30 de junho de 2008

Registro de Candidaturas




Segundo o Tiago Dória, O iSpring transforma apresentações do Power Point em vídeos em flash.
Eu testei com a apresentação sobre registro de candidaturas que TRE-SE disponibilizou. Gostei!

29 de junho de 2008

24 de junho de 2008

Atitude nas eleições


Quem deve dizer ao eleitor em quem votar?

Ninguém. Somente a consciência livre pode indicar em quem votar. Não se influencie nem se sinta pressionado, seja por líder religioso, político ou comunitário, patrões, parentes, grupo ou instituição. Cada um tem o direito de decidir como exercer sua cidadania. As sugestões e promoções de candidatos podem ser muitas e insistentes, mas a decisão final é do eleitor.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) elaborou, com apoio do Tribunal Superior Eleitoral, a Cartilha do Eleitor. Ela faz parte da Campanha "Eleições Limpas - Voto Livre e Consciente" e estimula a participação ética e fiscalizadora nas eleições municipais de 2008.

Também com o objetivo de estreitar os laços entre a Justiça Eleitoral e a sociedade foi lançado o Manual do Juiz.

Confira:

Cartilha do Eleitor - Campanha Eleições Limpas

http://www.amb.com.br/eleicoeslimpas/

22 de junho de 2008

Resultado da Promoção - 1 ano dliver blog

Oi, aqui é o Marco Maps, em um final de semana com Daniel.

É uma honra poder conhecer o "QG" do dLIVEr, sua cidade, participar dessa comemoração de 1 ano de postagens no dliver blog e divulgar os felizardos que receberão os exemplares de um livro tão comentado aqui. Confiram agora os ganhadores na promoção de 1 ano do blog.

Os dois exemplares de A Renovação do Coração, de Dallas Willard, vão para...

(rufem os tambores...)

1º livro: Para quem acertou o autor de ao menos uma das frases:

a - "A vida inteira de um homem é uma contradição contínua daquilo que ele sabe ser seu dever. Em todas as áreas da vida, ele age em oposição às ordens de sua consciência e de seu bom senso".
Tolstoi, citado em A Grande Omissão, p. 22

b - "Toda a infelicidade dos homens vem de uma só coisa, que é não saberem ficar quietos, dentro de um quarto"
Blaise Pascal, citado em A Grande Omissão, p. 191

c - "O cristianismo não foi testado e reprovado; na verdade, foi considerado difícil e abandonado, sem ao menos ser experimentado"
G. K. Chesterton, citado em O Espírito das Disciplinas, p. 15

d - "Custa tanto a um homem ir para o inferno quanto ir para o céu. Estreito, excessivamente estreito, é o caminho para a perdição!"
Sören Kierkegaard, citado em O Espírito das Disciplinas, p. 15

Tucco Egg, que acertou o autor da frase C

2º livro: Para o blogueiro que divulgou a promoção:

Thiago Mendanha, pelo link: http://thiagomendanha.blogspot.com/2008/06/1-ano-do-dliverblog-promoo.html

Agradecemos aos participantes, desejamos uma ótima leitura aos ganhadores, e, com as palavras do Thiago, "Continuemos firmes e resolutos no Caminho!!!" Valeu!

20 de junho de 2008

Caso Bizarro

Polícia de Jundiaí (SP) investiga casa que jorra sangue


O aparecimento, até agora sem explicação, de manchas de sangue humano no piso de uma casa na rua Antonio Bizarro, no Jardim Bizarro, em Jundiaí (58 km de SP), tem intrigado os moradores e a polícia da cidade. (...)

19 de junho de 2008

Tomada de decisões e a vontade de Deus

Aviso: as idéias veiculadas neste texto podem provocar uma reviravolta em sua maneira de pensar.

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A VONTADE PERFEITA DE DEUS

Se nossa vida estiver de acordo com os conselhos gerais de Deus para seu povo apresentados na Palavra escrita, então estaremos dentro da vontade geral e moral de Deus. Se, além disso, recebermos uma palavra específica de Deus relacionada a um assunto particular e a obedecermos, estão estaremos totalmente dentro da vontade específica de Deus para nós quanto ao assunto em questão.


