30 de novembro de 2008

Quando a morte se torne vida

1.3 Então o que vamos fazer? Continuar a pecar para que Deus possa manter o perdão? Espero que não mesmo! Se nós tivermos deixado o país onde o pecado é soberano, como é possível que ainda vivamos na nossa velha casa ali? Ou não se aperceberam que o embalamos e o deixamos lá para o bem? Foi o que aconteceu no batismo. Quando fomos para debaixo da água, deixamos o antigo país de pecado para trás; quando emergimos da água, entramos no novo país da graça, uma nova vida numa nova terra!

3.5 É isso que o batismo na vida de Jesus significa. Quando somos abaixados para a água, é como o sepultamento de Jesus, quando somos elevados para fora da água, é como a ressurreição de Jesus. Cada um de nós é elevado a um mundo cheio de luz pelo nosso Pai, a fim de podermos ver onde estamos indo em nosso novo país de graça soberana.

6.11 Poderia ser mais claro? O nosso velho modo de vida foi pregado na cruz com Cristo, um decisivo fim para uma vida de miserável de pecado -- não mais em cada aceno e chamada do pecado! O que cremos é isto: Se fomos incluídos na morte de Cristo que derrotou o pecado, também somos incluídos na sua ressurreição salvadora de vida. Sabemos que quando Jesus foi ressuscitado dos mortos foi um sinal do fim da morte como um fim. Nunca mais a morte tera a última palavra. Quando Jesus morreu, ele levou o pecado para baixo com ele, mas vivo ele traz Deus abaixo para nós. A partir de agora, pense nas coisas desta maneira: o pecado fala uma língua morta que não significa nada para você; Deus fala a sua língua materna, e você se pendura em cada palavra. Vocês estão mortos para o pecado e vivos para Deus. É isso o que Jesus fez.

12.14 Isso significa que você não deve dar um voto ao pecado na forma como você conduz a sua vida. Não dê a ele o tempo do dia. Nem sequer leve pequenos recados têm ligação com aquele velho estilo de vida. Lance-se de todo o coração e em tempo integral, lembre-se, você foi ressuscitado dos mortos! - no modo de Deus de fazer as coisas. O pecado não posso te dizer como viver. Afinal, você não está vivendo mais sob a velha tirania. Você está vivendo na liberdade de Deus.

- Tradução livre de Romanos 6 na paráfrase de Eugene Peterson, The Message. Um exemplar dessa maravilhosa mensagem chegou a minhas mãos. É maravilhoso compartilhar da leitura que Peterson faz desse tratado de Paulo chamado aos Romanos

- Abaixo o texto na Nova Versão Internacional.

- Leia também: Graças a Deus por nossas Bíblias - Apesar das Escrituras virem em muitos estilos hoje em dia, podemos ainda confiar nessas traduções para nos dar a Palavra de Deus. - Por J. I. Packer

Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente?De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.

Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. Pois sabemos que, tendo sido ressuscitado dos mortos, Cristo não pode morrer outra vez: a morte não tem mais domínio sobre ele.

Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos. Pois sabemos que, tendo sido ressuscitado dos mortos, Cristo não pode morrer outra vez: a morte não tem mais domínio sobre ele. Porque morrendo, ele morreu para o pecado uma vez por todas; mas vivendo, vive para Deus.

Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos. Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça. Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça.


29 de novembro de 2008

Um Recurso ao Meu Passado

Existe uma funesta espécie de fatalismo que se apóia num mundo que acredita (como deve acreditar o mundo pagão) que não há recurso ao passado. Segundo essa maneira de pensar, o passado está fortemente ligado ao futuro. (...)

E compreendi quanta dor e quão profunda angústia psicológica o medo de haver tomado o caminho errado pode causar a muita pessoas -- especialmente, quem sabe, [àqueles] que têm forte senso de dever.

Às vezes a dor tem menor relação com a escolha vocacional do que com um pecado cometido, o que se vê então como a irrevogável negação de um lugar especial no plano de Deus para nossa vida.

O evangelho trata desse dilema, desa ansiedade muito humana, de um modo importante. Bem entendido, ele afasta o sentimento cristão da noção pagã sobre a tirania do passado. Porque agora, visto à luz da ressurreição, o passado não determina inteiramente o futuro, muito pelo contrário. O futuro colore e modela o presente, e até invade o passado. (...)

A relação do cristão com o futuro sofreu mudança e agora é outra, não porque conhecemos o futuro -- o que seria uma tentativa de, a partir do presente, exercer controle sobre o futuro -- mas, sim, porque sabemos que Deus estará lá. Não sabemos o que haverá no futuro, mas sabemos quem estará no futuro. E essa diferença é profunda.

Os que sabem que Jesus ressuscitou dentre os mortos descobriram o futuro de uma nova maneira porque se lembram do poder de Deus sobre o passado morto. Eles poderão ficar surpresos; mas não serão apanhados de surpresa. Nem o passado nem o presente os farão temer o futuro (...)

27 de novembro de 2008

Só Pra Dizer - Vila do Louvor



O ministério da Vila do Louvor tem treinado jovens para a adoração, evangelização e o uso das artes à serviço do reino de Deus. Com sede em Piratininga (SP) e ligado à JOCUM, tem treinado e mentoreado artistas cristãos. Confira este trabalho produzido por Beto Tavares e Wilian Olivaldo e produção musical de Raphael Costa, com a participação do Quintal do Louvor (obreiros e alunos da Villa). O título do CD é “Só Prá Dizer“.
#163 - Só Pra Dizer - Vila do Louvor [28:47m]: Ocultar Player | Executar num Popup | Download

Conheça o programa Sons do Coração

Hakani



Documentário conta a história da indiazinha condenada à morte por sua gente e salva por missionários evangélicos.



O drama da pequena Hakani, indiazinha da etnia suruwahá condenada à morte por um rito tribal e salva por missionários evangélicos, bem que daria um filme. E deu – Hakani, documentário do diretor e produtor americano David L.Cunningham, tem emocionado as platéias desde que foi lançado, em Agosto.

