30 de outubro de 2007

Exodus


No último dia 26 de junho, no tranqüilo campus da Universidade Concórdia, em Irvine, Califórnia, cerca de 800 pessoas se juntaram para a conferência anual do Exodus. A maioria era de jovens, sendo dois terços do sexo masculino. A “Revolução”, como é chamada a conferência, parecia ser um encontro cristão como outro qualquer: celebrações ao som de música gospel, testemunhos, orações e muitos seminários. O conteúdo do que foi dito, no entanto, expressa bem a nova tendência evangélica na abordagem da questão homossexual. Nada de arroubos de fé – Alan Chambers, o conferencista que abriu o congresso, fez questão de enfatizar que não existem fórmulas como “dez passos” para se vencer a homossexualidade. “Prestem atenção com muita clareza ao que vou dizer: vocês não serão curados nesta semana”, declarou o dirigente do Exodus. “Não podemos escolher o que sentimos, mas podemos escolher como viveremos. Eu escolho todos os dias negar o que brota naturalmente dentro de mim, e tenho que depender do Senhor Jesus Cristo neste processo.”



De uma centena de maneiras diferentes, os conferencistas e líderes de seminários declararam que a mudança só vem através de uma vida inteira de obediência a Cristo. Aplausos saudaram Sy Rogers, que falou no segundo dia. Rogers é extremamente divertido; no entanto, sua forma de comunicação intensa e contínua transmite uma mensagem muito séria sobre o discipulado cristão. “Deus não disse: ‘Deixe de ser gay’. Ele disse: ‘Siga-me’”. Isso resume muito do modo de agir dos ministérios cristãos voltados para homossexuais hoje em dia. Nada de propaganda enganosa, confiança limitada a técnicas tipo “faça isso e deixe de pensar naquilo”. Não há o massacre espiritual aos gays que marcou durante tanto tempo esse tipo de trabalho, nem triunfalismo. Apenas discipulado levado a sério. Talvez esse seja o único grupo nos Estados Unidos que está totalmente consciente de que, quando se decide seguir a Jesus, nem sempre se acaba fazendo o que se quer.



Nos dias de hoje, o movimento de ex-gays flui contra a maré cultural. A opinião pública adversa, o apoio ambivalente das igrejas conservadoras e a asseveração comum de que essas pessoas estão condenados a uma vida de frustrações poderiam significar a falência dos ministérios específicos. Contudo, o número de afiliados ao Exodus dobrou nos últimos dezoito anos. Muitos de seus líderes estiveram no centro da atenção pública por 20 ou 30 anos e ainda apresentam todos os sinais de estabilidade. Eles vivem por idéias radicais acerca da sexualidade, inclusive a de que o ser humano não é definido por seus desejos, sejam eles heterossexuais ou homossexuais – e que todo tipo de atração precisa ser submetida a Cristo, pois somente ele tem a capacidade de redimir o indivíduo. Para aqueles que sentem forte atração pelo mesmo sexo, a tarefa é bem mais difícil, claro. No entanto, continua sendo a mesma luta básica que todo cristão precisa enfrentar – vencer o pecado.
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