Mas, suponhamos que a palavra específica não nos venha em alguma questão de grande importância em nossa vida. (Por exemplo: devo estudar nesta ou naquela faculdade? É melhor morar aqui ou lá? Seria bom trocar de emprego?) Será que isso significa que quanto a essa questão não conseguiremos estar na vontade perfeita de Deus ou que só o conseguiremos por sorte, após adivinharmos, com ansiedade, o que Ele quer que façamos?

É certo que não! É necessário resistirmos com firmeza à tendência de jogar a culpa pela ausência de uma palavra de Deus ao pensamento de que isso significa que nos afastamos do caminho e estamos fora da vontade perfeita de Deus. Se vivemos em devoção sincera ao cumprimento dos propósitos de Deus em nós, podemos ter certeza de que Ele, que veio até nós em Jesus, não vai resmungar, implicar conosco nem nos enganar quanto a nenhuma atitude específica que deseja que adotemos. Por mais que eu enfatize esse ponto, nunca será demais, já que a tendência a pensar da forma contrária é, obviamente, muito forte e está sempre presente.

Pense da seguinte maneira: nenhuma pai bem-intencionado ocultará suas intenções de seus filhos. Um princípio geral para interpretar o comportamento de Deus em relação a nós aparece nas palavras de Jesus: "Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem o pedir!" (Lc 11.13)

Quanto mais do que nós nosso Pai celestial dará instruções claras aos que pedem com sinceridade, sempre que Ele tiver orientações a dar? Quando Ele nada disser, estejamos certos de que isso é o melhor para nós. Então, qualquer coisa que esteja dentro da vontade moral e que for feita em fé é sua vontade perfeita. Não é menos perfeita por não haver sido ordenada por Ele de forma específica. Aliás, talvez seja mais perfeita exatamento por Ele não ter visto necessidade de dar ordens específicas. Ele conta com nossa escolha, confia em nosso bom senso e avança concosco pelo caminho que tomamos.

Diferentes cursos de ação podem, então, estar dentro da vontade perfeita de Deus em uma determinada circunstância. Deveríamos presumir que isso é verdade em todas as situações em que caminhamos de acordo com a sua vontade geral, ouvimos sua voz e, ao buscar, não encontramos nenhuma orientação específica. Em casos assim, é comum haver várias opções que agradariam a Deus, embora Ele não nos direcione para nenhuma delas em especial. Todas estão perfeitamente dentro de sua vontade, porque não há nenhuma melhor do que as outras para Ele, e todas são boas. Ele não mandaria você escolher outra que não a que você está seguindo. (Claro que estar dentro da vontade perfeita de Deus não significa que você não erra mais! É possível estar na vontade de Deus sem tornar-se um ser humano perfeito).

Em seu livro Decision Making and the Will of God (Tomada de decisões e a vontade de Deus), Garry Friesen critica com maestria a visão de que Deus tem um plano especial para ser seguido em cada situação, que a decisão correta depende de descobrir qual é esse plano e que, se não conseguirmos, estaremos apenas na vontade permissiva de Deus, na melhor das hipóteses, e seremos cidadãos de segunda classe no reino de Deus. Contra essa visão danosa, Friesen afirma:

O ponto principal é: Deus não possui um planejamento de vida detalhado, criado sob medida para cada crente e que precisa ser descoberto para tornar-se decisões acertadas. O conceito de uma "vontade individual de Deus" [nesse sentido] não pode ser abalizado pelo raciocínio, experiência, exemplos nem ensinamentos bíblicos.

Assim, a vontade perfeita de Deus pode oferecer, para uma pessoa em particular, várias alternativas diferentes. Por exemplo, para a maioria, várias opções ao escolher-se cônjuge (ou ausência dele), vocação, instituição de ensino ou local de moradia podem estar, de igual forma, na vontade perfeita de Deus, não sendo nenhuma delas, por ela mesma, melhor ou preferida por Deus em relação ao resultado final que Ele deseja alcançar.