O filme, com 36 minutos de duração, foi rodado numa reserva indígena de Rondônia com a participação de representantes de dez diferentes povos nativos e tem elevada carga de dramaticidade. O infanticídio, praticado por cerca de 20 etnias indígenas brasileiras, inclusive os suruwahá, é o pano de fundo da obra. Parte importante do documentário é o depoimento de vários índios condenando o sacrifício ritual de crianças com deficiências físicas ou doenças congênitas – caso de Hakani, que nasceu com hipotireodismo. A cena em que a criança é enterrada viva impressiona pela autenticidade – mas o espectador pode ficar tranqüilo, porque a terra que cobre o rosto da criança que interpreta Hakani é, na verdade, bolo de chocolate esfarelado.


O casal de missionários Edson e Márcia Suzuki, então, entram em cena. Ligado à agência Missionária Jovens com Uma Missão (Jocum), eles já desenvolviam há anos um trabalho de cunho social e lingüístico entre os suruwahá. A pedido da mãe de Hakani, eles retiraram a criança da aldeia, levando-a para tratamento médico em São Paulo. A menina recuperou-se, mas o preço que o casal pagou foi alto. Eles chegaram a ser processados pelo Ministério Público Federal, com o beneplácito da Funai, sob acusação de “crime contra a cultura indígena” (clique aqui para ler a matéria). O filme, que pode ser visto na íntegra na internet (www.hakani.org), tem sido usado como ferramenta por grupos que combatem práticas culturais que atentem contra a vida, como prevê um projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional.


(Publicado originalmente na revista Cristianismo Hoje, n. 6)


Fonte: Blog dos Editores




+ Mais: O Infanticídio Indígena

+ Crédito da Imagem: Solomon

+ Assista o documentário.

25 de novembro de 2008

Há Um Despertar

Vinícius Pimentel edita o blog Voltemos ao Evangelho. Foi ele quem me apresentouPaul Washer. Recentemente o Vinícius começou a postar a tradução de uma mensagem de Washer "pregada na quarta-feira, 22 de Outubro de 2008, na Conferência sobre Avivamento, em Atlanta, Geórgia". Ele enumera 10 acusaçõescontra o moderno sistema de igreja na América. 

Na introdução de seu sermão, Paul Washer declara:

"há um grande despertar em curso neste país e não só neste país, mas na Europa onde tenho ido e na América do Sul e em muitos outros lugares estou vendo jovens voltando para a rocha a partir da qual fomos cortados. Eles estão lendo Spurgeon e Whitefield. Eles ainda estão ouvindo Ravenhill e Martin Lloyd-Jones e Tozer e Wesley. É um grande, enorme movimento, mesmo que a mídia popular e o cristianismo de hoje ainda não tenham descoberto o que está acontecendo. Eu quero que você saiba que eu nunca teria sonhado há 15 anos que eu veria odespertar que estou vendo. E não é por causa do meu ministério. Mas eu vou para lugares diferentes e vejo o que Deus está fazendo sem que nenhum dos nossos ministérios.
. . Quer sejam mil moços, 
na Holanda, declarando "As coisas têm que mudar", clamando a noite toda em oração pelo poder de Deus e pela verdade da Escritura. Ou na América do Sul, reconhecendo que eles foram muito influenciados pela psicologia e todo tipo de técnicas superficiais provenientes da América no que diz respeito ao evangelismo e, agora, em lágrimas e quebrantados estão voltando e evangelizando suas igrejas. Ou as cidades do interior dos Estados Unidos onde eu tenho sentado, por vezes, até duas, três horas da manhã discutindo teologia com jovens afro-americanos da periferia, a quem Deus vai levantar para pregar mais do que ninguém nunca vai ser capaz de imaginar neste dia. 

. . 
Há um despertar.
. . E vou dizer-lhe isto com ternura. A maioria dos homens com mais de 40 anos não tem sequer uma pista sobre isso. Muitos dos jovens que estão voltando aos velhos homens e às velhas pregações e à verdade que tem trazido despertarinúmeras vezes neste mundo, a maioria desses jovens são muito jovens. E eles vão para seus pastores, eles vão para os seus dirigentes e dizem: "Olhe para isto, o que temos descoberto. Olha o que aconteceu no País de Gales. Olha o que aconteceu na África. Olhe para este e olhe para este e olhar para este ensino. É absolutamente incrível." E a maioria deles irá desprezá-los ou irá dizer, "Isto não é nada diferente do que eu tenho pregado em 25 anos," quando, na verdade, é completamente diferente do que eles têm pregado em 25 anos."



Creio que Vinícius é um exemplo desses jovens que estão despertando para compartilhar o encanto de uma jornada bem fundamentada no Caminho da verdadeira Vida: a Verdade.

Preciso aprender no diálogo com companheiros de jornada que tenham essa visão.

Acompanhe as divisões da pregação de Washer através das seguintes postagens:

Divisões:
Oração e Introdução
Primeira acusação: Uma negação prática da suficiência das Escrituras
Segunda acusação: Um desconhecimento de Deus
Terceira acusação: Uma falha ao falar da depravação do homem
Quarta acusação: Uma ignorância do Evangelho de Jesus Cristo
Quinta acusação: Um desconhecimento da doutrina da regeneração
Sexta acusação: Um apelo não-bíblico.
Sétima acusação: Uma ignorância sobre a natureza da Igreja.
Oitava acusação: Uma falta de disciplina eclesiástica amorosa e de compassiva.
Nona acusação: Um silêncio sobre santificação.
Décima acusação: Uma substituição do que as Escrituras dizem a respeito à família pelo que a Psicologia e a Sociologia dizem.

23 de novembro de 2008

Reformissão



Vídeo Legendado.

http://www.tempodecolheita.com.br/

Pastor provocador - Driscoll é realmente um pastor diferenciado. Sua teologia reformada foi absorvida pela Igreja Emergente. Seu plano de ter uma grande igreja soa aos pós-modernistas como arrogância. Suas raízes na Igreja Emergente preocupa os calvinistas.

22 de novembro de 2008

Escatologia: advertências e promessas, não prognosticações

Brian D. McLaren

Certa vez, ao ser perguntado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus respondeu: "O reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: 'Aqui está ele', ou 'Lá está', porque o Reino de Deus está entre vocês" (Lucas 17:20-21) (...)

