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Hoje assisti ao excelente Invictus, novo filme de Clint Eastwood, um mergulho na história recente da África do Sul e aborda valores como a redenção, a superação e o perdão.
Baseado no livro "O triunfo de Mandela", de John Carlin (no Brasil há o título "Conquistando o Inimigo"), Invictus conta a história real da seleção Sul Africana de rugby, os Springboks, que, como verdadeiros azarões, conquistaram em 1995 o título mundial disputado em casa. O feito é só o pano de fundo para mostrar os primeiros anos de Mandela na presidência de um país ainda dividido pela cor da pele e disputas políticas criadas pelo apartheid.
"Mandela soube ultrapassar os medos de parte a parte, convencer brancos e negros a reconciliar-se e liderar, em conjunto com personalidades como Desmond Tutu, um processo de reconciliação com um balanço adequado com a justiça."
O ex-presidente Nelson Mandela (metodista) e o Arcebispo Desmond Tutu (anglicano) são dois vencedores do Nobel da Paz que residiram na mesma rua: a rua Vilakazi, em Soweto, Joanesburgo. É nessa capital onde se realizarão os primeiros jogos do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul 2010.
O texto abaixo aborda o assunto do perdão na África do Sul pós apartheid, mostrando o papel desempenhado pelo bispo Desmond Tutu:
O mundo sabe -- embora às vezes finja desconhecer -- o que Desmond Tutu tem feito na África do Sul por meio da Comissão da Verdade e da Reconciliação. Não hesito em declarar que o simples fato de essa Comissão existir e, além disso, fazer o que tem feito, é o mais extraordinário sinal do poder do evangelho cristão que já presenciei em todo o mundo. Basta pensar um pouco em como era inimaginável que isso acontecesse há 25 anos, ou ainda é inimaginável que algo do tipo aconteça em Beirute, em Belfast ou em Jerusalém, para ver que algo verdadeiramente notável tem acontecido e devemos dar graças a Deus, em temor e tremor. Apesar de a maioria dos jornalistas ocidentais não terem dado muita atenção a isso, o fato de as forças de segurança de brancos e as guerrilhas de negros confessarem em público seus crimes violentos e horripilantes é, por si só, um fenômeno impressionante. Como consequência das confissões, as famílias de torturados e mortos puderam, pela primeira vez, iniciar o processo de luto e, com isso, pelo menos contemplar a possibilidade de um dia conseguirem perdoar e prosseguir com a vida em vez de ficarem prostradas sob o peso contínuo da ira e do ódio. O projeto inteiro aponta para uma forma de humanidade diferente das versões subcristãs oferecidas na maior parte do mundo ocidental. Ele funciona como uma indicação para a resposta ao problema do mal, ou pelo menos como uma "resposta" disponível a nós na era presente.
+ Até onde se pode perdoar - Filme de Clint Eastwood cai como uma luva no debate atual no Brasil sobre torturas e assassinatos durante o regime militar.
+ Entenda a polêmica sobre a Comissão Nacional da Verdade, para investigar abusos cometidos durante o regime militar brasileiro.
Assisti um filme mt bom sobre esse assunto, chama Um Grito de Liberdade
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