Quem busca com sinceridade deveria assumir que isso acontece e avançar com fé em Deus se não receber nenhuma palavra específica sobre o assunto que o preocupa após um período de tempo razoável. Tudo isso é coerente com a existência, algumas vezes, de apenas uma opção que se insira perfeitamente na vontade de Deus para nós. Precisamos pensar em nossas escolhas uma de cada vez, exatamente como vivemos um dia após o outro, confiando em Deus.

Assim como o caráter só é revelado quando nos permitem, ou exigem, que façamos o que queremos, também a intensidade e a maturidade de nossa fé só se manifestam quando não recebemos nenhuma orientação específica. Uma fé robusta e madura não faz apenas o que mandam. Pelo contrário -- nas palavras de Willian Carey, quando foi para a Índia como missionário pioneiro --, a fé inabalável "tenta grandes realizações para Deus e espera que Ele faça grandes coisas". Essa fé acompanha ativamente o trabalho a ser feito, a vida a ser vivida, confiante na companhia bondosa do Pai, Filho e Espírito Santo. A redenção não anula a iniciativa humana; antes, a intensifica imergindo-a no fluir da vida de Deus. Quem possui uma visão amadurecida de Deus e experiência em seus caminhos não precisa viver em ansiedade obsessiva para fazer o que é certo. Na maior parte do tempo, sabe o que é certo. Porém, a confiança não está em uma palavra do Senhor, mas no Senhor, que permanece conosco.

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Dallas Willard, Ouvindo Deus, p.256-259

17 de junho de 2008

Sete pecados capitais

Graham Tomlin*

Então, por onde começamos a pensar no pecado? Uma forma tradicional é dividi-lo em categorias. Nossos antepassados tremiam diante da idéia, mas eram espertos o suficiente para perceber que precisavam conhecer seu inimigo. Por isso a idéia dos “sete pecados capitais” surgiu como uma forma nítida de nos lembrar de alguns dos principais modos pelos quais esse padrão fatal de comportamento se manifestava. Não se sabe ao certo de onde veio a lista. Alguns dizem que veio de uma lista de oito maus hábitos definidos por Evágrio do Ponto, teólogo e monge grego do século 4. Cerca de 200 anos depois, enquanto escrevia um livro de reflexões sobre o livro de Jó, Gregório, o Grande, papa de grande influência, reduziu a lista a sete itens, e o número prevaleceu. A lista mudou ao longo do tempo, mantendo os mesmos itens e sofrendo uma variação de uma lista para outra na ordem em que eles apareciam, mas prendeu nossa imaginação como uma ferramenta para entendermos a vida moral, ou melhor, a vida imoral.

No apogeu da Idade Média, se tornou um modo padrão para sistematizar o pecado — uma taxonomia útil da má conduta. Talvez o tratamento mais famoso de todos tenha aparecido em A divina comédia, de Dante, em que o autor descreveu sua própria incursão imaginária ao inferno, ao purgatório e ao paraíso como uma jornada de exploração, purificação e redenção desses sete hábitos fatais. Tomás de Aquino propôs uma análise clássica dos sete pecados em seu De Malo [Sobre o pecado], escrito na década de 1270, e usou consideravelmente a lista em sua grande Summa Teológica.

No entanto, uma rápida olhada na lista tradicional dos sete pecados capitais levanta uma questão clara para qualquer pessoa que tenha qualquer noção da vida contemporânea e dos princípios morais: esses não são os pecados que identificaríamos como as principais causas do mal em nosso mundo. Em todo caso, nossa cultura, em geral, admira essas qualidades, e não as evita. A luxúria é sinal de um apetite sexual saudável, a soberba é um prazer perfeitamente válido em nossas próprias realizações, e a avareza é o motor essencial para a economia. O filósofo Julian Baggini sugere que abandonemos a velha lista e propõe uma nova. Sua lista inclui exploração, dogmatismo, moralismo, cobiça (pelo menos, um dos velhos candidatos tem um lugar à mesa!), vaidade, complacência e negligência. São esses pecados que estão na essência de nossa experiência atual com o mal. São os culpados e responsáveis pela pobreza, doença, discriminação e injustiça.