A despeito desses alertas contra a especulação, algumas pessoas crêem que a Bíblia apresenta uma clara cronologia quanto ao futuro, e se deleitam em especular sobre como ela seria. Crêem que a história é, de certa forma, como um filme que já foi escrito e dirigido ou determinado na mente de Deus. Já foi filmado, editado e colocado no projetor, e estamos apenas assistindo à sua projeção. A Bíblia lhe forneceria um código para que saibam o que esperar durante o resto do filme. Aqueles que utilizam essa abordagem não estão necessariamente de acordo sobre como se deve interpretar a Bíblia em termos gerais ou sobre os ensinamentos de Jesus em particular, mas ao menos concordam que o futuro já está mais ou menos determinado.

Outros -- e eu me encontro entre eles, embora tenha nascido, sido criado e doutrinado por completo na abordagem anterior -- crêem que nem a Bíblia nem os ensinamentos de Jesus têm o propósito de nos fornecer uma cronologia quanto ao futuro. Dentro dessa nossa perspectiva, Deus planejou criar o universo tal qual os pais têm um filho: a criança recebe limites e orientação, mas também é livre para viver sua própria vida. Isso quer dizer que o futuro do universo não está determinado como se fosse um filme já filmado e que está apenas sendo passao para nós. Tampouco fora lançado à própria sorte como dados jogados sobre a mesa. Em vez disso, a criação divina está amadurecendo com liberdade e também com limites, sob o olhar atento de um pai cuidadoso. Portanto, o que encontramos na Bíblia e nos ensinamentos de Jesus não são prognosticações determinísticas ou diagramas esquemáticos quanto ao futuro, mas, antes, algo muito mais valioso: são as advertências e as promessas.

As advertências nos dizem que, se fizermos escolhas tolas ou injustas, conseqüências ruins virão em seguida. Os profetas, de Moisés a Jesus, dão esses tipos de advertências com freqüência. Seu propósito não é o de contar o futuro, mas o de mudar o futuro. Ao advertir o povo a respeito de conseqüências negativas futuras advindas de uma mau comportamento, a esperança maior dos profetas é a de que as suas predições quanto às calamidades não venham a se realizar. Esperam que os desastres sejam evitados pela advertência dada, de modo muito parecido como quando uma mãe adverte um filho que está atirando pedras: "Você está se divertindo agora, mas alguém sairá ferido!" Caso o filho compreenda sua advertência, irá parar de atirar pedras, e ninguém se machucará. Isso significa que sua advertência obteve sucesso -- muito embora o que foi por ela "predito" não tivesse vindo a ocorrer. (Foi exatamente isso o que aconteceu no livro de Jonas, no Antigo Testamento: o profeta predisse a destruição e Nínive; o povo de Nínive se arrependeu e portanto não foi destruído. A ironia, é claro, é que Jonas fica decepcionado, poir preferia que os ninivitas fossem incinerados!)

As promessas também diferem de prognosticações. Se digo para meus filhos: "Sempre estarei do lado de vocês", não estou fazendo um predição -- porque algum dia vou morrer e minha declaração deixará de ser verdadeira. Mas, considerada como uma promessa, minha declaração será verdadeira. Ou posso fazer uma promessa condicional: "Façam seus deveres de casa e os levo para jantar fora." Não estou predizendo o que vai acontecer. Estou, no entanto, prometendo fazer algo de acordo com minha capacidade, se meus filhos fizerem algo de acordo com seu senso de responsabilidade e de autorização, ajudando a desenvolvê-lo .

Prognosticações podem ter o efeito contrário. Seu seu fizer a predição: "Você fracassará não importa o quanto se esforce", você não ficará muito motivado a tentar. Irá se sentir desesperado, paralisado e impotente. Se eu fizer a predição: "Você terá sucesso mesmo que não faça qualquer tentativa", também não se sentirá motivado a dar o seu melhor ou a se sacrificar heroicamente. Será tentado pela preguiça ou pela complacência. Por isso as prognosticações são traiçoeiras.

Quem lê as advertências e as promessas da Bíblia como prognosticações precisa calcular como irá distribuir as advertências e as promessas em ordem cronológica. (Não estou afirmando aqui que não existem predições na Bíblia, mas, antes, que muitas das passagens que comumente interpretamos como tal seriam mais bem interpretadas se vistas como advertências e promessas.) De maneira que sua esquematização quanto ao futuro pode ser advertência-advertência-promessa- advertência-promessa, ou ainda -advertência- advertência-advertência-promessa. Essas pessoas podem dizer que haverá um período incerto de tempo sob promessa, seguido de sete anos de advertência, seguido de mil anos de promessa, vindo depois outra advertência, suguido por uma eternidade de promessa. Os arranjos possíveis são infinitos.

No entanto, se entendermos o texto bíblico menos como prognosticação e mais como advertências e promessas dirigidas a seus ouvintes originais, teremos um cenário muito mais simples: nós, seres humanos, viveremos com as sempre presentes advertências e promessas, tendo a derradeira advertência de que o mal e a injustiça perderão e a derradeira promessa de que Deus e o bem vencerão. O objetivo não é o de nos colocar em um universo fatalista e determinista que nos leva a sucumbir a imbatíveis desautorização, fatalismo, desespero ou resignação. Ou não se trata também de sermos lançados a uma confiança excessiva, complacente, arrogante ou triunfalista. Pelo contrário, advertências e promessas servem para elevar nosso senso de responsabilidade e de compromisso, e também para nos alertar -- assim como no caso das crianças atirando pedras -- para que percebamos que conseqüências muito sérias podem ser ocasionadas em função de nossa negligência ou desconsideração. Se crermos nas promessas e nas advertências, não iremos persistir em fazer o mal ou em permanecer complacentes, porém persistir em fazer o bem e em darmos frutos, mesmo quando for difícil.

Para mais sobre essa abordagem à profecia bíblica, ver, de Craig Hill, O Tempo de Deus: A Bíblia e o Futuro (Viçosa-MG, Ultimato, 2004), e, de Walter Brueggemann, The Prophetic Imagination).

Fonte:
Mensagem Secreta de Jesus, A. Publicado por Thomas Nelson Brasil

19 de novembro de 2008

Aceitar a Jesus!?


por

A. W. Tozer,

fonte:
monergismo.com

Nosso relacionamento com Cristo é uma questão de vida ou morte. O homem que conhece a Bíblia sabe que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e que os homens são salvos apenas por Ele, sem qualquer influência por parte de quaisquer obras praticadas.

