "santíssima" trindade, faz de nós mesmos e não da Bíblia reveladora da Trindade, o "texto autoritativo" pelo qual vivemos! Engana-se, porém, quem pensa que neste contexto a Bíblia deixa de ser lida, ela é lida sim, mas sua mensagem é tragada pela nossa santa vontade, necessidade e sentimento, transformando-se em um subproduto de quem somos. Ao invés de sermos formados pela Trindade da Bíblia, a Bíblia é formada pela trindade do nosso Ego.

A Lectio Divina pode ser, então, resgatada das areias quentes do deserto e atualizada no nosso cotidiano, como um dos mais vivos e poderosos meios pelos quais a Trindade pode ir formando- nos espiritualmente. Para tanto, não basta ler, é preciso como Jeremias (Jer 15:16), Ezequiel (Ez 2;8; 3;3) e o apóstolo João, comer este livro (Ap 10:9-10), e então, veremos fluir a verdadeira Trindade com sua maravilhosa força ir nos formando todos os dias à sua imagem e semelhança.

9 de setembro de 2008

Canções



Consciente

VOTAR NULO CAUSA ANULAÇÃO DE ELEIÇÃO?

Não. O Tribunal Superior Eleitoral decidiu que os votos nulos por manifestação apolítica dos eleitores (protesto) não acarretam a anulação de eleição.

TEM COMO ALGUÉM DESCOBRIR EM QUE CANDIDATO EU VOTEI?

Não! Ninguém tem como saber em que candidato você votou, a não ser que você espontaneamente revele o seu voto. Nem mesmo os juízes, mesários ou técnicos da Justiça Eleitoral têm como saber em que candidato o eleitor votou.

Essas e outras estão nos informativos do Projeto Eleitor Consciente, do Tribunal Superior Eleitoral.

7 de setembro de 2008

Frank Viola e N. T. Wright

Quem lê Frank Viola fica imaginando o que ele diria de um autor que seja Bispo Anglicano de Durham, na Inglaterra, professor das universidades de Cambridge e Oxford por vinte anos e professor visitante de universidades como Harvard Divinity School, nos Estados Unidos, Universidade Hebraica de Jerusalém e Universidade Gregoriana em Roma, entre outras.

Lendo o blog de Viola, é possível surpreender-se com a descoberta. O texto abaixo é traduzido por um software e levemente revisado por mim. Minhas escusas.

Surpreendido pela Esperança, por N.T. Wright

N.T. Wright escreveu um livro notável que creio ter o potencial de mudar o curso da história da Igreja - Surpreendido pela Esperança é o nome.

Na primeira seção, Wright expõe a influência do pensamento pagão sobre o conceito bíblico da vida pós-morte. (Desta forma, ele é muito semelhante ao Cristianismo Pagão, ele apenas expõe a influência do Paganismo a um conjunto específico de crenças e não em um conjunto específico de práticas religiosas.) Wright doesn’t pull any punches here. O que não é bíblico ele chama não-bíblico sem pestanejar.

O livro apresenta em seguida a visão bíblica da vida pós-morte e as suas implicações práticas espirituais e sobre a vida cristã. Wright contrasta o ensinamento bíblico sobre a ressurreição e a nova criação com o mito da secular progressismo, por um lado, e do mito da escapismo religioso (o que eu chamaria de "febre do arrebatamento") sobre os outros.

Wright exterioriza [seu pensamento] e diz que a maior parte dos cristãos estão errados no seu ponto de vista do vida pós-morte. Desde a quarta capa Wright "toma sobre o controverso tema da vida após a morte e revela como a maior parte dos cristãos revela o concebem erronemanente - e porquê."

Tive o privilégio de passar horas com Wright no ano passado, quando ambos falamos em uma conferência (junto com Brennan Manning, outro servo escolhido do Senhor que Deus tem usado poderosamente).

Poucos são os homens que eu mais respeito no Senhor do que Tom Wright. Para mim, ele é uma das principais figuras que Deus está usando nesta hora. E eu o aplaudo por este excelente livro.

Tal como todos os escritores e oradores que estão transformando o terrenos em idéias e práticas tradicionais, Wright tem a sua quota de críticos… alguns dos quais são bastante beligerantes em suas críticas. Mas isso faz parte do preço a ser pago por desafiar uma tradição enraizada no cristianismo nos dias de hoje.

Eu tiro meu chapéu para N.T. Wright com entusisamo. Possa sua tribo aumentar!

Nota aos leitores: Wright é um estudioso. Assim, a maioria dos leitores encontrarão um nível de leitura e de estilo de escrita difíceis (algumas frases, por exemplo, têm mais de 60 palavras e há um pouco de boa linguagem académica.) Assim, se você costuma ler Francine Rivers, Max Lucado, Beth Moore, etc você pode ter problemas ao ler este livro.