Contudo, como veremos nesta jornada pela maldade humana, a lista tradicional inclui, explica e analisa esses itens mais a fundo. Vaidade e hipocrisia são sintomas de soberba, a exaltação do “eu” a uma posição incontestada e ilusória de superioridade. Complacência e negligência resultam da indisposição mais intensa da preguiça, uma perda de paixão pela vida, pela bondade e por Deus. Exploração dos outros é quase sempre o resultado incontrolável da luxúria, avareza ou gula, ou de um apetite desenfreado por sexo, dinheiro ou comida, à custa de pessoas de carne e osso. Ao mesmo tempo, a aversão de Baggini ao dogmatismo e à “idéia de o indivíduo se considerar certo enquanto os outros estão errados” é muito problemática. Ele acha que ele está certo em propor essa lista? Ele é sério quando faz declarações que têm, de fato, algum sentido? Sem dúvida, o tipo de dogmatismo que se nega a pensar, a considerar que poderia estar errado ou a participar de uma discussão ou debate é arriscado e prejudicial. Mas isso não significa que não possamos defender opiniões que sinceramente acreditamos estarem corretas e optar por viver nossa vida de acordo com elas. A fé sempre tem um elemento de dúvida agregado a ela. Acreditar em algo que não podemos provar (e a maioria das crenças sobre a existência ou a não-existência de Deus, o sentido da vida e assim por diante vai além de uma prova existente) inevitavelmente envolve cogitar a possibilidade de que talvez estejamos errados. Sem essa possibilidade, isso seria certeza, e não fé. Mas a verdadeira fé consiste em crermos na veracidade de certas coisas que não podemos provar e optarmos por viver nossa vida de acordo com elas. Ela está muito longe do dogmatismo que tanto tememos.

O problema com as listas contemporâneas é que elas, em geral, descrevem os sintomas, não a causa. Descrevem práticas sociais ou relacionais de que não gostamos (como exploração, hipocrisia e negligência) sem se aprofundarem muito para explicar por que agimos de várias maneiras. Como veremos, a reflexão cristã sobre os maus hábitos humanos vai além ao descrever o tipo de pessoa que faz essas coisas e as raízes de tal comportamento.

Tais tentativas de aperfeiçoar os sete pecados tradicionais muitas vezes expõem, de certo modo, a superficialidade dos instintos morais contemporâneos, mas isso não é de surpreender. Essas listas são o resultado de uma mentalidade de alguns anos. A lista tradicional foi considerada e examinada por aproximadamente quinze séculos, por isso acho que ela tem um pouco de vantagem. Talvez seja prudente darmos a ela nossa atenção antes de a rejeitarmos de imediato, como o menino que encontrou um Rembrandt no sótão e o jogou fora porque não era colorido o suficiente.


* Graham Tomlin é diretor do St Paul's Theological Centre, em Holy Trinity Brompton, Londres. Foi vice-diretor de Wycliffe Hall, Oxford, e membro da Faculdade de Teologia da Universidade de Oxford.

Excerto do 1º capítulo do livro Os sete pecados capitais.

13 de junho de 2008

1 ano do blog - PROMOÇÃO

1 ANO - dLIVEr blog

Este blog nasceu há um ano num momento em que eu precisava viver coisas novas. O tempo gasto lendo outros blogs e postando algo por aqui tem sido recompensado pela rica aprendizagem e pelas descobertas. Acima de tudo, este tem sido um meio de fazer novos amigos e companheiros na jornada. Destaco o ingresso, em setembro de 2007, na esfera emergente dos chamados para fora.

O V. Carlos, um dos nossos colaboradores, criou uma comunidade no Orkut para reunir os leitores do blog. Você está convidado!
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Para comemorar, queremos presentear os amigos com dois exemplares de um dos livros mais citados e comentados por aqui: A Renovação do Coração, de Dallas Willard.

COMO PARTICIPAR?
Descubra pelo menos um autor de uma das declarações abaixo, todas citadas em obras de Dallas Willard:

a - "A vida inteira de um homem é uma contradição contínua daquilo que ele sabe ser seu dever. Em todas as áreas da vida, ele age em oposição às ordens de sua consciência e de seu bom senso".

b - "Toda a infelicidade dos homens vem de uma só coisa, que é não saberem ficar quietos, dentro de um quarto"

c - "O cristianismo não foi testado e reprovado; na verdade, foi considerado difícil e abandonado, sem ao menos ser experimentado"

d - "Custa tanto a um homem ir para o inferno quanto ir para o céu. Estreito, excessivamente estreito, é o caminho para a perdição!"