"O que devo fazer para ser salvo?", devemos aprender a resposta correta. Falhar neste ponto não envolve apenas arriscar nossas almas, mas garantir a saída eterna da face de Deus.

Os cristãos "evangelicais" fornecem três respostas a esta pergunta ansiosa: "Creia no Senhor Jesus Cristo", "Receba Cristo como seu Salvador pessoal" e "Aceite Cristo". Duas delas são extraídas quase literalmente das Escrituras (At 16:31; João 1:12), enquanto a terceira é uma espécie de paráfrase, resumindo as outras duas. Não se trata então de três, mas de uma só.

Por sermos espiritualmente preguiçosos, tendemos a gravitar na direção mais fácil a fim de esclarecer nossas questões religiosas, tanto para nós mesmos como para outros; assim sendo, a fórmula "Aceite Cristo" tornou-se uma panacéia de aplicação universal, e acredito que tem sido fatal para muitos. Embora um penitente ocasional responsável possa encontrar nela toda a instrução que precisa para ter um contato vivo com Cristo, temo que muitos façam uso dela como um atalho para a Terra Prometida, apenas para descobrir que ela os levou em vez disso a "uma terra de escuridão, tão negra quanto as próprias trevas; e da sombra da morte, sem qualquer ordem, e onde a luz é como a treva".

A dificuldade está em que a atitude "Aceite Cristo" está provavelmente errada. Ela mostra Cristo suplicando a nós, em lugar de nós a Ele. Ela faz com que Ele fique de pé, com o chapéu na mão, aguardando o nosso veredicto a respeito dEle, em vez de nos ajoelharmos com os corações contritos esperando que Ele nos julgue. Ela pode até permitir que aceitemos Cristo mediante um impulso mental ou emocional, sem qualquer dor, sem prejuízo de nosso ego e nenhuma inconveniência ao nosso estilo de vida normal.

Para esta maneira ineficaz de tratar de um assunto vital, podemos imaginar alguns paralelos; como se, por exemplo, Israel tivesse "aceito" no Egito o sangue da Páscoa, mas continuasse vivendo em cativeiro, ou o filho pródigo "aceitasse" o perdão do pai e continuasse entre os porcos no país distante. Não fica claro que se aceitar Cristo deve significar algo? É preciso que haja uma ação moral em harmonia com essa atitude!

Ao permitir que a expressão "Aceite Cristo" represente um esforço sincero para dizer em poucas palavras o que não poderia ser dito tão bem de outra forma, vejamos então o que queremos ou devemos indicar ao fazer uso dessa frase.

"Aceitar Cristo" é dar ensejo a uma ligeira ligação com a Pessoa de nosso Senhor Jesus, absolutamente única na experiência humana. Essa ligação é intelectual, volitiva e emocional. O crente acha-se intelectualmente convencido de que Jesus é tanto Senhor como Cristo; ele decidiu segui-lo a qualquer custo e seu coração logo está gozando da singular doçura de Sua companhia.

Esta ligação é total, no sentido de que aceita alegremente Cristo por tudo que Ele é.

Não existe qualquer divisão covarde de posições, reconhecendo-o como Salvador hoje, e aguardando até amanhã para decidir quanto à Sua soberania.

O verdadeiro crente confessa Cristo como o seu Tudo em todos sem reservas. Ele inclui tudo de si mesmo, sem que qualquer parte de seu ser fique insensível diante da transação revolucionária.

Além disso, sua ligação com Cristo é toda-exclusiva. O Senhor torna-se para ele a atração única e exclusiva para sempre, e não apenas um entre vários interesses rivais. Ele segue a órbita de Cristo como a Terra a do Sol, mantido em servidão pelo magnetismo do Seu afeto, extraindo dEle toda a sua vida, luz e calor. Nesta feliz condição são-lhe concedidos novos interesses, mas todos eles determinados pela sua relação com o Senhor.

O fato de aceitarmos Cristo desta maneira todo-inclusiva e todo-exclusiva é um imperativo divino. A fé salta para Deus neste ponto mediante a Pessoa e a obra de Cristo, mas jamais separa a obra da Pessoa. Ele crê no Senhor Jesus Cristo, o Cristo abrangente, sem modificação ou reserva, e recebe e goza assim tudo o que Ele fez na Sua obra de redenção, tudo o que está fazendo agora no céu a favor dos seus, e tudo o que opera neles e através deles.

Aceitar Cristo é conhecer o significado das palavras: "pois, segundo ele é, nós somos neste mundo" (1 João 4:17). Nós aceitamos os amigos dEle como nossos, Seus inimigos como inimigos nossos, Sua cruz como a nossa cruz, Sua vida como a nossa vida e Seu futuro como o nosso.

Se é isto que queremos dizer quando aconselhamos alguém a aceitar a Cristo, será melhor explicar isso a ele, pois é possível que se envolva em profundas dificuldades espirituais caso não explanarmos o assunto.

16 de novembro de 2008

Vida + traz boas novas

Recomendáveis


Há muitos artigos relevantes no site da revista Cristianismo Hoje.


Quero recomendar dois aos leitores:

O labirinto de oração, Dan Kimball, sobre quem andei pesquisando.
Seu livro, A Igreja Emergente, acaba de ser lançado pela Editora Vida.





Um Ídolo Chamado Mercado, Carlos Queiroz. Ouvi esse homem no último sabado falando à Convenção Nacional das Igrejas de Cristo no Brasil, em Goiânia. Um excelente comunicador, um grande coração. Ah, se eles quisessem suportar tudo o que ele tem para dizer...

Autor de Ser é o Bastante, Carlos Queiroz é pastor da Igreja de Cristo no Brasil e professor de missiologia e realidade brasileira no Seminário Teológico de Fortaleza. É também autor de Eles Herdarão a Terra e As Faces de Um Mito.

