27 de fevereiro de 2011

Debate Quente sobre o Inferno





Rob Bell parece contradizer um estudioso do Novo Testamento que ele diz admirar : N. T. Wright



"Quando os seres humanos oferecem sua lealdade e adoração sincera a algo diverso de Deus, eles progressivamente cessam de refletir a imagem divina. De acordo com uma das principais leis da vida humana, nós nos tornamos naquilo que adoramos; mais ainda, refletimos o que adoramos, não só o objeto em si, mas também o que está à sua volta. Os que adoram o dinheiro cada vez mais se definem em termos do dinheiro e cada vez mais tratam os outros como credores, devedores, sócios ou clientes, e não como seres humanos. Os que adoram o sexo se definem em termos do sexo (suas preferências, suas práticas, suas histórias passadas) e cada vez mais tratam os outros como autênticos objetos sexuais. Os que adoram o poder se definem em termos do poder e tratam os outros ora como colaboradores, ora como concorrentes ou reféns. Essas e muitas outras formas de idolatria se combinam de diferentes maneiras, todas elas prejudiciais à nossa condição de criaturas feitas à imagem de Deus e tocadas por ele. Minha sugestão é que é possível aos seres humanos não só seguirem por esse caminho, como também recusarem todos os rumores de boas-novas, todos os vislumbres da verdadeira luz, todas as sugestões para tomarem outro rumo, todos os indicadores do amor de Deus. Com isso, eles se tornarão, por escolha própria, seres que deixaram de ser humanos, que, portanto, não carregam mais em si a imagem divina. Com a morte desse corpo no qual eles habitam o bom mundo de Deus, no qual a trêmula chama da bondade ainda não se extinguiu por completo, eles ultrapassaram não somente a esperança, mas também a piedade. Não há campo de concentração na bela paisagem campestre, nem câmara de tortura no palácio dos prazeres. Aquelas criaturas qua ainda existem em estado "desumano" não mais refletem seu criador nem conseguem despertar, em sim mesmas ou nos outros, a compaixão natural que alguns sentem até mesmo pelo pior criminoso.


N. T. Wright, Surpreendido pela Esperança, Ultimato, p. 198.


O teólogo veterano J. I. Packer fala sobre o inferno:


William Lane Craig discorre sobre a questão “poderia um Deus amoroso mandar pessoas para o inferno?”

Mais recursos do blog Ipródigo: http://iprodigo.com/tag/inferno 

Teologia Quente - Dan Kimball

23 de fevereiro de 2011

Nova Zelândia e os Missionários Britânicos

   "O lugar óbvio para começar o trabalho missionário na África era Freetown. Em 1814, a Sociedade Missionária da Igreja [Anglicana] já havia começado a trabalhar lá; logo em seguida vieram os metodistas. As duas organizações começaram a converter iorubas "recapturados" (escravos libertados trazidos para Freetown por intervenção da marinha). Mas, desde o início, a intenção era mandar missionários não só para a África. Missionários anglicanos foram para a mais remota das colônias britânicas, a Nova Zelândia, já em 1809. No Natal de 1814, Samuel Marsden pregou sobre o texto "Vede, eu vos trago novas de grande alegria" para uma congregação de maoris que não entendia nada. A sua sobrevivência parece ter atraído outros. Os metodistas estabeleceram uma missão lá em 1823, os católico romanos em 1838. Em 1839, os anglicanos já tinham onze postos missionários na Nova Zelândia, contra seis dos metodistas. O mais bem-sucedido dos primeiros missionários da Nova Zelândia talvez tenha sido o anglicano Henry Miller, um destemido ex-marinheiro que trabalhou lá de 1823 até a sua morte, em 1867, construindo a primeira igreja (em Paihia) e traduzindo a Bíblia para o maori. Wlliams conseguiu conquistas o respeito dos maoris, principalmente intervindo para lembrar-lhes o Evangelho no meio de uma batalha acirrada. No entanto, nem todos os missionários conseguiam se safar desse tipo de desafio aos hábitos tradicionais. O reverendo Carl S. Volkmer foi para a Nova Zelândia nos anos 1850, mas caiu em desgraça com os maoris opotiki por tentar convencê-los a desistir de derramar sangue quando irrompeu uma guerra contra um clã rival, em 1865. Um dos chefes opotiki enforcou-o, atirou nele, decapitou-o em sua própria igreja, bebeu o seu sangue e engoliu seus dois olhos.