* * * * *
1º livro: Será sorteado entre os leitores que acertarem o autor de ao menos uma das frases enviando as respostas para o endereço danieldliver@gmail.com com o título "promoção dliverblog 1".

2º livro: Os blogueiros que divulgarem a promoção devem enviar uma mensagem para o danieldliver@gmail.com com o título "promoção dliverblog 2" contendo o link do postagem de divulgação.

O sorteio entre os participantes será no dia 21 de junho, próximo sábado, com a presença do gaúcho colaborador Marco "Maps". Participem!

12 de junho de 2008

"Um cristão comprometido"


Senator Obama [...] is a committed Christian.
Barack Obama lançou um site para combater os rumores que questionam sua fé e patriotismo - e também os que envolvem sua mulher Michelle.

O endereço é fightthesmears.com. Oferece respostas sobre boatos que continuam circulando na internet e em veiculos conservadores - o mais conhecido é o que diz que Obama é muçulmano. O site estimula os que apoiam o democrata a espalharem por email essas respostas aos rumores.

Fonte: Blue Bus

O que é um cristão comprometido?

11 de junho de 2008

A força de uma verdade

"A força de uma verdade religiosa não está na imposição violenta da mesma, mas sim no poder de sedução advindo da coerência e do amor com que é apresentada."

Eduardo Rosa Pedreira, acerca do sectarismo exposto por ocasião da invasão seguida da destruição de símbolos religiosos e outros danos causados por quatro jovens ditos evangélicos a um centro umbandista no Rio de Janeiro.

10 de junho de 2008

Os Irmãos

“Eu nunca componho com compromisso. Componho para Deus, que me deu a sorte grande nesta vida” (Rodrigo Amarante, da banda Los Hermanos).

Em hiato há um ano, Los Hermanos dão pistas de que podem voltar

Leitura de começo de noite, que me levou a vários links de boa música.

7 de junho de 2008

Casamento

Neste final-de-semana estou em Uberlândia-MG para o casamento do meu irmão.
Toda a gente reunida. Uma intercessão de vários círculos!
Felicidades a Enéias e Mirian.

Mendigando a Verdade


A verdade é desprezível? Não. Ela é apenas desprezada, muito desprezada. Hoje é comum dizer: “Não existe certo e errado, existe o que é melhor para você”. Não se preocupa mais com valores morais, éticos e puros. Apenas com o que é melhor. Pensamentos nesse nível desprezam as conseqüências das ações e ignoram a racionalidade ao propor o padrão de decisão das escolhas como sendo os sentimentos.

“... a justiça se pôs longe, porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode entrar”.¹ Não pode entrar, porque como escreveu o diretor do Projeto Genoma: “Se não há verdade absoluta, será que o próprio pós-modernismo é real? De fato, se não existe certo e errado não há motivos para discutir a disciplina da ética”

Sem uma verdade, sem certo e errado não há motivos para prisões, coerções ou disciplinas. O que prega uma falsa liberdade, pois liberdade sem consciência e limites é libertinagem, anarquia ou orgia. E não me venham com desculpas de não conhecer o que é certo ou errado. Pois todos sabem um pouco sobre isso. Renda-se ao que é puro e agradável. Abra seu coração ao que liberta. Para de mendigar a verdade.

v.carlos




Notas: ¹_ Escrito por Isaías no capítulo 59, versículo 14 de seu livro. A maioria dos historiadores crê que Isaías viveu entre 740 a.C. e 681 a.C.

²_ Francis Collins / ‘A Linguagem de Deus’ / pág. 32 / Editora GENTE.