João Alexandre na Bahia

Trecho de uma fala do João Alexandre em um show ao vivo, em um teatro de Salvador, Bahia. Gravado na faixa 9 de um CD:


Eu fico pensando. Houve uma história interessante de uma moça que foi salva de um incêndio, por um bombeiro. E aconteceu... Depois de 3 dias aquela moça bateu na casa do bombeiro. “Oh, por favor, o senhor é o fulano. O senhor se lembra de mim?” Ele olhou pra ela e disse: “Puxa vida, como é que eu me esqueceria da senhorita. Senhorita ou Senhora?” “Senhorita, eu sou solteira.” “Eu tirei a senhorita do incêndio, há dois dias atrás se eu não chegasse na hora eu imagino que a senhorita tinha morrido. Mas, pois não, o que a senhorita precisa?” “Moço eu vim agradecer o que o senhor vez. Senhor ou senhorito?” “Senhorito, eu também sou solteiro.” (risos da platéia) “Então, eu vim agradecer ao senhorito. (risos do João) Vim saber quem é, por acaso, que foi que me salvou do incêndio.” Então você imagina o que aconteceu, né? “O senhorito tem algum programa pra hoje a noite?” “Não, e a senhorita?” “Também não.” “Vamos sair juntos?” “Vamos.” Aconteceu que eles começaram a namorar e casaram.

Não é só importante saber que Deus nos livrou do inferno. É preciso saber quem é Deus. Não é só importante saber que Deus faz. O fazer é uma característica de Deus.


O Senhor é um eterno prestador de favores. A vida que existe na terra, de quem acredita n’Ele, ou de quem não ta nem aí com Ele: são presentes de Deus. Eu nunca recebi na minha casa uma fatura cobrando o aluguel do Oxigênio, né? A partir de amanhã, 2,75 o metro³ do lugar onde você estiver. Se for lá no teatro assistindo o João é mais caro: 5,50 (risos da platéia). Não. Deus nunca mandou uma fatura pelas batidas do meu coração. A partir de amanhã, cada batida vai ser 1, 23. Se você fizer o pagamento antecipado, tem o desconto de 10%. Deus nunca cobrou o aluguel da luz do sol. Tem uma música linda do Rebanhão: “Não se acende a luz do sol nos 220v dos palácios de Brasília.” Ninguém pode acender a luz do sol. Ninguém pode dizer pro sol um dia nascer do outro lado. Saber por quê? Porque Deus é tão fiel, que Ele sempre faz. Quem ama faz! O amor se transforma em atitudes de amor.


Baixe todo o CD (aqui).

Postado por Vítor Ferolla

Batalha na Colina de Marte

Houve um zumbido na blogosfera nos últimos dias devido aos últimos comentários de Mark Driscoll na conferência Convergência no Seminário Teológico Batista do sudeste. Ele falou sobre as diferentes correntes de emergentes igreja hoje:

Os Relevantes - Evangélicos que estão sendo inovadores em seus métodos.... ele citou caras como ... Donald Miller, Erwin McManus, e Dan Kimball. Ele trabalha bem com essa multidão.

Relevantess reformados - multidão teologicamente conservadora e reformada que ainda assim são missionais - citando-se, e as da rede como os Actos 29 Matt Chandler, e C.J. Mahaney

Revisionistas - aqueles associados a emergent village que estão reinventando a igreja e teologicamente liberais - citando Brian McLaren, Doug Paggit, e Rob Bell.

Eu tinho visto esta desagregação antes por Driscoll, no passado, mas o novo nome adicionado dessa vez foi em torno de Rob Bell's. Ele disse brincando que ele ainda estava em terapia, devido às suas igrejas que compartilham o mesmo nome, "Mars Hill". Eu predisse um ano atrás que a Mars Hill de Driscoll em Seattle iria pegar uma briga com a Mars Hill de Bell , em Michigan. Acho que era há muito esperada.

O que é interessante é que Rob Bell não pôde pregar esta semana, e Doug Paggit teve de cobrir para ele, alimentando ainda mais a sua associação com os caras emergentes, apesar de ele nunca ter usado o rótulo para si próprio.

Eu aprendi muitíssimo, de todos esses caras, desde Mclaren até Driscoll. O único problema é que a galera reformada quase me faz sentir envergonhado quando digo isso.

Aqui está o áudio.
(post traduzido do blog Solar Crash)

15 de novembro de 2008

Angustiado

“Estou angustiado. Não sei o que fazer. Vejo o que teria feito em outro tempo, teria dito expressamente e peremptoriamente: ‘Eis-me aqui, eu e minha Bíblia. Não irei, não ousarei diferir deste livro, quer seja em coisas grandes ou pequenas. Não tenho poder para abrir mão de um til ou de uma vírgula contida nele. Estou determinado a ser um cristão bíblico, não em parte, mas por inteiro. Quem quer juntar-se a mim? Una-se a mim nisto, ou então não una-se a mim de forma alguma.’ Mas, ai de mim; esse tempo é passado. O que posso fazer agora, não sei dizer.” – John Wesley (1703-1791)

Sermão 119, Causas da ineficácia do cristianismo,
12Dublin, 2 de julho de 1789



Retirado do Bacia das Almas. Re-postado por Vítor Ferolla.

13 de novembro de 2008

Frugalidade

Há certas disciplinas de abstenção que algumas pessoas podem julgar como não sendo tão importantes no processo de plena redenção como a solitude, o silêncio e o jejum. No entanto, ainda assim são muito impor­tantes, já que nos permitem lidar com tendências comportamentais que podem nos destruir ou, no mínimo, nos tornar inoperantes no serviço de Cristo.

Na frugalidade, nós nos abstemos de usar o dinheiro ou os bens à nossa disposição de modo a meramente gratificar nossos desejos ou nosso apetite por status, glamour ou luxo. Praticar a frugalidade significa perma­necer dentro os limites daquilo que o bom senso designa como suficiente ao tipo de vida para o qual Deus nos dirige.

O fato de que existe um senso geral do que é "necessário" é indicado pelas leis suntuárias decretadas pelas autoridades seculares do mundo an­tigo e em épocas mais recentes. Os antigos espartanos, por exemplo, eram proibidos de possuir casa ou mobília que exigissem na sua fabricação fer­ramentas mais sofisticadas do que um machado ou um serrote. Os roma­nos com freqüência escreviam leis limitando despesas com entretenimen­to. A legislação inglesa continha muitos decretos determinando o alimento e a roupa de várias classes sociais.

