Dallas Willard explica o processo do novo nascimento
A Grande Omissão, p. 138,139
Conversão ou restauração cristã deve começar com um novo pensamento que vem de fora de todo o sistema humano. Esse pensamento conduz a novas emoções e possibilita um novo ato de vontade. É, evidentemente, o conteúdo do evangelho, uma nova imagem do mundo real no qual eu vivo. Na verdade, ele foi criado e é governado por alguém que o amou e a mim de tal modo que enviou seu Filho para me salvar da destruição total. Não sou capaz de descobrir isso sozinho, sobretudo porque estou envolto em inúmeras camadas de pensamentos, sentimentos e costumes contrários a esse fato. E, especialmente, proque internalizei esses pensamentos, sentimentos e costumes e os identifiquei como a vida real, minha vida.
Esse novo pensamento, o evangelho, rompe a mortalha intelectual de meu espírito por meio de uma força sobrenatural. É a graça em ação, a abordagem do Deus bondoso que, nesse processo, traz uma nova emoção. Essa nova emoção é complexa, uma combinação de anseio para o novo pensamento seja verdadeiro e de tristeza ao perceber que, no mais recôndito de meu ser, me oponho a ele. Essa é a clássica "convicção do pecado" e, com ela, começa a se mover dentro da alma desintegrada uma força que pode conduzir à sua restauraçãõ. No entanto, o indivíduo ainda não se "apropriou" dessa força. A convicção do pecado pode ser resistida e em geral o é por algum tempo. Durante esse período, o indivíduo ainda não se identificou com o toque da mão divina em sua alma. O novo pensamento e a nova emoção ainda não lhe pertencem; antes, são uma imposição, uma presença estranha da qual ele pode se ressentir e até rejeitar.
No entanto, tornam possível uma nova escolha que fará pertencer a ele. A vontade, a dimensão fundamental da alma humana, só pode agir, de um lado, pelas idéias e representações e, de outro, segundo sentimentos e emoções. Sem dúvida, é um poder de autodeterminação e uma parte inerente da alma humana. No entanto, não tem independência e autogovernança absoluta, pois estes são atributos exclusivamente divinos. Mas, diante do novo pensamento e da nova emoção, juntamente com a graça que os acompanha, posso me posicionar com o pensamento e com a emoção. Posso dizer, "Sim, desejo que este pensamento seja verdadeiro"; e o sentimento que tenho em relação a Deus e a mim mesmo com base nesse pensamento é minha atitude. É assim que escolho crer em Deus.
Com a pequena força que me resta, seguro na mão divina que se moveu por sua própria iniciativa nas trevas da minha alma e minha vida despedaçadas. Ao fazê-lo sinto o aperto forte dessa mão. Esse é o "nascer do alto". A realidade do relacionamento pessoal flui entre essas mãos dadas. A mente, as emoções, a vontade e o ser corpóreo e social começam a experimentar a presença da vida de Deus. Minha alma desintegrada e corrompida começa a recuperar seus poderes. Começo a me erguer em direção à luz e à plenitude.
A Grande Omissão, p. 138,139
Conversão ou restauração cristã deve começar com um novo pensamento que vem de fora de todo o sistema humano. Esse pensamento conduz a novas emoções e possibilita um novo ato de vontade. É, evidentemente, o conteúdo do evangelho, uma nova imagem do mundo real no qual eu vivo. Na verdade, ele foi criado e é governado por alguém que o amou e a mim de tal modo que enviou seu Filho para me salvar da destruição total. Não sou capaz de descobrir isso sozinho, sobretudo porque estou envolto em inúmeras camadas de pensamentos, sentimentos e costumes contrários a esse fato. E, especialmente, proque internalizei esses pensamentos, sentimentos e costumes e os identifiquei como a vida real, minha vida.
Esse novo pensamento, o evangelho, rompe a mortalha intelectual de meu espírito por meio de uma força sobrenatural. É a graça em ação, a abordagem do Deus bondoso que, nesse processo, traz uma nova emoção. Essa nova emoção é complexa, uma combinação de anseio para o novo pensamento seja verdadeiro e de tristeza ao perceber que, no mais recôndito de meu ser, me oponho a ele. Essa é a clássica "convicção do pecado" e, com ela, começa a se mover dentro da alma desintegrada uma força que pode conduzir à sua restauraçãõ. No entanto, o indivíduo ainda não se "apropriou" dessa força. A convicção do pecado pode ser resistida e em geral o é por algum tempo. Durante esse período, o indivíduo ainda não se identificou com o toque da mão divina em sua alma. O novo pensamento e a nova emoção ainda não lhe pertencem; antes, são uma imposição, uma presença estranha da qual ele pode se ressentir e até rejeitar.
No entanto, tornam possível uma nova escolha que fará pertencer a ele. A vontade, a dimensão fundamental da alma humana, só pode agir, de um lado, pelas idéias e representações e, de outro, segundo sentimentos e emoções. Sem dúvida, é um poder de autodeterminação e uma parte inerente da alma humana. No entanto, não tem independência e autogovernança absoluta, pois estes são atributos exclusivamente divinos. Mas, diante do novo pensamento e da nova emoção, juntamente com a graça que os acompanha, posso me posicionar com o pensamento e com a emoção. Posso dizer, "Sim, desejo que este pensamento seja verdadeiro"; e o sentimento que tenho em relação a Deus e a mim mesmo com base nesse pensamento é minha atitude. É assim que escolho crer em Deus.
Com a pequena força que me resta, seguro na mão divina que se moveu por sua própria iniciativa nas trevas da minha alma e minha vida despedaçadas. Ao fazê-lo sinto o aperto forte dessa mão. Esse é o "nascer do alto". A realidade do relacionamento pessoal flui entre essas mãos dadas. A mente, as emoções, a vontade e o ser corpóreo e social começam a experimentar a presença da vida de Deus. Minha alma desintegrada e corrompida começa a recuperar seus poderes. Começo a me erguer em direção à luz e à plenitude.
Por muito tempo meu espírito aprisionado,
Permaneceu nos grilhões das trevas e do pecado.
Até que de teu olhar veio o raio vivificador,
E despertei, meu calabouço em pleno fulgor.
Os grilhões se romperam, meu espírito foi liberto
Levantei-me e passei a seguir-te de perto.
(Wesley)
Permaneceu nos grilhões das trevas e do pecado.
Até que de teu olhar veio o raio vivificador,
E despertei, meu calabouço em pleno fulgor.
Os grilhões se romperam, meu espírito foi liberto
Levantei-me e passei a seguir-te de perto.
(Wesley)
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