3 de junho de 2008

Da Solidão à Solitude

Cada um de nós, não só as pessoas que sofreram carência afetiva na infância como Lana e outros, precisa ganhar coragem e decisão para enfrentar a solidão interior e ali começar a ouvir a voz de Deus, dentro de nosso eu mais verdadeiro. A necessidade disso é apenas maior para as Lanas e Lisas que vivem por aí. Na maravilhosa figura de Henri Nouwen, precisamos "converter o deserto da solidão" que existe no profundo de nosso ser em um "jardim de solitude" onde começa a florescer a vida espiritual. "Em vez de fugir da solidão, de tentar esquecer e negá-la, temos de protegê-la e torná-la em solitude frutífera". Essa é a parte essencial do que significa praticar a presença de Deus, de relacionarmo-nos com o próprio Deus.

Leanne Payne, Imagens Partidas, Sepal, 2001, p.128

2 de junho de 2008

Afastamento

"Podemos às vezes ofender com palavras; mas também podemos ofender muito mais com o silêncio. Nenhum insulto pronunciado jamais feriu tão profundamente como a ternura que esperamos e não recebemos; e ninguém jamais se arrependeu tão amargamente de uma indiscrição pronunciada, como das coisas que deixou de dizer."
Jan Struther

A duas formas [de desamor] são a agressão (ou a ofensa) e o afastamento (ou o "distanciamento"). (...)
Afastamo-nos de alguém quando tratamos seu bem-estar e sua bondade com indiferença, chegando provavelmente ao ponto de menosprezá-lo. Nós "não nos importamos".
Dallas Willard

No mundo hodierno é difícil delimitar a nossa comunidade por causa das variáveis conexões mundiais entre todos. Essa época do ano me faz lembrar da antiga composição do meu círculo social. O processo de afastamento não pôde ser evitado com a minha mudança. Nem ferramentas da web, nem a benquerença foram suficientes para manter a proximidade. A despeito disso tudo, a vida eterna é o consolo, o reino abrangente é a inspiração.

1 de junho de 2008

Os Guinness

Cristianismo Hoje: Em sua opinião, os cristãos estão deixando um vácuo na sociedade?

Os Guiness: O problema não é bem esse. Não é que os cristãos não estejam aonde deveriam estar; o problema é que eles não são o que devem ser, exatamente onde estão. E precisamos de cristãos que saibam como aplicar o senhorio de Jesus e fazer a integração de sua fé em cada parte, em cada esfera da vida. A fé de cada um precisa ser integrar ao todo de sua vida. Os crentes devem viver de maneira cristã, devem trabalhar de maneira cristã. Quem é advogado e conhece Jesus deve exercer a advocacia de maneira cristã. Isso vale para qualquer um que professe fé no Salvador – o médico, o técnico da computação, o lixeiro. Só assim teremos chance de ser sal e luz e ganhar de volta a cultura. Infelizmente, o número de cristãos que pensam é uma minoria. Nas Escrituras, temos o mandamento de amar ao Senhor nosso Deus com todo o nosso entendimento. Mesmo assim, muitos cristãos simplesmente não pensam. Dessa forma, nunca conseguiremos ganhar o mundo moderno, a não ser que tenhamos uma geração que aprenda a pensar biblicamente e de maneira cristã.

Confira a entrevista completa no site da Revista Cristianismo Hoje.

Príncípe Caspian

O que mais me chamou a atenção, em todo o filme, foi a construção da esperança individual de cada personagem. Lúcia sempre foi a "protegida" e nós a vemos como "A Valente" de Nárnia. Suzana já não tem mais esperança, Ela está em Nárnia, mas Nárnia não está em seu coração. Edmundo, antes traidor, agora procura viver como JUSTO. Pedro começa com o ego inflado (por Nárnia), mas termina destemido e cheio de humildade (por Aslan).
Da metade do filme pra frente o coração aperta. O final da primeira batalha faz pensar e refletir bastante sobre o peso de nossas escolhas. O desenvolvimento da segunda batalha demonstra que nem sempre devemos recuar de nossas lutas pessoais. O final dá vontade de chorar (pois nem sempre temos sempre conosco aquilo que realmente é importante na vida).
(comentário de Sérgio no Orkut)

Ontem assisti o fantástico filme que eu vinha anunciando por aqui. Enquanto reúno as idéias pra dizer o que achei da película, recomendo alguns textos:

Blog dos Editores da Thomas Nelson

Lições Espirituais
de Príncipe Caspian

Comunidade no Orkut

http://www.cslewis.com.br/site/

Lars e o Verdadeiro Amor


Trailer de "Lars and the real girl" ("Lars e o Verdadeiro Amor" - titulo em Portugal)
Manuel Anastácio
Jesus resolveria os problemas com milagres. É a atitude infantil que espera resolver todos os problemas com um passe de magia. Jesus, no entanto, seria apenas bom. Faria, com certeza, o milagre, se o pudesse fazer. Mas a solidariedade é-o sempre. Milagre. Porque um milagre é um sorriso divino – sorriso, não: gargalhada! E a solidariedade? É dar as migalhas da mesa a Lázaro que sob ela se arrasta? Ou aceitar Lázaro à mesa? E quem aí o aceita? Poucos, de facto.

“Lars e o Verdadeiro Amor” (“Lars and the Real Girl”), apresentado como uma comédia romântica é, no entanto, para mim, a mais simpática e saudável das alegorias cristãs que já vi até hoje. O filme não é sobre um tarado que julga que a sua “boneca insuflável” é um ser real e amável (sendo amável aquilo que é passivo de se amar). O subcontexto sexual do filme é apenas um acidente num quadro de pura moral e ternura comunitária cristã. É uma história de amor na acepção exposta por São Paulo no seu célebre capítulo 13 da Primeira Epístola aos Coríntios. Fosse eu professor de Educação Moral e Religiosa ou catequista, e mostraria o filme sem quaisquer pruridos na consciência aos alunos, como exemplo do que deveria ser a vida cristã. Como deveria ser, não como é.

“Lars”, sem ser uma obra prima, é um bom exemplo de que como o cinema não vive apenas de devorar as misérias humanas, podendo mesmo ascender ao mais cândido dos optimismos sem que tenha, por isso, de alienar por completo o espectador num mundo de maravilhas que mantenha em coma o seu sentido crítico. Não precisa de envolver as personagens numa via sacra para justificar a redenção final. Um percurso de placidez e sorrisos pode dar origem a um filme tão apaixonante como outro em que as personagens são obrigadas a enfrentar as próprias tripas.

A argumentista, Nancy Oliver, que já tinha participado na série “Six feet under” não procura a clássica fórmula que passa por angustiar o espectador para tudo redimir com uma resolução benévola no final. Todo o filme é imerecidamente benévolo para seres humanos que improvavelmente aceitariam o desafio de acolher no seu seio um corpo cuja alma reside no seu exterior – o desafio de compartilhar a loucura por um bem maior. A alma desta boneca anatomicamente correcta encomendada pela Internet, apresentada por Lars como sua namorada, nasce, não apenas da imaginação iludida de Lars, mas também da aceitação incondicional daqueles que conferem à ilusão a força da necessidade. A boneca não aparece naquela comunidade apenas como meio para a resolução das angústias de Lars, mas como meio de justificação e laço de união comunitário. Não é uma mascote. É uma extensão de alma de um dos seus membros, tornados ainda mais queridos porque extraviados da senda mental por onde quase todos seguem. Uma extensão de alma que pede urgentemente para se libertar, de modo a permitir à alma que lhe deu origem um regresso a casa. Não se esqueçam que a Ética é, segundo Heidegger, a habitação do homem nos deuses. Lars, sem morada, regressa a casa pela mão daquela comunidade cristã que não o repudia nem dele se enoja e que mesmo dele se rindo, o faz com a compaixão de quem não fere nem com palavras. Da mesma forma, a própria boneca, Bianca, não sendo, também regressa a casa, sendo.

O filme não é uma obra prima. Mas não me lembro de melhor prova – não da existência de Deus mas, pelo menos, da sua dolorosa necessidade. Talvez Deus seja uma ilusão. Bianca é uma ilusão. Logo, talvez Bianca seja Deus. A lógica não é perfeita. Mas a conclusão, sofisma ou não, ajusta-se às mil maravilhas. Colocaria este filme na lista dos dez melhores filmes de sempre sobre Deus… Hum… isso dava um post… :)

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Análise de Manuel Anastácio. Indicação de Paulo Brabo.
Siga também as pistas que me levaram a assistir o excelente Once.