Tais leis são difíceis de imaginar no mundo ocidental de hoje, onde nenhuma extravagância é considerada vergonhosa, mas livre exercício, mais ou menos espantoso, do presumível direito sagrado da "busca da felicida­de". A palavra profética do Antigo e do Novo Testamento é clara. Tiago, por exemplo, diz: "Ouçam agora vocês, ricos! Chorem e lamentem-se, ten­do em vista a desgraça que lhes sobrevirá" (5.1). Em favor das discussões subseqüentes, é necessário salientar que esta advertência de Tiago aos ricos não é simplesmente por causa do fato de serem ricos, mas porque "viveram luxuosamente na terra, desfrutando prazeres, e fartaram-se de comida em dias de abate" (5.5).

A sabedoria espiritual reconhece sempre que o consumismo frívolo corrompe a alma e impede que ela confie em Deus e o adore e sirva, além de prejudicar o próximo.

Neste sentido, O. Hardman faz esta aguda observação:

É uma injúria à sociedade e uma ofensa a Deus quando os homens mimam seus corpos com comidas finas e caras e diminuem seriamente seus poderes físicos e mentais pelo uso excessivo de alimentos nocivos... O luxo em todas as formas é economicamente ruim, é uma provocação ao pobre que tem de ver a ostentação e é moralmente degradante àqueles que se submetem a ele. Portanto, o cristão que tem condições de viver no luxo mas se afasta de toda extravagância. e pratica a simplicidade em suas roupas, em sua casa e em sua a sua maneira de viver. está prestando um bom serviço à sociedade.

Embora a frugalidade seja um serviço a Deus e à humanidade, nosso interesse aqui é com o seu aspecto de disciplina. Como tal, ela nos liberta da preocupação e do envolvimento com uma multidão de desejos que tor­na impossível "praticar a justiça, amar a fidelidade e andar humildemente com o nosso Deus" (Mq 6.8). Ela torna possível nossa concentração na "única coisa necessária", a "boa parte" que Maria escolheu (Lc 10.42).

No mundo atual, a liberdade que procede da frugalidade provém, em grande parte, da libertação da escravidão espiritual causada elas dívidas financeiras. Muitas vezes as dividas resultam da compra de coisas supérfluas. As dividas diminuem nosso senso de dignidade, comprometem nos­so futuro e eliminam nossa sensibilidade às necessidades dos outros. As­sim, a admoestação de Paulo, "não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros" (Rm 13.8), é um sábio conselho financeiro, a par de ser um bom conselho espiritual.

Certa vez perguntaram a John Joseph Surin por que, quando tanta gente parece desejar ser grande aos olhos de Deus, há tão poucas pessoas que são verdadeiramente santas. "A principal razão", respondeu ele, "é que elas deixam coisas irrelevantes ocuparem espaço demais nas suas vidas."

A frugalidade como estilo de vida nos liberta das coisas irrelevantes. A simplicidade e (o arranjo da vida em torno de poucos propósitos consistentes, excluindo explicitamente o que não é necessário para o bem-estar humano) e a pobreza voluntária (a rejeição de todas as posses) são disciplinas espirituais tanto quanto são amplamente expressões de frugalidade.

Dallas Willard, O Espírito das Disciplinas: entendendo como Deus transforma vidas. Danprewan, 2006)

A frugalidade é componente essencial do investidor bem-sucedido. Muitos estão aprendendo sobre os investimentos inteligentes, sem a motivação correta. Assim, é de se repensar a relação da fé com a riqueza. John Wesley, por exemplo, "não conseguiu vislumbrar a possibilidade de um ensino cristão ou disciplina que produzisse uma pessoa capaz de possuir bens e poder sem se corromper. Ele não podia acreditar que aqueles que têm dinheiro não precisam amar o dinheiro."

10 de novembro de 2008

Tolerância no Sepulcro



"O pecado da ira prevaleceu e ninguém quis dar a outra face"

Cristãos ortodoxos se enfrentam na Igreja do Santo Sepulcro

Monges da Armênia e da Grécia se enfrentaram a socos e pontapés.
Policiais israelenses intervieram e conseguiram apartar a briga.

9 de novembro de 2008

Projeto Minha Esperança











Baixe programas do projeto Minha Esperança

Nesta sexta-feira às 21:00 foi ao ar em rede nacional pela Band o segundo programa de 30 minutos do projeto Minha Esperança Brasil que contou com uma mensagem ministrada por Franklin Graham e com os testemunhos da atleta Ciça Maia, do auxiliar técnico da seleção brasileira de futebol Jorginho, do jornalista Percival de Souza e do ex-jogador Evair, além do clipe inédito do cantor Paulo César Baruk.

Você já pode fazer o download do programa na íntegra em irmaos.com. Basta clicar no link abaixo para fazer o download e ter o programa na íntegra em seu computador.

Segundo Programa Minha Esperança Brasil (download)

Faça também o download do primeiro programa, que contou com o testemunho de craques como Kaká e César Sampaio, além de uma mensagem de Billy Graham.

Primeiro Programa Minha Esperança Brasil (download)

William Conard, vice-presidente da Associação Evangelística Billy Graham, pede que os vídeos voltem a ser usado pelas igrejas e até mesmo por brasileiros que estão fora do país, para dar continuidade a esta ação evangelística. Só ressalta que os programas não devem ser comercializados e sim distribuídos livremente, sem remuneração.

Sábado, no mesmo horário, ou seja, às 21:00, o filme evangelístico Compromisso Precioso com duração de 90 minutos encerrou as programações. Este filme não será disponibilizado para download por não ser de distribuição gratuita.

Fonte: Irmaos.com

8 de novembro de 2008

A Grande Confusão

Mensagem de Ed René Kivitz explora a tarefa confundida e, portanto, não praticada que Jesus deu a seus seguidores.

Clique para ouvirA Grande Omissão.

Clique para ler A Grande Omissão, de Dallas Willard.
A GRANDE OMISSÃO
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Devoto

“Eu sou um cristão, e eu sou um cristão devoto. Eu acredito na morte e na ressurreição de Jesus Cristo. Eu acredito que essa fé me dá um trajeto limpo do pecado e acredito que tenho a vida eterna. Mas, mais importante ainda, eu acredito no exemplo de Jesus, que alimentou os que tinham fome, curou os doentes e sempre deu prioridade aos mais necessitados. Eu ‘não caí fora da igreja’ como muitos dizem, mas houve um despertar muito forte em mim da importância destes exemplos. Eu não quis andar sozinho nesta caminhada. Aceitar Jesus Cristo em minha vida foi o guia poderoso para minha conduta e meus valores e ideais”, afirmou o presidente eleito [Barack Obama] em entrevista a revista Christianity Today.