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O trabalho de N.T. Wright sobre o Apóstolo Paulo, tem revolucionado os estudos sobre o tema. Sobre o tema igreja emergente e missional, também é um dos precrussores.

Como mostra um artigo da revista Cristianismo Hoje, para Wright o quadro tradicional de pessoas que vão para o céu ou para o inferno como uma jornada pós-morte, com um estágio de duração, representa uma séria distorção e diminuição da esperança cristã.

Publicado no Brasil, há o livro
Simplesmente Cristão Por que o cristianismo faz sentido, da Editora Ultimato.

Para saber mais sobre N.T. Wright e Simplesmente Cristão, leia Por que o cristianismo faz sentido, do teólogo Timóteo Carriker.

6 de setembro de 2008

4 de setembro de 2008

Setembro Eclético

É Setembro.









Faltam 3
1 dias para o primeiro turno das eleições municipais.
Em outubro também tem prova do próximo concurso.

Da Hora:




















E aqui algumas pensamentos enquanto saio correndo da frente do computador:

Tribuna do Norte: O que faz alguém passar em um concurso público?

Willian Douglas: Uma série de qualidades. E essas qualidades principais são: motivação, ele precisa saber porque está ali, organização, trabalho, paciência, capacidade de aprender com os próprios erros. Agora se você me perguntar o que faz alguém vencer na iniciativa privada ou correr uma maratona, ou construir um casamento, eu vou lhe dar as mesmas respostas.

3 de setembro de 2008

Frank Viola no Brasil

Um levantamento estatístico que fizemos recentemente em nossa página da internet constatamos um fato que chamou a atenção. Dentre todos os livros que publicamos, os livros mais baixados são os do irmão Frank Viola. Nos primeiros seis meses deste ano dentre os mais de 16.000 “downloads” efetuados, cerca de 3.200 são destes livros, ou seja, cerca de 20% do total. 

Em vista disso, sentimos a direção de convidar o irmão Frank Viola para vir ao Brasil e falar com aqueles que estiverem interessados em ouvir o que o Senhor está falando á igreja através dele. 

Precisamos saber se você é um desses irmãos interessados em participar de uma possível conferência com o irmão Frank Viola. Ainda não temos nem a confirmação da vinda dele, nem a data e o local para a conferência, mas em uma consulta prévia que fizemos a ele, mostrou-se disposto a vir.  

Por favor, escreva para o e-mail confrank@editorarestauracao.com.br confirmando seu interesse em participar da possível conferência com o irmão Frank Viola, que provavelmente será ainda este ano em Curitiba. No e-mail informe apenas seu nome e endereço para um contacto posterior. 
  
Editor 
Curitiba 26-08-2008 
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A Consulta acima está na página 0 do novo livro de Frank Viola disponibilizado gratuitamente pela Editora Restauração.

Confira o blog "Tomei a pílula vermelha", do Thiago Mendanha, o maior divulgador que conheço de um dos livros de Viola.

2 de setembro de 2008

Ativos

" Uma das grandes tentações que enfrentamos como evangélicos -- e para este fim, incluo aqui a ala da Igreja que às vezes chamamos de renovada ou carismática -- é a idéia de que a personalidade e o coração serão transformados como que por um raio do Espírito. Você pode chamar isso de avivamento ou qualquer outro nome. Haverá um grande estrondo e, de repente, você se verá transformado em todos os aspectos de seu ser. Não será necessário passar por um processo -- o seu objetivo será alcançado de forma passiva e imediata.

Considere agora o seguinte: quando o povo de Israel entrou na Terra Prometida, a primeira cidade com a qual deparou foi Jericó e, como sabemos, os muros de Jericó ruíram. Agora, diga-me uma coisa, quantos muros ruíram na conquista das outras cidades da Terra Prometida? O que os israelitas tiveram de fazer com o restante dessas cidades? Tiveram de conquistá-las, não é? 

(...)
Precisamos entender que a formação espiritual é um processo que envolve a transformação da pessoa como um todo, e que, nesse processo, a pessoa deve ser ativa em Cristo."

Dallas Willard, A Grande Omissão, p. 60

1 de setembro de 2008

Passos para tornar-se um pastor "bem sucedido"

... na Igreja Metodista brasileira do século XXI:

  1. :Seja esperto.
  2. : Apareça.
  3. : Seja dissimulado.
  4. : Seja um louco-irresponsável-puxa-saco.
  5. : Seja um gerente
  6. : Seja um líder ditador.
  7. : Seja um animador de altar.
  8. : Celebre os sacramentos a seu bel prazer
  9. : Seja sectário.
  10. : Guarde os pecados alheios como “trunfos na manga”
  11. : Busque os seus direitos.
Para ler o texto completo do Rev. Maurício C. R. Guimarães, com a explanação de cada passo e a proposta de um outro caminho, visite o blog de Luís Wesley.