Cristianismo Criativo? da W4 Editora está mais para um tese que para um simples livro. É um daqueles que se compra pela capa, as folhas são de papel reciclado, e todo o acabamento é muito bem feito.
Steve Turner, o autor, escreve para a famosa revista Rolling Stone e ao mesmo tempo para a Christianity Today, além de colaborar com alguns outros jornais .
É possível como cristão criar algo que seja relevante para aqueles que não são cristãos? A nossa música com sua essência (letra) totalmente carregada de um conceito religioso, pode receber a atenção daqueles que nem mesmo acreditam na religião?
Turner não nega a cultura chamada cristã, mas ele acredita que ela não é suficiente nem para os própios cristãos, menos ainda para aqueles que não são convertidos.
Algo interessante que Steve fala, é sobre atitudes intrusivas de pregadores que simplesmente lançam sua mensagem, ali no meio de pessoas que não querem ouvir aquilo que se está dizendo (pelo menos da forma como diz), e depois de lançar a sua suposta eficaz mensagem simplesmente oram para que tenha efeito!
O livro tem uma visão de que o nem todo o Cristão foi chamado para fazer arte com fins evangelísticos, fora isso, todo o Cristão foi chamado para ser cristão seja no meio dos estúdios de Walt Disney, no cast da Sony, ou em um artigo da Rolling Stone.
No final do livro, a melhor parte, existe um testemunho de pessoas que conseguiram ser cristãos, em uma cultura secular, sem negar a sua fé, e ainda sim produzir algo que fosse relevante para a nossa sociedade. Pessoas que conseguiram inserir o seu cristianismo, mas isso era interessante para o judeu, o budista, e até mesmo o ateu. Aos não-cristãos pareceu apenas bons valores, mas intimamente, os artistas estavam com a cruz no centro de tudo, mesmo não jogando isso na cara de todo mundo.
Para terminiar Steve Turner, fala de sua experiência pessoal e acima de tudo o conflito, em tentar aplicar isso a uma voz que fala de forma secular, mas que provém de um coração convertido. Acima de tudo vi no autor, uma pessoa que ama o Criador, a Criatura e a criação dela, que com certeza não está totalmente corrompida, e se estiver, Turner está disposto a denunciar isso, mesmo que não em cima de púlpito.
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Fonte: Blog Café com Livro
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