Sagrado e Secular

A posse e a aplicação das forças da riqueza são uma expressão tão legítima do papel redentor de Deus na vida humana quanto o ensino bíbli­co ou uma reunião de oração. Por exemplo, o chamado para dirigir fábricas, minas, bancos, grandes magazines, escolas e órgãos do Governo em prol do Reino e Deus é tão sagrado e tão difícil quanto pastorear uma igreja ou servir como evangelista.

Não há verdadeiramente uma divisão entre sagrado e secular, exceto aquela que nós criamos. Por isso, a divisão dos papéis e funções legítimas da vida humana em sagrado e secular causa um dano incalculável à nossa vida individual e à causa de Cristo. Pessoas santas devem deixar de consi­derar "as obras da igreja" como seu curso natural de ação e assumir a ordem santa na fazenda, na indústria, na lei, na educação, no sistema ban­cário e no jornalismo com o mesmo zelo manifesto na evangelização e no trabalho pastoral e missionário.

(Dallas Willard, O Espírito das Disciplinas: entendendo como Deus transforma vidas. Danprewan, 2006)

"O significado do sacerdócio dos crentes na Reforma original era que todo crente é sacerdote em toda ocupação ou vida que tenha, não só que cada crente está capacitado para fazer coisas especialmente religiosas"


(Dallas Willard, A Conspiração Divina, p.455)


+ "Jesus nunca disse "na vida espiritual" , pois para Jesus e o cristianismo tudo é espiritual." -Rob Bell - Everything is Spiritual - Now Available on DVD at www.EverythingIsSpiritual.com

+ Sempre incentivo aqui a aquisição dos livros de Dallas Willard. Dessa vez aponto para suas versões digitalizadas disponíveis na rede: http://www.ebooksgospel.com.br/?tag=dallas-willard

Leia também: Somos todos crentes -by Sandro

6 de novembro de 2008

Um Novo Pensamento

Dallas Willard explica o processo do novo nascimento
A Grande Omissão, p. 138,139

Conversão ou restauração cristã deve começar com um novo pensamento que vem de fora de todo o sistema humano. Esse pensamento conduz a novas emoções e possibilita um novo ato de vontade. É, evidentemente, o conteúdo do evangelho, uma nova imagem do mundo real no qual eu vivo. Na verdade, ele foi criado e é governado por alguém que o amou e a mim de tal modo que enviou seu Filho para me salvar da destruição total. Não sou capaz de descobrir isso sozinho, sobretudo porque estou envolto em inúmeras camadas de pensamentos, sentimentos e costumes contrários a esse fato. E, especialmente, proque internalizei esses pensamentos, sentimentos e costumes e os identifiquei como a vida real, minha vida.

Esse novo pensamento, o evangelho, rompe a mortalha intelectual de meu espírito por meio de uma força sobrenatural. É a graça em ação, a abordagem do Deus bondoso que, nesse processo, traz uma nova emoção. Essa nova emoção é complexa, uma combinação de anseio para o novo pensamento seja verdadeiro e de tristeza ao perceber que, no mais recôndito de meu ser, me oponho a ele. Essa é a clássica "convicção do pecado" e, com ela, começa a se mover dentro da alma desintegrada uma força que pode conduzir à sua restauraçãõ. No entanto, o indivíduo ainda não se "apropriou" dessa força. A convicção do pecado pode ser resistida e em geral o é por algum tempo. Durante esse período, o indivíduo ainda não se identificou com o toque da mão divina em sua alma. O novo pensamento e a nova emoção ainda não lhe pertencem; antes, são uma imposição, uma presença estranha da qual ele pode se ressentir e até rejeitar.

No entanto, tornam possível uma nova escolha que fará pertencer a ele. A vontade, a dimensão fundamental da alma humana, só pode agir, de um lado, pelas idéias e representações e, de outro, segundo sentimentos e emoções. Sem dúvida, é um poder de autodeterminação e uma parte inerente da alma humana. No entanto, não tem independência e autogovernança absoluta, pois estes são atributos exclusivamente divinos. Mas, diante do novo pensamento e da nova emoção, juntamente com a graça que os acompanha, posso me posicionar com o pensamento e com a emoção. Posso dizer, "Sim, desejo que este pensamento seja verdadeiro"; e o sentimento que tenho em relação a Deus e a mim mesmo com base nesse pensamento é minha atitude. É assim que escolho crer em Deus.

Com a pequena força que me resta, seguro na mão divina que se moveu por sua própria iniciativa nas trevas da minha alma e minha vida despedaçadas. Ao fazê-lo sinto o aperto forte dessa mão. Esse é o "nascer do alto". A realidade do relacionamento pessoal flui entre essas mãos dadas. A mente, as emoções, a vontade e o ser corpóreo e social começam a experimentar a presença da vida de Deus. Minha alma desintegrada e corrompida começa a recuperar seus poderes. Começo a me erguer em direção à luz e à plenitude.

Por muito tempo meu espírito aprisionado,
Permaneceu nos grilhões das trevas e do pecado.
Até que de teu olhar veio o raio vivificador,
E despertei, meu calabouço em pleno fulgor.
Os grilhões se romperam, meu espírito foi liberto
Levantei-me e passei a seguir-te de perto.
(Wesley)

4 de novembro de 2008

Pessoas Endireitadas

Como N. T. Wright expõe o Evangelho.
Adaptado do capítulo 15 de
Simplesmente Cristão.


Dormir e acordar eram expressões comuns entre os primeiros cristãos, usadas para explicar o que acontece quando o evangelho de Jesus, as boas novas de que o Criador agiu decisivamente para endireitar o mundo, invade a consciência de alguém. Há uma razão para isso. "Dormir" era uma maneira comum de se referir à morte no mundo judaico antigo. Com a ressurreição de Jesus, o mundo foi chamado a despertar. O apóstolo Paulo, escrevendo aos efésios, disse o seguinte: "Desperta, ó tu que dormes, e Cristo te iluminará" (Ef 5,14).