   Converter os pagãos era uma empreitada perigosa. Para ter êxito, o movimento missionário precisava de um exército de homens jovens -- aventureiros, idealistas e altruístas, dispostos a ir para os confins da terra para semear a Palavra. Não podia ser maior a diferença de motivação entre os missionários e as gerações anteriores de construtores do Império, ferrabrases, comerciantes de escravos e colonizadores.

Neil Ferguson, Império, São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010, pp. 140-141

Esse post  é dedicado à Christchurch, cidade da Nova Zelândia.

Um terremoto de 6,3 graus na escala Richter deixou, até o momento, 65 pessoas mortas e 200 feridas na Nova Zelândia. A cidade atingida se chama Christchurch e está localizada no sul do país. Christchurch é a segunda maior cidade neozelandesa e tem uma população de 400 mil pessoas. (fonte)

O Exército de Salvação da Nova Zelândia pede aos cristãos a doar e orar para o povo de Christchurch. "Há necessidades de materiais para aqueles que perderam bens e casas. Estamos apelando para doações em dinheiro". (fonte)

18 de fevereiro de 2011

Evangelhos Falsificados

Abaixo segue uma lista de "evangelhos" falsificados, em contraste com o evangelho bíblico, apontados por Trevin Wax, autor de Counterfeit Gospels. Qual deles você acha mais proeminente?


Evangelho Terapêutico: O pecado rouba a nossa sensação de plenitude. A morte de Cristo prova o nosso valor como seres humanos e nos dá poder para alcançar nosso potencial.  A Igreja nos ajuda a encontrar a felicidade.
Evangelho Formalista: Pecado é não conseguir manter as regras da igreja e regulamentos. A morte de Cristo me dá uma agenda, para que eu possa começar a seguir as formas prescritas do cristianismo.
Evangelho MoralistaNosso grande problema são pecados (plural) e não o pecado (a natureza). O propósito da morte de Cristo é para nos dar uma segunda chance e fazer de nós pessoas melhores. A redenção vem através do exercício de força de vontade com a ajuda de Deus.
Evangelho sem Julgamento: O perdão de Deus não precisa vir através do sacrifício de Seu Filho. O julgamento é mais sobre a bondade de Deus, não a necessidade de a rebelião humana ser punida. Evangelismo não é urgente.
Evangelho do Clube Social: A salvação é encontrar companheirismo e amizade na igreja. O evangelho é reduzido a relações cristãs que nos ajudam a apreciar a vida.
Evangelho Ativista: O reino avança através de nossos esforços para construir uma sociedade justa. O poder do evangelho é demonstrado através da transformação cultural, e a igreja está unida em torno de causas políticas e projetos sociais.
Evangelho sem Igreja: O foco da salvação está essencialmente sobre o indivíduo, de uma maneira que faz com que a comunidade de fé seja periférica para propósitos de Deus. A igreja é vista como uma opção para a espiritualidade pessoal, ou mesmo um obstáculo para Cristo.
Evangelho Místico: A salvação vem por meio de uma experiência emocional com Deus. A igreja está lá para me ajudar a me sentir perto de Deus, ajudando-me ao longo da minha busca da união mística.
Evangelho Quietista: A salvação é sobre as coisas espirituais, e não questões seculares. O cristianismo é apenas uma mudança de vida individual e não está preocupado com a sociedade e a política.

E então? O que achou da lista? Ao redor de qual (ou quais) você tende a orbitar?


Nesse texto postado no blog Iprodigo, o pastor Tullian Tchividjian, baseado no livro How People Change [Como as Pessoas Mudam] escrito por Timothy S. Lane e Paul David Tripp,  nos mostra outros sete evangelhos idólatras que podemos abraçar sem perceber.

6 de fevereiro de 2011

O Problema do Bem


O outro lado da moeda do “problema do mal” é, afinal de contas, o “problema do bem”: se não existe Deus, nenhum criador bom e sábio, por que existe um impulso para a justiça e misericórdia tão profundo dentro de nós? Por que existe beleza, amor, risos, amizade e alegria?