De fato, os cristãos primitivos criam que a ressurreição era uma necessidade real dos seres humanos - não apenas no futuro, no novo mundo a ser criado por Deus, mas também na vida presente. Deus quer nos dar uma nova vida, da qual a vida presente não passa de uma sombra. Ele quer nos dar uma nova vida para ser desfrutada em sua nova e definitiva criação. Mas a nova vida já começou com a ressurreição de Jesus, e Deus quer que acordemos agora, no tempo presente, para a nova realidade. Nós vencemos a morte e saímos do outro lado com uma nova vida; tornando-nos pessoas do dia, mesmo que o restante do mundo ainda não tenha despertado. Precisamos da luz de Cristo para viver neste mundo tenebroso; assim, quando por fim o sol se levantar, estaremos preparados. Precisamos começar a preparar os esboços da obra-prima que Deus um dia nos chamará para ajudá-lo a pintar. É esse o significado de responder ao chamado do evangelho cristão.

O evangelho - a "boa nova" sobre o que o Deus Criador fez em Jesus - é antes e acima de tudo uma boa nova sobre algo que aconteceu. E a melhor resposta que podemos dar é crer nele. Ao levantar Jesus dentre os mortos, Deus declarou, por meio de uma ação única e poderosa, que Jesus veio inaugurar o reino há muito esperado. Através de sua morte todo o mal do mundo foi por fim derrotado. O toque do despertador anuncia as boas novas; portanto, acorde e creia!

Para algumas pessoas a mensagem faz sentido, e elas crêem nela. Estou me referindo ao tipo de sentido que existe num mundo estranho e novo que você é capaz de vislumbrar ao ouvir a mensagem. Trata-se da mesma sensação que você tem diante de um quadro arrebatador ou ao ouvir uma sinfonia. Esse tipo de "sensação" tem muito mais a ver com estar apaixonado do que com calcular seu saldo bancário. Por fim, crer que Deus levantou significa acreditar e confiar no Deus que fez isso.

Para os cristãos primitivos, "crença" significa crer em Deus e no que ele fez. Isso é mais do que simplesmente crer na existência de Deus, embora inclua essa convicção; é confiar nele de forma amorosa e grata.

Quando as coisas "fazem sentido" desse modo, você percebe que não é tanto uma questão de analisar a situação para tomar uma decisão. Trata-se de Alguém chamando você com uma voz que lhe soa vagamente familiar, com uma mensagem que é ao mesmo tempo um convite amoroso e um apelo à obediência. O chamado da fé inclui ambos. É o chamado para crer que o Deus verdadeiro, o Criador do mundo, ama você de tal maneira que veio na pessoa de seu Filho, morreu e ressuscitou para extinguir o poder do mal e criar um novo mundo no qual todas as coisas serão endireitadas e a alegria tomará o lugar da tristeza.

Quando mais tomamos consciência de nossa incapacidade de endireitar o mundo ou de nossa flagrante deslealdade ao chamado para vivermos como seres humanos genuínos, mais ouviremos esse chamado em toda a sua profundidade. Deus está nos oferecendo perdão, a oportunidade de ganharmos uma ficha totalmente limpa, um começo realmente novo. Só de imaginar tudo isso, somos tomados por um sentimento de reverência e retribuímos com gratidão esse amor que é derramado em nosso coração.

Não podemos usar de argumentos lógicos ou de nossos esforços para obter o favor de Deus. Ainda assim, o chamado da fé é também um chamado à obediência (Rm 1,5), pois Jesus é verdadeiramente o Senhor de toda a terra. A palavra que os cristão primitivos usavam para "fé" pode significar também "lealdade" ou "fidelidade". A mensagem do evangelho é a boa nova de que Jesus, o crucificado, é o único e verdadeiro "Senhor", aquele que governa o mundo com a marca do seu amor.

Quando observamos a nós mesmos à luz do padrão exigido no reino de Jesus e percebemos quão distantes estamos desse padrão, descobrimos o quanto nos afastamos do propósito inicial de Deus. Chamamos essa percepção de "arrependimento", uma séria atitude de repúdio a um estilo de vida que desfigura e distorce nossa verdadeira humanidade. Não se trata apenas de sentir tristeza por cometer determinados erros, embora isso também aconteça. É reconhecer que o Deus vivo criou os seres humanos para que eles refletissem sua imagem no mundo, mas não foi isso que aconteceu. (A palavra exata para isso é "pecado", cujo significado primário não é "transgredir as regras", mas "errar o alvo", falhar por não alcançar a plenitude de sua verdadeira humanidade.) Mais uma vez, a mensagem do evangelho, anunciando que Jesus é Senhor e nos chamando à obediência, contém o remédio: perdão, concedido de forma imerecida e gratuitamente, através da sua cruz. A única coisa que nos resta é agradecer.

Crer, amar e obedecer (e arrepender-se dos erros): estas são as características da fé cristã e nossa marca distintiva. Era isso que Paulo queria dizer quando falou de "justificação pela fé". Deus declara que aqueles que compartilham dessa fé são "endireitados". Ele quer endireitar o mundo, e já começou a fazer isso na morte e na ressurreição de Jesus e por meio da atuação do seu Espírito na vida de homens e mulheres, levando-os a fé por meio da qual (e somente por ela) somos identificados como pertencentes a Jesus. Quando as pessoas se rendem à fé cristã, elas se tornam novas criaturas, antecipando aquilo que Deus quer fazer com toda a criação.

A fé cristã é a fé que ouve a história de Jesus, incluindo o anúncio de que ele é o verdadeiro Senhor do mundo, e responde com um coração repleto de gratidão e amor: "Sim. Jesus é o Senhor. Ele morreu pelos meus pecados. Deus o levantou dentre os mortos. Ele é o centro de tudo". Quem chega a essa fé está descobrindo o que significa acordar e se encontrar no novo mundo de Deus.

Além disso, está dando evidências de que uma nova vida começou. Algo novo, vindo de algum lugar nas profundezas de seu ser, está surgindo; algo que não estava ali antes. Por isso os cristãos primitivos falavam de um novo nascimento. O próprio Jesus, em uma famosa discussão com um mestre judeu, falou sobre nascer "do alto": algo semelhante, embora distinto do nascimento humano comum. Assim como um bebê recém-nascido respira e chora, os sinais de vida de um cristão recém-nascido são a fé e o arrependimento - inspirando o amor de Deus e expirando um choro angustiado. E assim como uma mãe à criança recém-nascida, Deus oferece ao cristão recém-nascido seu conforto e proteção.